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Oficinas de expressão

Por:   •  25/4/2018  •  1.431 Palavras (6 Páginas)  •  224 Visualizações

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Usa-se como material argila, agua e moldes. No primeiro dia instruímos o grupo a criar o que quiser o que sentir vontade para que possa entrar em contato com o material, sinta, conheça como funciona e se expresse fazendo assim que se projete aspectos deu seu interior. Em um momento posterior dizemos que utilize os moldes para criar objetos como tigelas, xicaras, copos, auxiliando caso necessário, para que depois possa guardar pra si, dar pra alguém que goste ou vender, fazendo assim que trabalhem sua habilidade motora, adquiram confiança fazendo algo que possa ser utilizado por outras pessoas e que consigam, sozinhos, ganhar uma renda.

No final, aos objetos feitos com argila estarem prontos, pode-se organizar uma feirinha na própria instituição na qual ficarão exposto os produtos e os próprios esquizofrênicos vendam, podendo assim se sentir autônomos e entrem em contato com pessoas de fora da clinica reinserindo, ao menos um pouco, na sociedade.

2.4 Oficina de colagem

Tema: Álbum de Família

Material: Cartolina branca; cola; lápis preto; canetas coloridas, figuras recortadas de revistas.

Tempo de duração: 1 h

Quantidade de participantes: 10

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

A oficina será realizada individualmente, para cada participante será entregue uma cartolina branca e os materiais: cola lápis preto e canetas coloridas. Orientando sobre a execução da oficina de colagem, propondo que cada integrante construa o seu próprio álbum da família, utilizando as figuras recortadas por nos estagiários, evitaremos usar imagens de artistas e personagens.

As figuras recortadas abordarão diversos temas do contexto familiar, como pessoas, situações, animais, objetos, transportes, moveis, ambientes em quantidade suficiente que permita escolha por todos participantes, estando dispostas sobre a mesa permitindo fácil visualização das imagens, observando se os participantes ficam motivados ou não, como se comportam diante dessa tarefa, se rejeitam algumas figuras e os comentários que fazem durante a execução. Após a construção do álbum de família cada um irá apresentar sua atividade para os outros integrantes e assim consequentemente todos apresentarão, no encerramento da oficina discute-se a compreensão e as experiências que atividade proporcionou para cada um.

Esta oficina visa estimular a expressão, criatividade e a projeção do mundo interno na construção do álbum familiar, possibilitando conhecer seus sentimentos e pensamentos e como se sente no momento da sua vida, revelando aspectos sobre o contexto familiar. A atividade proporciona trocas sociais, desenvolve a sociabilidade, amplia a compreensão da vida dos participantes.

2.5 – Oficina de plantio

Materiais: Garrafa pet cortada e furada, fertilizante natural, sementes (variadas), recipiente (Identificados com os nomes fictícios das sementes) para colocar as sementes, água.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

Primeiro distribui uma garrafa para cada participante, depois orienta a misturar a terra “enquanto ocorre o procedimento o aplicador deve aproveitar estabelecer vinculo com os participantes, criando condições para os mesmos interagir com o grupo e com o próprio aplicador”.

Depois pede para colocarem a terra preparada dentro das garrafas, façam um pequeno buraco na terra para colocarem as sementes. “O aplicador neste momento deve orientar os pacientes a criar uma analogia entre terra onde ira plantar e sua vida”

As sementes devem estar separadas em frascos nomeados com as palavras, ex: família, amigos, felicidade, dor, tristeza, medo, insegurança, esperança, fé, trabalho e depois será discutido sobre tudo que o participante plantou e como ela almeja aguar a terra para que nasça o que plantou.

Essa oficina tem como objetivo Trabalhar possibilidades e objetivos na vida dos participantes, proporcionar alto conhecimento, relaxamento oportuniza aos usuários aprendizado, contato com a terra, desenvolvimento de habilidades, oportunidade de convivência social e comunitária, além de contribuir significativamente com seu tratamento.

É importante usar a atividade como metáfora para as coisas da vida, os resultados não são imediatos; é preciso plantar, cuidar, esperar brotar, para então colher.

CONCLUSÃO

Percebe-se que a oficina é uma estratégia que possibilita ao paciente verbalizar suas vivências, possibilitando a troca de experiências, a construção de vínculo e a intervenção no processo de exclusão dos usuários. Sendo assim as oficinas podem ser bons dispositivos para a atuação de psicólogos junto aos pacientes de saúde mental, ao lado de outros tipos de intervenção, como atividades de mobilização social, acompanhamento de familiares, grupos informativos, acompanhamento de atividades de vida diária e atendimentos individuais, contribuindo para atingir os objetivos gerais de prevenção de internações e de suicídio, de redução de danos e de reabilitação psicossocial.

Por fim, as oficinas mostram-se instrumentos valiosos que oportunizam espaços de socialização, interação, (re)construção e (re)inserção social. Nelas, o sujeito, tem liberdade de se expressar, sendo capaz de lidar com seus medos e inseguranças, bem como de realizar trocas de experiências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSIS, E. Arte e oficinas terapêuticas em tempos de reconstrução. In: COSTA, C. M, FIGUEIREDO, A. C. Oficinas terapêuticas em saúde mental: sujeito, produção e cidadania. Rio de Janeiro (RJ): Contra Capa; 2004. p. 95-104.

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