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ARTIGO - OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Por:   •  17/3/2018  •  6.858 Palavras (28 Páginas)  •  446 Visualizações

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A pesquisa quanto os fins do presente trabalho são pertencentes à modalidade de pesquisa descritiva e exploratória, tendo em vista que não provém de estudos prévios e por visar discriminar e analisar as impressões sobre a empresa estudada (COLLINS; HUSSEY, 2003).

O artigo tem como foco de estudo o Programa de Aprendizagem Cooperativa de Células Estudantis da Universidade Federal do Ceará e seus Articuladores de Células Estudantis em Aprendizagem Cooperativa.

Os sujeitos desta pesquisa foram os Articuladores de Células em Aprendizagem Cooperativa da Universidade Federal do Ceará. Os instrumentos de coleta de dados foi questionário, sendo este aplicados durantes os meses de Agosto a Outubro do presente ano. Os procedimentos utilizados para coletar os dados foram os questionários aplicados nas entrevistas com 10% dos Articuladores de Células do PACCE. Todos os dados coletados para esse projeto estão presentes no apêndice do mesmo.

Quanto à análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Um conjunto de técnicas de análise das comunicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens (BARDIN, 2009). A partir disso, os questionários aplicados nas entrevistas foram subsídio necessários para que fosse possível compreender como se dá o conhecimento e elaboração de projetos de células da aprendizagem cooperativa pelos articuladores. Todos os dados foram devidamente transcritos e confrontados com a observação dos autores da pesquisa e o referencial teórico.

O projeto está estruturado em secções, visando expor os conhecimentos adquiridos de modo que o leitor compreenda e identifique rapidamente os objetivos a que se propõe cada secção.

Na primeira secção do projeto, encontra-se a presente introdução, responsável por demonstrar a relevância da pesquisa e sintetizar as ideias posteriormente tratadas. Na segunda secção da pesquisa, encontram-se definições sobre Aprendizagem Cooperativa e Elaboração de Projetos. Na terceira secção da pesquisa encontra-se a metodologia utilizada. Na quarta secção da pesquisa encontra-se os resultados. Por fim, a quinta secção da pesquisa apresenta as considerações finais e o confronto dos objetivos estabelecidos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO:

2.1 Os Cinco Elementos Essenciais da Aprendizagem Cooperativa

É frequente nas nossas escolas e em nossos ambientes de estudo em geral como universidades, encontrarmos os estudantes sentados em grupo, mas na realidade, trabalham individualmente para resolverem as tarefas propostas. Não discutem entre si, não partilham ideias nem material, não cooperam. Os alunos sentam-se em célula, mas não trabalham em célula (CARRATERO, 1998).

A este propósito, Yaniz (2003) refere que existe uma diferença importante entre agrupar os estudantes e estruturar a cooperação entre eles. Cooperar não significa distribuir um trabalho ao grupo para que um membro o realize. Não é pedir tarefas individuais, em que os estudantes que terminam antes ajudam os outros, não é simplesmente uma partilha de recursos. Segundo, Johnson & Johnson (1999) para que a aprendizagem seja cooperativa é necessário que se verifiquem as seguintes características específicas que não atuam isoladamente, mas são interdependentes: interdependência positiva; responsabilidade individual; interação frente a frente permitindo o desenvolvimento de competências sociais; desenvolvimento de competências interpessoais e grupais; avaliação do processo do trabalho da célula de modo a melhorar o funcionamento do mesmo.

A interdependência positiva caracteriza-se por um sentido de dependência mútua que se cria entre os alunos da célula e que pode conseguir-se através da implementação de estratégias específicas de realização, onde se incluem a divisão de tarefas de diferenciação de papéis, atribuição de recompensas, estabelecimento de objetivos comuns para todo a célula e realização de um único produto (MARREIROS, 2001). Johnson & Johnson (1999), referem ainda que a interdependência positiva cria um compromisso com o sucesso de outras pessoas, para além do seu próprio sucesso, o qual é a base da Aprendizagem Cooperativa. Referem ainda os mesmos autores que, sem interdependência positiva, não há cooperação.

Numa célula de Aprendizagem Cooperativa este componente é fundamental. Todos os estudantes da célula devem ter tarefas destinadas e serem responsáveis por elas, percebendo, que se um falhar, não é ele que falha, mas toda a célula. Pujolás (2001) citando Putnam (1993) e Johnson & Johnson (1994) refere que a interdependência positiva só se verifica quando os estudantes tiverem a convicção de que navegam no mesmo barco e que se salvam juntos ou se afundam juntos. Deste modo, os membros de uma célula cooperativa têm uma dupla responsabilidade: aprender o que o professor lhes ensina e procurar que todos os estudantes da célula aprendam o mesmo. Assim, há uma interdependência positiva quando todos os estudantes da célula se sentem corresponsáveis pela aprendizagem de todos.

De acordo com Pujolás (2001) há cinco modalidades de interdependência principais que passamos a referir: a interdependência positiva de finalidades; a interdependência positiva de recompensa/celebração; a interdependência de tarefas; a interdependência de recursos; a interdependência de papéis.

A interdependência de finalidades ocorre quando todos os membros trabalham para um fim comum, os estudantes estão conscientes que só alcançam os seus objetivos se, e somente se, todos os membros da célula também conseguirem os seus. A célula une-se em função de um objetivo comum ou navegam juntos ou se afundam juntos. Quando a célula alcança os seus objetivos cada estudante da célula sente-se recompensado por este fato e celebra juntamente com os seus companheiros o sucesso da célula. Neste caso falamos de interdependência positiva de recompensa/celebração. A atribuição de recompensas ou a celebração de um êxito alcançado pelas células de aprendizagem cooperativa constitui um incentivo, aumenta o entusiasmo e a autoconfiança de cada um e da célula aumentando a motivação para novas aprendizagens. A interdependência de tarefas ocorre quando os estudantes de uma mesma célula se organizam para concretizarem uma tarefa que lhes foi atribuída como, por exemplo, resolver um problema ou preparar determinado tema. Normalmente isto acontece quando o tema é subdividido e uns estudantes fazem um tipo de pesquisa e outros fazem outro. A interdependência de tarefas está de alguma forma

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