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O dever para Immanuel Kant e o dever na música “Comportamento Geral” de Gonzaguinha .

Por:   •  22/11/2018  •  1.031 Palavras (5 Páginas)  •  300 Visualizações

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“ São palavras que ainda te deixam dizer Por ser homem bem disciplinado.

Deve, pois só fazer pelo bem da Nação Tudo aquilo que for ordenado.”

Outra característica observada no dever de Kant que, também, se contrapõe ao dever apresentado por Gonzaguinha, é de que, para Kant, como já foi dito anteriormente, o dever não propaga uma finalidade de recompensa, em contrapartida, o dever desenrolado na música, sim, ele propaga a ideia e interessa em recompensas, além de pregar uma finalidade, de que ao seguir o dever, que no caso seria o dever de sobreviver e ficar satisfeito com os resultados alcançados, relata que, naquela situação, não está valendo a pena enfrentar a vida daquela maneira:

“Pra ganhar um Fuscão no juízo final e diploma de bem comportado.

Você merece você merece!

Tudo vai bem, tudo legal, cerveja, samba, e amanhã, seu Zé, se acabarem com o teu Carnaval?”.

Comparando-se o dever fazendo vista às épocas vividas de Kant e Gonzaguinha, para Kant, o dever de sua época era a moral e era certo ser seguido, já o da época de Gonzaguinha, a sombra da luz das ideias de Kant, seria um dever desprovido de valor moral, ou o valor moral de um valor duvidoso, não seria o certo a ser seguido.

Para Gonzaguinha o dever de Kant soa utópico quando visto numa época sem liberdade, seu dever já não é o correto a ser seguido, deixando bem claro, em sua ironia, na letra da música, a própria palavra dever é irônica.

Uma mesma palavra, mas conceitos distintos, em épocas distintas, são o que encontramos na comparação entre as ideias de Kant no liberalismo europeu e as de Gonzaguinha na época de ditadura no Brasil.

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