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Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita – Immanuel Kant

Por:   •  3/5/2018  •  1.862 Palavras (8 Páginas)  •  339 Visualizações

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“[...] desenvolvem-se a pouco e pouco todos os talentos, forma-se o gosto e, através de uma incessante ilustração, o começo transforma-se na fundação de um modo de pensar que, com o tempo, pode mudar a grosseira disposição natural em diferenciação moral relativa a princípios práticos determinados e, por fim, transmutar ainda, deste modo, num todo moral uma consonância para formar sociedade [...]” |pág.08|

“[...] à Natureza pela incompatibilidade, pela vaidade invejosamente emuladora, pela ânsia insaciável de posses ou também do mandar! Sem elas, todas as excelentes disposições naturais da humanidade dormitariam eternamente, sem desabrochar.” |pág. 08|

“Os motivos naturais, as fontes da insociabilidade e da resistência geral, de que brotam tantos males, mas que repetidamente impelem também, todavia, a novas tensões das forças, portanto a novos desenvolvimentos das disposições naturais, revelam de igual modo o ordenamento de um sábio Criador [...]” |pág. 09|

QUINTA PROPOSIÇÃO

“O maior problema do gênero humano, a cuja solução a Natureza o força, é a consecução de uma sociedade civil que administre o direito em geral.” |pág. 09|

”Como só na sociedade e, claro está, naquela que tem a máxima liberdade, por conseguinte, o antagonismo universal dos seus membros e possui, no entanto, a mais exata determinação e segurança dos limites de tal liberdade para que possa existir com a liberdade dos outros - como só nela se pode obter a mais elevada intenção da Natureza, posta na humanidade, a saber, o desenvolvimento de todas as suas disposições, a Natureza quer também que ela própria realize este seu fim, bem como todos os fins do seu destino: por isso, uma sociedade em que a liberdade sob leis exteriores se encontra unida no maior grau possível com o poder irresistível, isto é, uma constituição civil perfeitamente justa, que deve constituir para o gênero humano a mais elevada tarefa da Natureza [...]” |pág. 09|

“Toda a cultura e toda a arte, que ornamentam a humanidade, e a mais bela ordem social são frutos da insociabilidade que, por si mesma, é forçada a disciplinar-se e, deste modo, a desenvolver por completo, mediante uma arte forçada, os germes da Natureza.” |pág. 10|

SEXTA PROPOSIÇÃO

“Este problema é, ao mesmo tempo, o mais difícil e o que mais tardiamente é resolvido pelo gênero humano.” |pág. 10|

“[...] o homem é um animal que, quando vive entre os seus congêneres, precisa de um senhor.” |pág. 10|

“Necessita, pois, de um senhor que lhe quebrante a vontade própria e o force a obedecer a uma vontade universalmente válida, e possa todavia ser livre.” |pág.10|

“Mas tal senhor é também um animal, que carece de um senhor. Pode, pois, proceder como quiser; não é de prever, portanto, como é que um chefe da justiça pública venha a conseguir tomar-se justo” |pág. 10|

“O chefe supremo, porém, deve ser justo por si mesmo e, não obstante, ser homem.” |pág. 11|

SÉTIMA PROPOSIÇÃO

“O problema da instituição de uma constituição civil perfeita depende, por sua vez, do problema de uma relação externa legal entre os Estados e não pode resolver-se sem esta última.” |pág. 11|

“A mesma insociabilidade, que obrigou os homens a estabelecer tal comunidade, é de novo a causa por que cada comunidade se encontre numa relação exterior, isto é, como Estado em relação a outros Estados [...]” |pág. 11|

“Todas as guerras são, pois, outras tantas tentativas (não certamente na intenção dos homens, mas no propósito da Natureza) de suscitar novas relações entre os Estados e, mediante a destruição ou, pelo menos, o fracionamento de todos, formar novos corpos que, por seu turno, também não se podem manter em si mesmos ou junto dos outros e, por isso, sofrerão novas revoluções análogas [...]” |pág. 12|

“[...] mediante os choques acidentais, tentem todo o tipo de formações, as quais igualmente serão destruídas por meio de um novo choque [...]” |pág. 13|

“[...] nada que seja sagaz, que as coisas permanecerão como desde sempre têm sido e, por conseguinte, não se pode predizer se a dissensão, tão congênita à nossa espécie, não acabará por nos preparar, num estado assim tão civilizado [...]” |pág. 13|

“De fato, a ideia da moralidade faz ainda parte da cultura; mas o uso de tal ideia, que se restringe apenas aos costumes no amor matrimonial e na decência externa, constitui simplesmente a civilização.” |pág. 14|

OITAVA PROPOSIÇÃO

“Pode encarar-se a história humana no seu conjunto como a execução de um plano oculto da Natureza, afim de levar a cabo uma constituição estatal interiormente perfeita e, com este fim, também perfeita o exterior, como o único estado em que aquela pode desenvolver integralmente todas as sua disposições na humanidade.” |pág. 15|

“Vê-se que a filosofia também pode ter o seu quiliasmo [...]” |pág. 14|

“O que apenas importa é se a experiência nos descortina algo de semelhante curso do propósito da Natureza.” |pág. 15|

“Contudo, a natureza humana implica não ser indiferente em relação à época mais remota que dirá respeito à nossa espécie [...]” |pág. 15|

“[...] os intentos de glória dos Estados asseguram consideravelmente, se não o progresso, pelo menos a manutenção desse fim da Natureza.” |pág. 16|

“Por conseguinte, remove-se sempre mais a restrição pessoal na sua ação e omissão, concede-se a universal liberdade de religião; e surge assim gradualmente, com devaneios e delírios subreptícios, a Ilustração, como um grande bem que o gênero humano deve preferir ao propósito egoísta de expansão dos seus governantes [...]” |pág.16|

“[...] isso alenta a esperança de que, após muitas revoluções transformadoras, virá por fim a realizar-se o que a Natureza apresenta como propósito supremo: um estado de cidadania mundial como o seio em que se desenvolverão todas as disposições originárias do gênero humano.” |pág. 17|

NONA PROPOSIÇÃO

“Um ensaio filosófico que procure elaborar toda a história mundial segundo um plano da Natureza, em vista

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