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O PAPEL DO PSICÓLOGO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO: Medos e Dramas sofridos na adolescência.

Por:   •  1/7/2018  •  3.426 Palavras (14 Páginas)  •  306 Visualizações

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Geralmente, os modelos de testes vocacionais visam medir interesses, aptidões, a personalidade e a inteligência do jovem. São avaliadas ainda suas habilidades, o seu nível de percepção, o raciocínio e a memória. É considerado também o lado pessoal, o equilíbrio mental e emocional, as angustias, os conflitos e as rivalidades da pessoa. Isso por meio de avaliações estruturais, dinâmicas, e outros métodos. Além disso, são feitas entrevistas com o jovem e os pais, onde é feita a análise das situações continuas da família, o histórico cultural e familiar e os relacionamentos sociais que os envolvem. Todavia, uma boa orientação não pode se prender apenas a testes vocacionais, pois eles podem generalizar o comportamento dos indivíduos.

Segundo dados da folha de São Paulo, apenas 42% dos estudantes brasileiros de ensino superior conseguem completar a faculdade. Ao comparar, a partir dos micros dados do censo do IBGE de 2000, a profissão de 3,5 milhões de trabalhadores formados em 21 áreas diferentes, mais precisamente 53%, está hoje numa profissão distinta daquela para a qual se preparou.

Logicamente, sabemos que a escolha profissional, não é algo rígido, que essas mudanças podem acontecer e são absolutamente “normais”. A orientação profissional é uma medida preventiva que visa auxiliar o jovem no processo de maturação em relação a escolha. Muitas vezes o jovem pensa porque não verificou todas as possibilidades e tem uma relação fantasiosa com aquela profissão desejada. Assim um adolescente de 16 anos, vê-se na situação de escolher entre todas essas possibilidades. Sem um processo adequado de orientação profissional, ele acaba escolhendo aquelas que conhecem mais, ou mais prestigiadas.

A orientação profissional é um campo de atuação que lida, fundamentalmente, com o processo de escolha de profissão, sendo esta considerada uma intervenção psicossocial em um momento de vida decisivo para jovens que irão definir o seu futuro profissional.

A dúvida, não é exclusiva de jovens que estão se preparando para ingressar no ensino superior. Alguns calouros, e até mesmo veteranos, podem passar por essa situação ao longo do curso. “Cerca de 60% dos jovens desistem de seus cursos nos primeiros dois anos do curso” – afirma Denise Retamal, diretora executiva da RHIO’S Recursos Humanos.

A pressão nesse momento pode ser um dos motivos de o jovem ficar indeciso ou, até mesmo, escolher uma profissão que não esteja de acordo com seu perfil. Algumas vezes, pode ser que haja uma carreira e depois se arrepende. “São vários fatores que interferem nesse processo. Ter dúvida é normal. As pessoas que não tem dúvida pode ser que não estejam se dando uma oportunidade de buscar outras coisas e, quando chegam à faculdade, acabam descobrindo que não era aquilo que queriam fazer e acabam mudando de curso” – argumenta José Daniel Barcelos, professor da Unidade Veiga de Almeida (UVA) com experiência na área de orientação profissional.

É necessário fazer um trabalho de reflexão e levar os jovens a se autoconhecerem. Eles precisam se basear em um tripé: personalidade, aptidões e interesses. A partir desse processo, será possível apresentar carreiras possíveis e que estejam valorizadas. Hoje o estudante tem que ser levado primeiro a pensar com qual especialidade ele quer trabalhar e, a partir daí ele vai escolher qual o melhor curso e qual a melhor faculdade dentro de suas necessidades. O planejamento permite que o jovem já construa sua Carreira dentro da faculdade e, ao fim do curso, a inserção no mercado é fácil e automática.

Muitos jovens vivenciam conflitos acerca da escolha, uma vez que essa, como diz Bock (2002) envolve risco e implica perda. Segundo este mesmo autor, uma escolha sem risco não é escolha. E que a insegurança também faz parte desse processo. Percebe-se o porquê que uma decisão leva o indivíduo a ficar pensativo. Há também a ideia de que a decisão profissional define para sempre a vida da pessoa, isso deve ser analisado com todo cuidado. Diante de tudo isso, a orientação profissional exerce uma grande importância para direcionar uma pessoa que se encontra indecisa, mostrando a ela a realidade que envolve a profissão em que está almejando, desde a formação ao mercado de trabalho e suas condições.

Outra possibilidade para se fazer uma escolha mais consciente é obter o máximo possível de informação a respeito do curso/profissão que a pessoa pretende escolher. A informação profissional, sem dúvida, tem grande importância para o aluno. Não é raro perceber que muitas escolhas profissionais são advindas de uma análise sistemática de um material de informação profissional. Contudo, é preciso ter cuidado, pois muitas informações são omitidas e o orientando pode se perder em informações duvidosas. É necessário observar com maior atenção esses materiais. Quando um jovem procura conseguir o máximo de informações sobre várias profissões ou até mesmo as que lhe interessam, ele estará descobrindo possibilidades para fazer uma escolha segura.

Tanto na infância como na adolescência o dilema da escolha profissional começa a fazer parte de nossas vidas. No ensino médio isso se torna cada vez mais presente e é hora de fazer uma escolha. O jovem concluinte do ens. Médio começa a pensar sobre o que fazer em relação a que profissão escolher. Inegavelmente eles se deparam com uma diversidade de profissões e se sentem despreparados para escolher uma. É claro que a maioria já tem em mente o que quer.

Certamente haverá um “caos de informações”. Depois desse processo de busca, muitos jovens, sem dúvida, se identificaram mais com umas profissões e menos com outras. Neste momento da orientação profissional fica mais forte a realidade do mundo do trabalho para eles, uma vez que estarão munidos de informações necessárias para efetuar uma escolha.

É uma decisão difícil, pois ela irá definir o futuro profissional. Dentre os dilemas vivenciados por uma grande parcela dos jovens encontra-se em primeiro lugar o momento da escolha da profissão. Questionados sobre o curso escolhido para o vestibular, a carreira que querem seguir, os planos para o futuro, de pronto, muitos jovens não tem as respostas. E a dúvida, geralmente é a mesma: a escolha tem que ser feita pela vocação ou pensando na carreira que tem mais espaço no mercado de trabalho? Ás vezes beira a completa indecisão.

Dúvidas em relação a escolha de profissão não é um privilégio individual. Escolher uma profissão não é somente decidir o que fazer, mas principalmente, decidir quem ser. Milhares de jovens apresentam a mesma dificuldade, estão

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