O DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE ATENÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: SonSolimar • 15/6/2018 • 3.911 Palavras (16 Páginas) • 363 Visualizações
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1. OBJETIVOS
- Objetivo Geral:
Reconhecer a importância do desenvolvimento da capacidade de atenção na educação infantil.
1.2 Objetivos Específicos:
Compreender como ocorre a transformação da atenção e de outras capacidades cognitivas superiores.
Apresentar uma síntese do processo histórico que contribuiu para que isso ocorresse nos humanos.
Identificar os fatores que contribuem para que a atenção e outras capacidades cognitivas superiores se desenvolva nas crianças, desde o nascimento, tais como ambiente, convívio social e entre outros estímulos.
Entender como a ação mediadora do professor pode promover a atenção nos alunos da Educação Infantil
2. METODOLOGIA
2.1 Etapas:
Levantamento bibliográfico
Seleção de Conteúdo
Resumo
Dissertação sobre o tema proposto (Conclusão)
Organização do trabalho
2.2 Métodos:
Qualitativo, que se caracteriza pela qualificação dos dados coletados, durante a análise do problema.
Método dialético: empregado em pesquisa qualitativa, considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social; as contradições se transcendem dando origem a novas contradições que requerem soluções.
3. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Os homens, distanciaram-se dos animais devido à possibilidade de realizar atos com consciência e premeditação, de agir com intencionalidade, de forma planejada e, principalmente, pelo caráter histórico que atribui e impregna nas situações em que vive (ENGELS, 1986)
A linguagem propiciou a transmissão de conhecimentos, de experiências, da cultura, servindo também como meio de se organizar o trabalho em equipe e possibilitou o surgimento das funções psíquicas superiores. (Duarte e Bondezan, 2008)
Rubinstein (1973) compreende as capacidades psíquicas superiores, em especial a atenção voluntária, como produtos e resultados de um processo histórico, sendo elaboradas no homem com o processo do trabalho. Sendo o trabalho visto como orientação à satisfação das necessidades humanas, concomitantemente, o resultado do trabalho é de interesse imediato e direto, exigindo para sua execução a passagem da atenção involuntária à voluntária. Logo, “o trabalho exige e educa para as formas evoluídas da atenção voluntária” (RUBINSTEIN, 1973, p.110).
Segundo estudos de Duarte e Bondezan (2008), baseados em Rubistein (1973) e em Smirnov e Gonobolin (1969), os principais tipos de atenção são:
Atenção involuntária - A Teoria Histórico-Cultural aborda a atenção involuntária como função psicológica elementar e está diretamente relacionada com os instintos, necessidade ou interesses imediatos, sendo uma forma primitiva de atenção.
Atenção voluntária – é uma função psicológica superior e tem sempre um caráter mediado. O indivíduo tem consciência da direção orientada de sua atenção. As bases da atenção voluntária são as conexões que se formam por meio da experiência já vivida e o que a caracteriza é a organização da tarefa. Nesse sentido, a organização de condições habituais de trabalho são premissas imprescindíveis para que a atenção seja concentrada.
E ainda, a atenção voluntária desenvolve-se a partir da atenção involuntária, por isso são sempre necessários os dois tipos de atenção.
As principais características da atenção, segundo Rubinstein (1973), são a concentração, o volume e a constância. A concentração da atenção implica que a atividade mental consciente se recolha em determinado espaço psíquico, envolvendo a intensidade e a limitação da atenção.
A atenção é, em grau elevado, uma função do interesse. A atenção está relacionada com as aspirações e os desejos da personalidade, com sua orientação geral, mas também com os objetivos que esta se propõe. A aptidão do ser humano para se propor objetivos e tarefas é outra das premissas essenciais da atenção. Ela condiciona a passagem da atenção involuntária à voluntária (RUBINSTEIN, 1973, p. 94-95).
A constância determina-se pelo tempo durante o qual se pode manter atenção sobre determinado objeto. Depende de certas condições como peculiaridades da matéria, o seu grau de dificuldade, a familiarização, o interesse do indivíduo e também as características da personalidade (RUBINSTEIN, 1973).
Rubinstein (1973) explicita que a atenção necessita de um conteúdo especial, pois se manifesta no campo da percepção e do pensamento. Assim, a existência da atenção pressupõe uma modificação na estrutura do processo psíquico resultando em uma sensibilização, vinculando-se a um conteúdo que se apresenta ao indivíduo a partir do momento de concentração. Então, a atenção é um processo consciente, tipicamente humano. Com isso, o objeto de atenção pode ser tudo que carrega em si um significado pessoal.
Essa relação entre intensidade e limitação da atenção parte da condição de que eles são inversamente proporcionais entre si. Smirnov e Gonobolin (1969) compreendem a concentração da atenção pela seleção de um círculo limitado de objetos direcionados.
Quanto mais reduzido o círculo, mais concentrada é a atenção. O volume da atenção tem amplitude variável, pois depende do grau de vinculação entre os conteúdos que atraíram a atenção, e também a relação lógica entre os dados. Há consideráveis divergências entre o volume de atenção de um adulto, que capta em média de quatro a no máximo seis objetos. Nas crianças, a captação não passa de três objetos. (Duarte e Bondezan, 2008)
No início da vida, o bebê possui uma atenção reflexológica, ou seja, aquela que atende as necessidades instintivas esta espécie de atenção é a mesma dos demais animais. A atenção caracteristicamente humana é formada na relação com as pessoas, com a internalização da linguagem e o uso dos objetos físicos. (Duarte e Bondezan, 2008)
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