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O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NA CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL

Por:   •  30/11/2018  •  1.002 Palavras (5 Páginas)  •  643 Visualizações

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Sobre o brincar na construção de uma relação terapêutica favorável as analistas do comportamento pontuam que a própria situação lúdica também pode ser compreendida como promotora de uma aliança terapêutica, visto que é uma atividade altamente reforçadora para a criança; o que pode contribuir para um maior engajamento na terapia.

As autoras propõem a avaliação como um procedimento que pode ser realizado com a criança, pais, membros da família ou indivíduos significantes. Apontam que já nas primeiras sessões manipulam-se e testam variáveis para; verificar o repertorio comportamental, o desenvolvimento conforme a expectativa para faixa etária e, ao curso da segurança das hipóteses se façam intervenções focando a modificação comportamental sem negligenciar a avaliação. A partir disso, pode-se planejar materiais e brinquedos para testar variáveis e respostas.

Esclarecem as autoras que essa escolha depende do objetivo do clinico no caso, desenvolvimento da criança, preferencias da criança. Essa estratégia é uma tentativa de “manifestação” de comportamentos e intervenções nesses padrões. Ainda o lúdico facilita a interação tanto com o brinquedo quanto com quem brinca, nesse contexto se revelam pensamentos, sentimentos, intuições, fantasias, repertórios comportamentais, dados acerca da ontogênese, cotidiano.

Destacam as autoras que a estratégia de dirigir perguntas durante esse momento lúdico é eficiente pois permite obter dados minimizando possíveis aversivos como contato olho a olho, semelhança com conversas muito formais além disso proporciona satisfação durante o momento.

Fantasiar permite identificar comportamentos e contingências nas interações com a criança. Equivale a noção de Skinner em formar imagens, mesmo na ausência de um estímulo, pois é uma visão condicionada da tendência de ver o mundo a partir de uma história prévia.

Pontuam as autoras para a modelação, esvanecimento, modelagem e bloqueio de esquiva como princípios para a intervenção com a criança. Na modelação, o clínico funciona como ambiente para as respostas da criança, pode modificar as contingências via modelação.

Já no esvanecimento, há o acréscimo ou retirada gradual de estímulos antecedentes em uma dada contingência visando transferir o controle de uma resposta a outro estímulo.

Alertam as literatas que a modelagem deve ser concomitante ao esvaecimento, pois o clinico seleciona e reforça as respostas ou classe comportamental adequada. Finalizam com o bloqueio de esquiva, na qual permite-se a ocorrência de estímulos discriminativos que podem ser reforçados na modelagem, atentando-se ao nível de exigência da atividade.

Em suma o brincar na terapia favorece a relação terapêutica, permite a avaliação funcional e possibilita a intervenção para favorecer ou enfraquecer comportamentos. Elucidam que não deve-se minimizar a importância da interação sem o brincar, bem como ensinar o brincar e o “simples” conversar, dessa forma potencializando o repertorio comportamental para que esse seja altamente reforçado e reforçador para a criança em sua interação com e no meio.

REFERÊNCIA

DEL PRETTE, Giovana. MEYER, Sônia B. O brincar como ferramenta de avaliação e intervenção na clínica analítico-comportamental infantil. In.: Clínica Analítico Comportamental: aspetos teóricos e práticos. BORGES, Nicodemos B. CASSAS, Fernando A. Artmed: Porto Alegre, 2012.

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