HENRI WALLON - Uma concepção dialética do Desenvolvimento infantil

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ou filosofia, a constante intenção de tentar superar dicotomias e análises reducionistas. Característico de Wallon na sua atitude teórica” [Pág.21].

“Superação dos dualismos continua sendo uma questão da máxima relevância no debate teórico contemporâneo” [Pág.21].

“Compreensão dos fenômenos a partir dos vários conjuntos dos quais participa e admitindo a contradição como constitutiva do sujeito e do objeto” [Pág.21].

O estudo do psiquismo não deve, portanto, desconsiderar nenhum desses fatores, nem tampouco tratá-los como termos independentes; deve ser situado entre o campo das ciências naturais e sociais. Para constituir-se como ciência, a psicologia precisa dar um passo decisivo no sentido de

unir o espírito e a matéria, o orgânico e o psíquico.(GALVÃO, pág.21)

“O estudo desta realidade movediça e contraditória que é o homem e seu psiquismo beneficia-se enormemente do recurso ao materialismo dialético, perspectiva filosófica especialmente capaz de captar a realidade em suas permanentes mudanças e transformações” [Pág.21].

“Wallon adota o materialismo dialético como método de análise e fundamento epistemológico de

sua teoria psicológica, uma psicologia dialética”[Pág.22].

O PAPEL DA ANÁLISE GENÉTICA E DO RECURSO A

COMPARAÇÕES MÚLTIPLAS

“A psicologia genética estuda as origens, isto é, a gênese dos processos Psíquicos” [Pág.22].

“Na cronologia de transformações por que passa o sujeito, a análise genética é, para Wallon, o único procedimento que não dissolve em elementos estanques e abstratos a totalidade da vida psíquica” [Pág.22].

“Método de uma psicologia geral, concebida como conhecimento do adulto através da criança” [Pág.22].

“Wallon propõem integrados do desenvolvimento que os vários campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetividade, motricidade, inteligência)” [Pág.22].

“Propõe o estudo da criança contextualizada, isto é, nas suas relações com o meio” [Pág.22].

“O projeto teórico de Wallon como a elaboração de uma psicogênese da pessoa completa” [Pág.22].

“Pilares na perspectiva genética e na análise comparativa” [Pág.22].

"A explicação de um fenômeno exige que se saia do plano em que ele se dá, já que um fato não pode conter a própria causa” [Pág.22].

“Planos de comparação utilizados mais completa a explicação dos fenômenos estudados, para o desenvolvimento infantil não basta os dados fornecidos pela psicologia genética mais sim dados provenientes de outros campos” [Pág.22].

Tran Thong chama de "concreto multidimensional" este método, que, em resumo, consiste em estudar "a criança como uma realidade viva e total no conjunto de sua atividade, de seu comportamento e no conjunto de suas condições de existência e em seguir seu desenvolvimento em todos os seus aspectos e situá-lo com relação a outros desenvolvimentos com os quais apresente algum tipo de semelhança" (GALVÃO, pág.23).

“Neurologia, psicopatologia, antropologia e a psicologia animal foram os campos de comparação privilegiados por Wallon” [Pág.23].

“Os distúrbios patológicos deixam mais evidentes processos também presentes no indivíduo

normal, no qual são mais dificilmente apreendidos devido ao ritmo acelerado com que ocorre o desenvolvimento e à maior quantidade de funções em atividade”[Pág.23].

“Estudo das síndromes psicomotoras, relações entre movimento e psiquismo, bem como o papel fundamental desempenhado pelo meio social” [Pág. 23].

“Condutas mais próximas do funcionamento orgânico, como é o caso nas patologias, na criança normal esta influência é ainda maior” [Pág.23].

“Á comparação entre sociedades distintas favorece que se apreenda a influência das técnicas, instrumentos e conhecimentos, ou seja, do meio cultural, sobre o desenvolvimento do sujeito” [Pág.24].

“Etapas que percorreu a espécie humana na história da humanidade, numa recapitulação da filogênese pela ontogênese” [Pág.24].

“Em consequência, aproxima o "pensamento primitivo" do pensamento da criança, classificando ambos como pré-lógicos” [Pág.24].

O pensamento da criança e o do primitivo reconhece semelhanças entre ambos, as quais se devem a fatores diferenciados: na criança explica-se pela inaptidão provisória em utilizar as técnicas e os instrumentos de sua própria época e no primitivo pela inexistência desses recursos no ambiente em que se formou. (GALVÃO, pág.24).

“Wallon utilizou-se largamente de pesquisas realizadas no campo da psicologia da criança” [Pág.24].

“Discussão dada pelos autores: Observações e busca explicações capazes de integrar as diversidades dos dados em que se baseia, contextualizando-os num referencial explicativo próprio” [Pág.25].

“Interlocução de Wallon com as teorias de Piaget e de Freud” [Pág.25].

Por parte de Piaget, existe uma disposição permanente para buscar continuidade e complementaridade entre sua obra