Fichamento: Terapia Cognitivo Comportamental na Prática Psiquiátrica Autor do Livro: Paulo Knapp Cap. 32 – A Relação Terapêutica
Por: Carolina234 • 14/9/2018 • 1.116 Palavras (5 Páginas) • 911 Visualizações
...
Alguns pacientes sentem necessidade de validação de seus esquemas, crenças entre outros. Isto também pode resultar em resistência, partindo do fato, de que uma simples discordância do terapeuta, pode gerar o sentimento de invalidação ao paciente, de traição. Conforme Leahy, 2001, uma boa técnica para lidar com estes pacientes é aceitar a necessidade de validação, abandonando a tentativa de mudança. Neste cenário, torna-se útil identificar junto ao passado e presente do cliente, o que o levou de fato a se sentir invalidado. Ou seja, se faz necessário primeiro conhecer o que levou o paciente a se sentir daquela forma, e somente após o paciente reconhecer a sua origem histórica, trabalhar a questão da resistência.
Ao invés de apenas rotular a resistência como algo irracional, o terapeuta passa a trabalhar em conjunto com ela.
Conforme Freeman, 1990, “ A contratransferência na abordagem cognitiva comportamental é definida como a “resposta, ante o paciente, que está enraizada nos esquemas ativos e inativos do terapeuta”.
Quanto ao assunto “contratransferência”, os autores fazem criticas severas, em relação a sua não consideração dentro da TC, ou mesmo a sua desvalorização. Quando o terapeuta ignora os seus próprios esquemas e vulnerabilidades, isto pode sabotar o processo terapêutico. A seguir, na visão de Leahy, seguem os esquemas do terapeuta que prejudicam a contratransferência:
- Padrões elevados de exigência ou perfeccionismo do terapeuta (Terapeuta tem medo de falhar, sente-se obrigado a resolver o problema do cliente. Isto pode causar a recusa do atendimento em que os casos são mais difíceis, ou a exigência demasiada do paciente);
- Preocupação com o abandono (Terapeuta enxerga a resistência do cliente como forma de rejeição pessoal e teme ser abandonado pelo paciente. possuem dificuldades extremas em focalizar a mudança);
- Crenças de ser superior e especial (O terapeuta é narcisista, o seu paciente é fonte de seus sucessos e de provar o seu talento. Se o tratamento não for bem sucedido como o terapeuta espera, ele pode adquirir raiva do paciente e passar a puni-lo. O paciente passa a sentir que ninguém é confiável e resultam no abandono da terapia);
- Necessidade de aprovação (Terapeuta é extremamente agradável, evita frustrar o paciente e como conseqüência, evita abordar assuntos de suma importância. O paciente, percebendo que o terapeuta não fala sobre os seus comportamentos negativos, pode entender que o terapeuta não se importe com isso e passa a sabotar a terapia. A falha é entendida pelo terapeuta como sua culpa);
- Sendo superdesenvolvido de autonomia (Terapeuta se foca na eficiência e produtividade. Possuem baixa tolerância ao comportamento emocional dos pacientes e como conseqüência, falham dependendo do tipo de paciente).
...