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Princípios fundamentais da terapia cognitiva. In: Terapia cognitivo-comportamental na prática psiquiátrica~

Por:   •  21/9/2018  •  1.543 Palavras (7 Páginas)  •  335 Visualizações

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Posterior a estes se tem os pensamentos automáticos que são mais facilmente detectáveis apresentando-se em forma de pensamento ou imagens. Também são divididos em três tipos sendo eles: distorcidos (ocorrem mesmo que haja indícios do inverso), acurados com conclusão distorcida e acurados, mas totalmente disfuncionais.

Wright (et al., 2008) traz resultados relacionados ao processamento de informações patológicos relacionados à depressão (desesperança, visão negativa do ambiente, atribuições errôneas), ansiedade (medo de ferir-se, maior atenção sobre informações de ameaças em potencial) e aos dois combinados (maior frequência de distorções cognitivas, capacidade cognitiva reduzida para solução de problemas)

Levando em consideração os princípios básicos da terapia cognitiva, o texto ressalta que não é apenas uma mudança nos pensamentos, mas um trabalho que também leva em consideração o emocional e o afeto presente na relação terapêutica. As intervenções utilizadas para modificar os pensamentos distorcidos não devem ser exclusivas do processo de terapia, mas há também um fator de prevenção no qual o terapeuta deve ajudar o paciente a planejar estratégias para lidar com situações futuras que possam desencadear disfunções.

Dependendo do problema apresentado pelo paciente, a duração da terapia acompanhará a gravidade do caso. É sabido que sessões de 45 a 50 min são frequentemente utilizadas, mas há também experimentos que comprovam a eficácia de sessões de 25 min em casos de depressão que obtiveram êxito. Mesmo que o foco na TCC seja o problema presente do paciente, é importante que haja uma investigação de mais ampla para se ter uma perspectiva mais acertada.

Para que o tratamento seja eficaz e que tenha bons resultados é preciso que o terapeuta tenha domínio da habilidade de conceitualização cognitiva. Esta não é feita apenas uma vez, mas desde o início do processo até o final, o que ajuda o terapeuta a perceber mudanças ocorridas, hipóteses que não são mais consideradas e tudo isso em cooperação com o paciente.

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Com relação aos métodos têm-se:

1 Empirismo colaborativo: há um trabalho colaborativo carente, portanto, de uma boa relação terapêutica. Nesse aspecto, paciente e terapeuta observam as hipóteses geradas e as descartam ou não dependendo das evidências adquiridas.

2 Descoberta guiada e questionamento socrático: o terapeuta ajuda o paciente a conseguir chegar ao insight sobre suas distorções o tornando mais engajado nas sessões e o ensinando a como perceber essas problemáticas e lidar com elas no futuro.

3 Lista de problemas e metas de tratamento: pede-se para que o paciente formule os problemas que quer superar e o que deseja de melhora no tratamento. Tudo isso deve ser feito de maneira clara e em concordância.

4 Familiarização com o modelo cognitivo: é bastante visível a psicoeducação nesse ponto. Desde o começo do processo de terapia o paciente é apresentado à forma como o pensamento se manifesta e a relação deste com o comportamento e à emoção. Dependendo do paciente este pode ter dificuldade ou não em assimilar o modelo e, por isso, é importante reforçá-lo durante a sessão exemplificando a construção teórica com as experiências no próprio consultório.

5 Avaliar criticamente as distorções cognitivas: ajuda-se o paciente a identificar e nomear a distorções e, dessa forma, trabalhar de maneira colaborativa com o terapeuta para lidar com essas distorções e as consequências advindas delas.

6 Exercícios, experimentos e tarefas: reforçar que as mudanças só irão se consolidar a partir do momento que o paciente se engajar nas tarefas propostas. O terapeuta deve estimular o paciente a ser mais ativo e que consiga fazer o enfrentamento das situações disfuncionais.

7 Prevenção de recaída: instrui-se o paciente a respeito de possíveis adversidades pósteras e que essas situações recaem sobre a vida de todos e reforçar que ele está preparado para lidar com isso.

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8 Término do tratamento: no momento em que todas metas e objetivos apontados inicialmente são alcançados, inicia-se o processo de conclusão do tratamento de forma gradual.

A respeito da estrutura da sessão têm-se:

1 Revisão do humor e revisão da semana: são comumente utilizados inventários ou mesmo perguntas objetivas sobre a semana do paciente e/ou o dia atual.

2 Ponte com a sessão anterior: é usual que paciente desse tipo de terapia tenham seu próprio caderno de anotações o que facilita a revisão do que foi trabalhado na sessão anterior.

3 Revisão da tarefa: o terapeuta deve em todas as sessões reforçar a importância da tarefa realizada pelo paciente durante a semana. Essa verificação dá indícios ao terapeuta sobre como o paciente se engaja no tratamento.

4 Agenda: a cada sessão se deve ter em concordância o que é prioridade a ser trabalhado mesmo que este não esteja na lista primariamente concebida.

5 Resumos: são basicamente compostos por aquilo que foi aprendido durante a sessão e devem ser feitos regularmente para que o paciente perceba também seu próprio avanço.

6 Feedback: é importante tanto para

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