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Considerando o filme "Hanna Arendt", o livro "Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal"

Por:   •  8/10/2018  •  1.248 Palavras (5 Páginas)  •  332 Visualizações

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d) No cenário do Holocausto, e também na atualidade como análise de fenômenos sociais, explique o papel social dos omissos, do bode expiatório (Eichmann) e da burocracia.

Eichmann cumpriu um papel de ser uma espécie de bode expiatório dos judeus perante os crimes da Segunda Guerra e o locausto. Outros nazistas foram perseguidos e até mortos por agentes do Mossad, mas com Eichmann pela forma que este caso foi tratado, as coisas aconteceram com mais profundidade.Ele viveu atormentado pela angústia de ser encontrado a qualquer momento.Sabia o que tinha feito, e que seria uma questão de tempo ser encontrado e morto.Tentou levar outra vida, impossível.Não se vive uma outra vida esquecendo-se de fatos tão marcantes.

Inserido no aparelho burocrático nazista, Eichmann agiu como um animal condicionado a reagir por reflexo automatizado. Ele cumpriu fielmente a tarefa que lhe fora determinada de organizar a deportação de judeus para os campos de concentração. Não lhe cabia discutir as ordens que recebia. Não tinha o direito de pensar.Assim, para os burocratas do Estado nazista, o extermínio de milhões de pessoas, inclusive de mulheres e crianças, tornou-se uma coisa corriqueira e banal porque eles deixaram de exercer a sua prerrogativa de pensar. A prática da violência tornou-se algo trivial por ausência de reflexão e pela suspensão do ato de julgar, pela suspensão da consideração do que é certo e do que é errado. Arendt concluiu então que, para combater o mal, para que a barbárie não se repetisse, não bastava condenar indivíduos. Se Eichmann tivesse deixado de cumprir as ordens superiores, seria eliminado e substituído por um outro que cumpriria. O mal estava nos sistemas que viabilizam atividades abomináveis a partir de homens condicionados a enxergar a violência como coisa banal.

Atualmente, em muitos setores da nossa sociedade, a burocracia impera e opera da mesma forma em que se operacionalizou o Holocausto. Exemplo disso, se pode citar alguns serviços públicos. São indivíduos que se ocupam de competências individuais, mas que somadas ao sistema como um todo, não se responsabilizam pelos resultados, tampouco pelos prejuízos deles decorrentes.

e) Como a Carta dos Direitos Humanos e o processo que se seguiu após os horrores da Segunda Guerra Mundial são relevantes na compreensão da convivência e da multiplicidade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos veio para conscientizar todas as nações do mundo de que atos de violência e atrocidades, a exemplo do Holocausto, não poderiam mais se repetir na história da humanidade, sob pena de violação aos direitos ali preconizados, tais como vida, liberdade, igualdade, respeito às diferenças, dentre outros.

De igual sorte, a Declaração foi elaborada também com o propósito de substituir um sistema de proteção às minorias, que foi criado depois da Primeira Grande Guerra, mas que se mostrou inútil contra as atrocidades cometidas na nova guerra, sendo necessário estabelecer uma nova forma de os países e as pessoas se relacionarem.

Sendo assim, a valorização da vida humana, através da dignidade pautada na autonomia e no protagonismo das pessoas, mediante a solidariedade e respeito à diversidade deve ser prioridade entre os povos, para que se construa uma sociedade mais justa, legítima e livre de discriminações.

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