Tristão e Isolda: Análise Comparativa entre o Livro e o Filme
Por: Evandro.2016 • 8/3/2018 • 1.924 Palavras (8 Páginas) • 830 Visualizações
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Voltando ao filme, Tristão volta pra casa depois de se recuperar com a ajuda de Isolda, mas sem conhecê-la de fato. Chegando lá, é feito um acordo de paz entre a Irlanda e a Cornuália e foi decretado que quem vencesse os lutadores da Irlanda ganharia a mão da princesa Isolda. Marcos, que desejava casar-se, logo se animou com a proposta e resolveu que iria lutar pela mão da princesa. Tristão, reconhecendo que era um bom lutador e grato a Marcos, se ofereceu para lutar em nome do Rei. Tristão vence, um a um, os homens da Irlanda, Isolda reconhece o amado e fica feliz a cada vitória dele, principalmente quando o jovem cavaleiro vence o último soldado. Porém, quando isso acontece, Tristão anuncia que lutou em nome de Marcos, o que é um choque para Isolda e, posteriormente, para Tristão ao ver que a mulher que conquistou em nome do Rei era a sua amada.
No livro, os homens seguidores do Rei – sabendo que se o Rei não tiver filhos, Tristão assumirá o trono – sugerem que o Rei se case e gere herdeiros. O Rei então se encanta por um fio de cabelo louro trazido do mar por um pássaro. O sobrinho do Rei reconhece que o fio de cabelo pertencia à filha da feiticeira e promete buscar a donzela para o tio. Disfarçado de mercador, Tristão chega à Irlanda e descobre que o Rei dará a mão da sua filha para quem capturar um dragão que vinha perturbando aquele lugar. Assim, ele decide ir atrás desse dragão. E é este ponto que considero uma das maiores – se não a maior – aversão entre as obras. Tristão não luta com homens irlandeses, ele captura o dragão e, portanto, ganha como prêmio a mão de Isolda.
No filme, Tristão promete respeitar Isolda sem sequer encostar nela até que a mesma estivesse nos braços de Marcos. A donzela não aceita o fato de ter de passar o resto da vida perto e ao mesmo tempo longe do amor da sua vida. Tristão não fica feliz com a situação, mas promete cumprir sua palavra. Ao chegar na Cornualha, Isolda casa-se com Marcos e, logo após, o casamento é “concebido”, Marcos nem desconfia que sua nova esposa não é mais virgem. Já na versão literária, - para que Marcos não perceba que Isolda não é mais pura – colocaram Brangia na cama com o Rei e deixaram as luzes apagadas. Marcos, que para nós já tem fama de bobo, nem percebeu. Depois de o casamento ser “concebido”, Isolda vai para a cama com a ajuda de uma bebida que fez com que Marcos não percebesse nada (mais uma vez).
Em ambas as versões, Tristão e Isolda se encontram às escondidas para tentar satisfazer o desejo que têm um pelo outro. E os invejosos sempre armando para que Marcos descubra o que está acontecendo entre os dois amantes. No livro, um anão “prevê” que, em uma certa noite, Tristão irá se encontrar com Isolda. Assim, os duques fazem a cabeça do Rei para que ele vá até o local conferir o que está acontecendo. Mas Tristão, com a ajuda de Isolda, consegue convencer Marcos que não está acontecendo nada entre os dois. No filme, isso não acontece. Marcos acredita que há algo mais entre os dois e manda Tristão embora. Nesse “meio tempo”, o pai de Isolda vem conferir se está tudo bem com sua filha, acaba se deparando com esta confusão e resolve travar uma batalha sangrenta. O nosso jovem cavaleiro volta para lutar e defender a terra que o fez desistir de seu verdadeiro amor para honrá-la. O filme acaba quando Tristão é ferido e morre (sim, desta vez ele morre de verdade) e Isolda se despede do seu amado com a autorização de Marcos. Após isso, Isolda desaparece.
A versão literária vai mais além: o Rei condena os dois à morte na fogueira publicamente, mas Tristão consegue fugir. Enquanto Isolda caminha para a fogueira, leprosos pedem para que a jovem Rainha (ou ex-rainha) vá com eles, e assim é concedido. Porém, nossa donzela não poderia terminar assim. Durante a viagem, o jovem cavaleiro – e agora herói – resgata Isolda e os dois fogem para viverem juntos na floresta e lá vivem juntos por dois anos – tempo restante da porção feita pela mãe de Isolda. Passados os dois anos, o feitiço acaba e Tristão passa a se arrepender de tudo o que fez e resolve entregar Isolda a Marcos novamente.
O Rei acaba aceitando, com a condição de que Tristão vá para outro reino. Neste outro reino, Tristão se aproxima de um homem que é irmão de Isolda das mãos brancas. Ao conversarem, o jovem fala que é apaixonado por Isolda, e o amigo de Tristão acaba achando que este se refere à sua irmã. Assim, Tristão acaba casando-se com Isolda das mãos brancas. Porém, o jovem da Cornualha havia prometido à sua Isolda fidelidade, portanto, ele não ousa encostar na sua atual esposa.
Numa batalha, o nosso jovem cavaleiro acaba se ferindo novamente e só quem pode curá-lo é a sua Isolda, já que esta o curou da primeira vez. Então Tristão pede ao seu cunhado que vá atrás de Isolda para trazer a cura. Eles combinam que, se Isolda aceitasse vir, o cunhado colocaria no barco vela branca. Caso contrário, ele colocaria vela preta. A atual esposa de Tristão ouve a conversa e fica com ciúmes. Quando eles estão voltando, Tristão pergunta a Isolda das mãos brancas qual a cor da vela do barco. Ela, mentindo, responde que é preta. A partir daí, Tristão já começa a morrer, pois diz que sua vida não tem mais sentido. Ao chegar, Isolda recebe a notícia de que seu amado acaba de morrer e morre junto com ele.
Assim, foram mandados de volta para a Cornualha, onde foram enterrados. Sobre seus túmulos, foram plantadas duas árvores que cresceram entrelaçadas. Cada vez que as árvores eram podadas, voltavam a crescer com mais vigor, representando o amor entre os dois: quanto mais aversões
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