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CONTRIBUIÇÕES DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA NO ATENDIMENTO AO DEPENDENTE QUÍMICO

Por:   •  6/11/2018  •  8.990 Palavras (36 Páginas)  •  357 Visualizações

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Key words: Drugs. Use, abuse and dependence. Person-Centered Approach

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SUMÁRIO

1 - Introdução............................................................................................................06

2 - Desenvolvimento..................................................................................................14

2.1 – Metodologia................................................................................................14

2.2 – Fundamentação Teórica.............................................................................15

2.3 – Principais conceitos da Abordagem Centrada no Cliente...........................17

3 - Fatores que podem levar à dependência química................................................20

3.1.- Aspectos psicológicos..................................................................................21

3.2 - Aspectos sociais..........................................................................................22

4 - Possibilidades e limites da ACP no atendimento a pessoa dependente de substâncias psicotrópicas...........................................................................................26

4.1 - Ausência de demanda própria.....................................................................27

4.2 - Tratamento através de internações.............................................................28

5 - Considerações Finais ...........................................................................................30 6 - Referências...........................................................................................................31

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1 INTRODUÇÃO

Um dos grandes fenômenos enfrentados pela sociedade brasileira do século XXI é o uso, abuso e a dependência de substâncias psicoativas, tanto as lícitas (álcool e tabaco), quanto as ilícitas, sendo as mais conhecidas os solventes ou inalantes, tais como maconha, crack, cocaína, anfetaminas, ecstasy, heroína, LSD, opiáceos, entre outras.

Por se tratar de um assunto que é paralelo ao crescimento da violência e criminalidade, e que contribui para o rompimento dos laços sociais, afetivos, e familiares, a dependência química tem despertado a atenção de profissionais das mais diversas áreas, para um trabalho interdisciplinar com intervenções pontuais e eficazes.

A dependência química tem implicações sociais, psicológicas, econômicas e políticas, e por isso tem gerado várias ações de órgãos governamentais e não governamentais com foco não apenas no tratamento, mas também e principalmente na prevenção e ressocialização do dependente químico.

Segundo o Ministério da Saúde (2004), o uso, abuso e dependência, já são considerados um problema grave de saúde pública, que traz danos tanto à saúde física quanto psicológica, do usuário e de sua família. E é visando alcançar o círculo de relações do dependente químico que têm surgido grandes debates na intenção de uma ação conjunta dos vários saberes para atender o dependente químico na sua integralidade.

A iniciação como usuário de drogas tem diferentes motivações e circunstâncias, que dependem de cada indivíduo e contexto social. Em alguns casos, principalmente entre jovens e adolescentes pode ser por uma simples curiosidade, necessidade de autoafirmação para um grupo, ou também como uma fuga de uma realidade com a qual ele não consiga lidar. Embora se discutam muito os fatores socioculturais, sabe-se que há também particularidades do indivíduo, suas vivências e significações, a sua relação com o mundo, e consigo mesmo, que são fatores que influenciam suas escolhas. Neste sentido, a psicologia contribui de forma significativa, como mais um instrumento de promoção do bem estar social e psicológico do indivíduo, a fim de enfrentar de forma eficaz este fenômeno que desafia a sociedade contemporânea.

A questão da dependência química não é um assunto discutido apenas na sociedade brasileira, mas no mundo inteiro. Segundo o Ministério da Saúde (2004) de acordo com a própria Organização Mundial de Saúde (2001), cerca de 10% da população dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas, independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo. Tal assunto torna-se mais complexo devido à estigmatização e exclusão, que acomete o usuário. Como ressalta Cardoso (2001), a palavra “droga remete imediatamente para um dos seguintes polos temáticos: doença, insegurança, criminalidade, desvios comportamentais variados, atropelos morais e sociais, perversões, etc.” (p. 1).

O uso de drogas acompanha a história da humanidade, nas mais diversas culturas, para os mais diversos fins, de medicinais a religiosos.

O uso de drogas na história da humanidade é uma prática milenar e universal. O homem, nas diversas culturas, sociedades e épocas sempre consumiu drogas, o que na maioria das vezes, não se constituiu em problemas e motivos para alarmes sociais, sendo consumidas com finalidades religiosas, terapêuticas e lúdicas, sendo entendida como uma manifestação cultural e humana. (CRIVES, DIMENSTEIN, 2006, p. 27)

Déa et al (2004) também apontam o consumo de drogas como prática antiga e generalizada dentre as sociedades.

O consumo de substâncias psicoativas existe desde os primórdios da historia do homem, em praticamente todas as culturas conhecidas. Curiosidade, desejo de transcendência, busca da imortalidade, do prazer, da sabedoria, são alguns dos motivos que aparecem, desde sempre, associados ao desejo por alguma droga. (DÉA et al, 2004, p. 109).

De acordo com Toscano Jr. (2001), apud Pratta, (2009), o uso de substâncias psicoativas não é um evento exclusivo da pós-modernidade. Na antiguidade, gregos e romanos faziam uso de drogas como remédio ou veneno, o que determinava a sua função era a dosagem utilizada.

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