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Abordagem Centrada na Pessoa (ACP)

Por:   •  8/5/2018  •  1.300 Palavras (6 Páginas)  •  400 Visualizações

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É primordial a participação da família no processo terapêutico, especialmente nas crianças, promovendo uma maior compreensão das experiências delas, no caso de Dibs, a mãe forneceu um importante direcionamento para terapeuta, no momento em que decidiu falar para mesma sobre o seu filho, e os seus sentimentos para com ele.

"Nunca havia cuidado de nenhuma criança (...). Ele foi uma espada no meu coração - tal o desapontamento que me trouxe com o seu nascimento" (p.111). Tornando-se claro para terapeuta que a base do comportamento de Dibs eram os problemas afetivos com os seus pais. Já que ele nunca fora aceito e respeitado pela sua forma de ser pelos próprios pais.

Destaca-se a atitude da terapeuta em relação ao que a mãe de Dibs revelou, percebe-se em: "Se ela decidisse abrir-se para o encontro, não a apressaria e nem tentaria arrancar-lhe qualquer pedaço que pela sua livre vontade não oferecesse. Não arrombaria as suas portas, mas confiaria no seu desejo de abrir o seu mundo em um encontro com outra pessoa" (p.107), e "Quem pode amar, respeitar e compreender uma outra pessoa senão quem vivenciou em si mesmo tais sentimentos? (...) nada poderia ser-lhe mais útil neste entrevista, que possibilitar-lhe sentir-se respeitada, entendida e aceita" (p.121).

Observa-se o Olhar Positivo e Incondicional da terapeuta à mãe do Dibs, que consiste na capacidade de aceitar o outro sempre de maneira positiva, independente daquilo que o cliente tenha revelado. Este foi um ato importante para o processo terapêutico do menino, pois a mãe agora tem uma maior confiança na terapeuta, e em si mesma, agindo diferente com seu filho Dibs.

O posicionamento da terapeuta no caso de Dibs foi determinante para o seu crescimento pessoal. Foi um trabalho árduo e principalmente de respeito para com o outro que demanda um sofrimento, principalmente quando este outro se trata de uma criança.

É valido salientar que em todo o processo terapêutico de Dibs, foi enfatizada pela terapeuta a autonomia deste no referido processo, e o espaço favorável para que ele pudesse se desenvolver, ou seja, o poder contratual presente na relação terapeuta-cliente superou os ditames do suposto saber, observa-se isso nas falas sempre presentes da terapeuta no decorrer do processo: “Como você disse que queria; Como eu falei que desejava como nós conversarmos que queríamos”.

Desse modo, evidencia-se que, conforme afirma a teoria rogeriana, a terapia é sempre centrada na pessoa, em sua total autonomia no processo de busca por si mesmo. De modo geral, em nossa opinião, o ápice do relato de Virginia M. Axline acerca de Dibs é quando este conclui: "Eu posso fazer coisas! (...) qualquer coisa que deseje fazer." (p.209).

Observa-se neste fragmento toda a mudança pela qual Dibs passou, toda a transformação que sofreu, aquele que outrora era alguém trancado em seu mundo, passou a ser um garoto confiante, confiante em si e aberto para as possiblidades que o

Mundo tinha para lhe oferecer.

Apesar de todas as dificuldades e descrenças, Dibs foi percebido por a terapeuta em questão como um ser de possibilidades, ele foi respeitado em sua singularidade e isso

proporcionou o seu crescimento.

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