A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a psicologia

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No último capítulo, Bauman cita Pierre Bourdieu e o “Estado Beneficente”, dos Estados Unidos, onde as leis que garantem segurança para as classes médias são repressivas em relação à precária grande massa da população. A lei e a ordem são limitadas, enquanto alguns possuem uma existência ordeira e segura, para outros a força da lei é ameaçadora e espantosa. Outro ponto é o mercado de trabalho, apesar de inflexível a necessidade de investimento para torna-lo mais maleável não é pensada somente por conta da variável econômica, mas também como uma forma de gerir a mão-de-obra, tornar mais flexível as relações sociais, redistribuir o poder e diminuir a resistência. Para Bauman a globalização mudou as leis e se refere ao isolamento dos presidiários. O sociólogo crítica o sistema mostrando que com tantas restrições e isolamento, as prisões só não podem ser consideradas caixões porque os aprisionados ainda se alimentam e defecam. De acordo com Bauman, o confinamento supervigiado dos internos não contribuem com o propósito de correção e reabilitação das prisões. Um dos reflexos da globalização é também o número cada vez maior de indivíduos nas prisões. Em alguns países se tem mais gastos com isolamento e segurança, ao invés de educação. Para acalmar a ansiedade da sociedade, a prisão tornou-se um método eficiente. Bauman descreve o confinamento especial como uma forma de lidar com setores difíceis de controlar e problemáticos. O autor dá como exemplo os escravos, leprosos, loucos, que deveriam ficar isolados fisicamente e tinham a comunicação suspensa, e quando tinham permissão para andar fora das áreas, estes indivíduos deveriam levar sinais mostrando que pertenciam a outro espaço. A intimidade pessoal diária com as pessoas punidas pela lei poderia fazer com que as pessoas mudassem de ideia, apesar da raiva das ações cometidas, porém, para Bauman, nos dias atuais os indivíduos vivem entre si, porém não se conhecem e provavelmente jamais conhecerão.