A Psicanálise e a Arte

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Essa obra “O Grande Masturbador” de Dalí, há conteúdos manifestos que é o produto do trabalho do sonho, se constitui no relato que o sujeito faz do seu sonho num momento em que não tem todas em significações que seu sonho exprime, comparando com sua fobia que ele mesmo relatou o medo de gafanhoto. Contudo, o medo pode não ser do gafanhoto, e sim de algum evento conflituoso gerado na infância que foi deslocado para o inseto, ou projetado; ação de quando o sujeito expulsa de si e localiza no outro, seja pessoa ou objeto, algo que ele desconhece ou recusa em si próprio, são mecanismos de defesa para proteger a integridade do ego.

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Figura 1: O Grande Masturbador, 1929.

Na composição, um enorme rosto petrificado apoia-se no solo, através de um gigantesco nariz fálico. Os olhos com imensos cílios estão semicerrados, lembrando o sonho. O cabelo está repartido ao meio. Um anzol pinça o couro cabeludo, arqueando-o. O masturbador não possui boca. Em seu lugar está um gafanhoto cheio de formigas, que estão sempre relacionadas com o medo e o putrefato.

Da cabeça do masturbador eleva-se uma mulher de perfil, nua e de cabelos revoltos, possivelmente Gala. À sua frente encontra-se uma estátua com os genitais bem delineados, o que leva o observador a presumir que a mulher esteja prestes a realizar um coito bucal. Ela traz consigo um lírio, símbolo da pureza, embora o pistilo tenha uma forma fálica. Pode querer dizer que o pintor considerava a masturbação, tão condenada à época, como a forma mais pura, que ele tinha para chegar ao ápice do gozo sexual.

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- Conclusão

Conclui-se através desse trabalho o quanto do nosso dia-a-dia interfere em nossos sonhos, logo, podemos ver que nossos sonhos são representações do trabalho do eu-lírico, que são as nossas insatisfações, nossas frustações diárias. Onde fica claro na obra de Salvador Dalí, “O Grande Masturbador”, quando fazemos a análise, que representa o mundo onírico na tela.

Para essa análise precisamos saber os conceitos (que foram elaborados por Freud), sublimação, condensação e pulsão sexual, os quais são descobertos na obra de Dalí. O artista fazia uso de alucinógenos para pintar suas obras, então não podemos afirmar que as pinturas fazem ou não parte do seu mundo onírico.

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- Referências Bibliográficas

LAPLANCHE, J. Vocabulário da psicanálise - Laplanche e Pontalis. São Paulo: Martins Fontes, 1992. P.88,114,116,481,100,374.

QUADROS, Beatriz. Surrealismo: como Salvador Dalí transformou Freud em arte. http://www.revistacapitolina.com.br/surrealismo-como-salvador-dali-transformou-freud-em-arte/>. Acesso em 31/03/2017.