A INFLUÊNCIA DA INTERNET NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

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REVISÃO DA LITERATURA

Para o experimento proposto, levaremos em consideração a própria definição de linguagem, que é a capacidade própria do ser humano de adquirir línguas. A evolução da linguagem trouxe consigo seus benefícios, mas também algumas preocupações, e é isso que queremos analisar nessa pesquisa.

Alguns teóricos da linguagem, como Vygotsky (1896 -1934), defendem que o homem e seu desenvolvimento se constroem através de uma perspectiva sociocultural, ou seja, o homem se constitui na interação com o meio em que está inserido (RESENDE, 2009). Ao utilizar cada vez mais a internet para se comunicar, principalmente os chats, aos poucos o sujeito vai ficando com seu raciocínio limitado, já que o discurso utilizado nas salas de bate-papo caracteriza-se por frases curtas e abreviações. A utilização frequente dessa linguagem pode interferir nas produções realizadas pelos adolescentes na sala de aula? Nesse momento, nos deparamos com questionamentos que nos fazem pensar sobre até que ponto a influência é saudável e não surge como um empecilho no processo de interpretação.

Podemos dizer que a linguagem utilizada nos chats pelos adolescentes, são quase que uma sequencia de “códigos”, e claro, os leitores dessa tribo, conseguem interpretar perfeitamente o que está escrito, uma vez que lê como se estivesse ouvindo. Eles sabem perfeitamente o que cada código significa, porém, no momento de escrever de maneira formal, podem surgir erros de gramática, já que, conforme Freitas (2005, p.13), “A maioria das características do pensamento e da expressão fundadas no oral é relacionada com a interiorização do som.”

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A escrita está presente em nosso dia-a-dia, seja em uma carta, no bilhete da geladeira ou nos e-mail que recebemos ou enviamos, por isso ela tornou-se cada vez mais importante e prioritária para nossa existência.

Freire (2003, p. 22), destaca que:

Sim, pela primeira vez nossa humanidade já tão velhinha, as pessoas estão se conhecendo primeiramente pela palavra escrita. E lida, é claro. [...] Jamais, em tempo algum, o brasileiro escreveu tanto. E se comunicou tanto. E leu tanto. E amou tanto.

De fato, já nos comunicávamos através da escrita, mesmo que de maneira diferente daquela feita através das cartas. Porém a evolução da escrita trouxe consigo muitos benefícios, como por exemplo, a velocidade que a mensagem chega ao destinatário, mas também algumas preocupações, principalmente em se tratando de adolescentes, pois esse público em especial, encontra-se em fase de amadurecimento, construindo valores e as influências ao seu redor muito contribuem, de forma positiva ou negativa.

Hoje a forma de ler e escrever já não são mais as mesmas. Existe uma vasta utilização de símbolos, abreviaturas, ausência de acentuação e pontuação, etc.

Costa destaca que, (2005):

Quanto ao processo interativo de produção discursiva na conversação face a face na internet, com implicações no uso do código escrito e nas escolhas linguísticas mais próprias da linguagem espontânea e informal oral cotidiana, há algumas semelhanças entre ambas conversações: tempo real, correção on-line, comunicação síncrona, linguagem truncada e reduzida, etc., porém há também algumas diferenças que, contudo, confirmam o processo simultâneo de construção da linguagem e do discurso.

Os avanços surgem com uma velocidade nunca vista em outros tempos, temos acesso a inúmeras informações e das mais diversas fontes que chegamos a nos sentir desinformados, porque muitas vezes não conseguimos acompanhar esse ritmo tão acelerado.

Por praticamente já nascerem inseridos nessa conjuntura, crianças e adolescentes, que são a parte da sociedade que está mais familiarizada com essa realidade, trás uma preocupação na forma de como a comunicação e o distanciamento do contato tradicional com a literatura, pode influenciar drasticamente na alfabetização.

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METODOLOGIA

Para o experimento proposto, escolhemos 12 alunos de duas turmas de 9º ano do ensino fundamental de uma escola privada de Nova Iguaçu.

Escolhemos uma escola privada, e não pública, pelo fato de supor que os alunos da escola privada têm acesso com maior frequência a computadores, pois mesmo que não disponham de computadores em casa, a escola pesquisada possui laboratório de informática à disposição dos alunos.

Para a realização desta pesquisa trabalharemos com dois grupos (grupo controle e grupo experimental), onde serão entregue 2 textos (Anexo1 e 2). Utilizaremos em um deles a linguagem formal e no outro na linguagem internetês. Distribuiremos questionários (Anexo3), onde as perguntas serão projetadas de forma idênticas para os dois grupos. A proposta é que após a leitura, os alunos respondam de forma sucinta, o questionário.

Será avaliada de forma aleatória a produção da escrita, bem como a interpretação de cada grupo, onde assim reuniremos os dados para comprovar ou refutar a hipóteses dessa pesquisa

CRONOGRAMA

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REFERÊNCIAS

CATANIA, A. C. Aprendizagem: Comportamento, linguagem e cognição [Learning: behavior, language and cognition]. 1999.

DE ASSUNÇÃO FREITAS, Maria Teresa; COSTA, Sérgio Roberto. Leitura e escrita de adolescentes na internet e na escola. Autêntica Editora, 2005.

KOMESU,