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A DESIGUALDADE SOCIAL

Por:   •  27/11/2018  •  1.831 Palavras (8 Páginas)  •  275 Visualizações

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Dados de 2015 apontam que a cobertura de acesso a Dados de 2015 apontam que a cobertura de acesso a água, por exemplo, alcança 94% para quem está entre os 5% mais ricos, mas cai para 62% quando se trata dos 5% mais pobres. No caso de cobertura de esgoto, ela abrange 80% dos 5% mais ricos; porém, cai para menos de 25% se observados os 5% mais pobres. A exceção está na energia elétrica, que teve forte expansão nas últimas décadas, sobretudo para as camadas mais pobres da população [...]” (GEORGES Rafael, 2017, p. 34).

“Dados mais recentes dão conta de que, em Cidade Tiradentes, bairro de periferia de São Paulo, a idade média ao morrer é de 54 anos, 25 a menos do que no distrito de Pinheiros, onde ela é de 79 anos. Trata-se de um dado que resume como as desigualdades se manifestam de diversas formas, sempre a um preço muito alto para a base da pirâmide social no Brasil.” (GEORGES Rafael, 2017, p. 38).

Mesmo com programas sociais desenvolvidos pelo governo de serviços essenciais para uma condição humanitária de vivência ainda existe uma grave distribuição injusta de saneamento básico como: água potável e encanada, acesso à energia elétrica, coleta de esgoto entre outros serviços que compõem uma infraestrutura habitacional. Isso impacta não só a saúde social mas também, a educação, qualidade de vida, e a renda do lar. Além disso a expectativa de vida quando se trata de regiões segregadas e tragicamente menor chegando a ter 25 anos a menos do que quem tem acesso a serviços essenciais.

“Dados da SRF de 2016 apontam que as pessoas com rendimentos mensais superiores a 80 salários mínimos (R$ 63.040,00109) têm isenção média de 66% de impostos, podendo chegar a 70% para rendimentos superiores a 320 salários mínimos mensais (R$ 252.160,00). Por outro lado, a isenção para a classe média (considerando as faixas de 3 a 20 salários mínimos, R$ 2.364,00 a R$ 15.760,00) é de 17%, baixando para 9% no caso de quem ganha 1 a 3 salários mínimos mensais (R$ 788,00 a R$ 2.364,00). Em resumo, as menores rendas e a classe média pagam proporcionalmente muito mais imposto de renda que os super-ricos.”

“Como consequência, a carga tributária pesa mais nas menores rendas. Os 10% mais pobres no Brasil gastam 32% de sua renda em tributos (28% dos quais são indiretos, ou seja, sobre produtos e serviços). Por outro lado, os 10% mais ricos gastam apenas 21% de sua renda em tributos, sendo 10% em tributos indiretos.”

“Essa diferença penaliza proporcionalmente mais aos negros e às mulheres, em comparação com os homens brancos: três em cada quatro brasileiros que estão na faixa dos 10% mais pobres– a que mais gasta com tributos – são negros e mais da metade são mulheres. Por outro lado, dentre os 10% mais ricos, os que pagam a menor quantidade relativa de impostos, dois em cada três são brancos e são homens.”

Os mais ricos mesmo com um alto poder monetário ainda são os que menos pagam tribulação e impostos, enquanto os mais pobres com menor poder aquisitivo ainda são os que são mais taxados. Isenção de impostos chegam a ser de 70% enquanto uma pessoa de classe média tem uma redução de 17% sobre o imposto de renda, consecutivamente isso atinge a camada mais desfavorecidas da população sendo está negros e mulheres, ou seja além de serem estigmatizados por sua cor e também por gênero ainda sofrem com questões governamentais de impostos, sendo que em 2016 o Brasil deixou de arrecadar 271 bilhões em renuncias fiscais envolvendo latifundiários ou donos de grandes territórios.

"Em geral, a juventude negra e pobre é a mais afetada pelas barreiras educacionais. Baixo número de anos de estudo, evasão escolar e dificuldade de acesso à universidade são problemas maiores para esses grupos, que, não por acaso, estão na base da pirâmide de renda brasileira."

"Apesar do crescimento da média geral ao longo das últimas décadas, a distância entre a escolaridade de negros e brancos tem se reduzido a passos lentos. Em 1995, brancos tinham, em média, 6,7 anos de estudo, enquanto no caso dos negros essa média era de 4,5171. Passados vinte anos, brancos têm uma média de 9 anos de estudo, contra 7,4 dos negros."

"Em 2011, a probabilidade de um jovem branco da classe A, no último ano do ensino fundamental, ter acesso a professores com ensino superior completo era de quase 100%, caindo para menos de 80% no caso de jovens pretos da classe E. Quando se trata de professores do 5º ano do ensino fundamental, essa probabilidade é de cerca de 95% para brancos da classe A, e menos de 30% para pretos da classe E."

"Esse cenário leva estudantes a competirem por vagas em universidades públicas em condições extremamente desiguais. A evasão e a baixa qualidade dos ensinos fundamental e médio afetam os que pertencem aos estratosmais baixos de renda, sobretudo negros, criando condições para a expressiva desigualdade no acesso ao ensino superior."

"Os 47% de mulheres que não conseguem entrar na População Economicamente Ativa (PEA) têm, em sua maioria, um perfil específico: estão em idade produtiva, possuem escolaridade média superior à dos homens inativos, têm filhos e são casadas. São traços de uma sociedade profundamente patriarcal, que joga para a mulher a maior parte do trabalho reprodutivo – não remunerado. Aqui reside um dos nossos maiores obstáculos para a redução drástica de desigualdades de gênero no Brasil."

"O poder público deve propor mudanças no sistema tributário, ampliar recursos orçamentários para a realização progressiva de direitos, assegurar políticas educacionais inclusivas, lutar contra a violência institucional no seu próprio âmbito e oferecer

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