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AS BASES DA EDUCAÇÃO VOCAL

Por:   •  2/11/2017  •  1.698 Palavras (7 Páginas)  •  573 Visualizações

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- a. Teoria Mioelastica: Divulgada por volta de 1930. Segundo esta, os músculos vocais se contrariam relativamente à altura do som a emitir; o ar subglótico sob pressão os separaria e esses elementos, em virtude de sua elasticidade, voltariam à posição inicial, prosseguindo a vibração em conseqüência de um automotismo elástico involuntário.

b. Teoria Neurocronáxica: De 1950. Husson, após anos de investigação, concebeu essa teoria, segundo a qual a vibração não seria um ato passivo, elástico, porém um fenômeno de responsabilidade da fisiologia nervosa, puramente; que a adução e a vibração seriam governadas pelos centros nervosos corticais.

c. Confirmada e divulgada por Perelló em 1962, é bastante convincente. De certo modo, esta teoria corrige a mioélastica. Ela ensina que não ocorre vibração por elasticidade muscular, porém apenas um movimento ondulatório ou vibratório, da mucosa que recobre as cordas vocais, não-aderentes ao plano inferior, o conus elasticus, quando tensionadas e algo afrontadas, sendo esse movimento provocado pela pressão aérea subglótica que força uma saída de ar, aos bocados. Cada prega ou borda vocal é acionada passivamente, à semelhança do que ocorre com uma bandeira ou uma superfície líquida, agitadas pelo vento. A disposição laríngea para criar essa situação de vibratilidade das cordas vocais, sim, é ativa, resultante de contrações musculares.

- A glote estirada, atinge maior comprimento; a tensão pode atingir elevadas taxas, não só pela robustez do músculo cricotiroideu, auxiliado ainda pelos abaixadores da laringe, como pelo fato de serem as aritenóides, aqui, protegidas pela contratensão. Isso possibilita melhor resposta vibratória das cordas vocais e som mais amplo se for realizada adução suficiente. Concluímos, portanto, e a realização da prática nos confirma, que nesse caso a tensão e a adução das cordas vocais são atendidas pelo segundo esquema fônico descrito acima – com distensão laríngea – que é concordante com a posição baixa do órgão e se mantém constante.

- São condições essenciais o posicionamento suficientemente baixo da laringe com distensão, possibilitando elevada tensão com maior extensão cordal. Por causa dessa maior extensão é preciso que a adução seja maior. Tudo isso pode ser instituído se não for condição espontânea.

Já sabemos também que devera ser superada a dependência de posição entre o palato mole e a laringe; esta terá que descer e aquele terá que manter-se elevado. Isso será facilitado à proporção que o aspirante conseguir maior distensão dos pilares do palatino, maior descontração da faringe, o que promove maior altura do “ismo da garganta” e é avaliado pelo timbre mais decididamente oral da voz e maior componente escuro.

Não deve o principiante nem lhe permitir o professor lançar-se aos exercícios tradicionais de canto ou fonação de grande intensidade sem que esteja resolvido este problema e estabelecidas as condições apontadas. Tal leviandade conduz, não a uma técnica vocal avançada mas a vícios, defeitos, de difícil correção futura, voz impura, soprosa, gritada, branca, desigual, etc.

- A tensão das cordas vocais pode ser promovida de dois modos: pelo giro das cartilagens aritenóides ou pela distensão da laringe devida ao basculamento da cartilagem tireóide sobre a cricóide. O primeiro mais próprio da locução comum; o segundo é o adequado ao canto lírico e à locução de grande intensidade. Na ocorrência do segundo, a adução das cordas vocais é promovida pela contração do músculo interaritenoideu, que faz deslizarem as duas cartilagens para a linha mediana. No primeiro caso, a extensão e a tensão das cordas são menores; no segundo, alem da glote ser mais extensa, podem ser atingidos mais altos índices de tensão.

- O apoio da voz: O aluno já devera dispor, com base na pureza do som laríngeo, na conscientização das sensibilidades proprioceptivas, na acomodação adequada da caixa harmônica e na perfeita aptidão do setor respiratório, de uma suficiente taxa impedancial no pavilhão faringobucal. Essa impedância é que oferece à glote um efetivo apoio, vibratório, um “conforto” capaz de facilitar as ações imediatas relativas à passagem.

O som laríngeo “mais grosso” (mais amplo, denso e escurecido)

Mesmo na ocorrência do esquema fônico próprio de canto, com distenção glótica pelo basculamento da cartilagem tireóide e com adução por deslizamento das aritenoides, tomando por base uma nota central, o som laríngeo poderá apresentar amplitude e riqueza harmônica variáveis, em face das variáveis extensões e espessura cordais em vibração. Então, o aspirante tem de fazer uma opção: será entre um som que parece “natural”, mas na verdade não é de amplitude satisfatória, e outro mais “grosso”, mais rico, mais denso, que só é conseguido, a principio, com um esforço acessório de maior afrontamento das cordas vocais e maior abaixamento da laringe.

A voz correta de média intensidade

Devem ser evitados tantos os “pianos” de emissão indecisa como as grandes intensidades sem correção total dos demais atributos básicos.

O melhor tipo de voz para esses exercícios será a de média sonoridade e de esquema correto de canto; a emissão deve ser natural, decidida, mas controlada. A vogal, a sílaba ou a palavra devem ser emitidas como se fossem “ditas”, com voz densa e propriedade fonética.

Os intervalos e a agilidade

Entre notas do exercício, os intervalos maiores são geralmente mais úteis, mais favoráveis à descoberta da transição de registros; a mudança de altura deve ser ágil e rápida. Essa agilidade é outro fator auxiliar. Significa que a mudança de nota se faz instantaneamente, sem portamento, mantendo-se em cada nota o mesmo esquema fônico, o “mesmo” som vocal. Não haverá, desse modo, tempo suficiente para a subida da laringe,

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