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IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DA CURVA DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA INFÂNCIA

Por:   •  8/5/2018  •  2.934 Palavras (12 Páginas)  •  509 Visualizações

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2.1 CRESCIMENTO

Tem como definição um processo dinâmico e contínuo que ocorre desde a concepção até o final da vida. É no embrião, no feto, na criança pequena e na adolescência, que o crescimento se dá com maior intensidade e é nesse período que os fatores ambientais mais influenciam.

O crescimento é considerado como um dos melhores fatores indicadores de saúde da criança, pois pe o que mais sofre a influência dos fatores ambientais, do tipo alimentação, doenças, cuidados gerais, higiene, condições de moradia, saneamento, acesso aos serviços de saúde.

Traduz as condições de vida passada e presente da criança.

Se considerarmos que o crescimento da criança se expressa no seu desenvolvimento pleno, neste sentido, crescimento e desenvolvimento se confundem no diagnóstico integrado das condições e saúde da criança. É bom lembrar que o tamanho do corpo é resultante

De uma acumulação de exposições ao longo da vida da criança.

O melhor caminho para acompanhar a saúde e o desenvolvimento da criança é a monitorização do seu crescimento. Essa monitorização envolve um acompanhamento do desenvolvimento físico, com medições regulares do peso e da altura, que são consideradas ferramentas importantes para detecção precoce dos problemas de saúde e nutrição da criança.

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2.2 PONTOS HISTÓRICOS

A antropometria teve início em 1759, com um estudo longitudinal realizado por MONT BEILLARD, que acompanhou o crescimento do seu filho, o que deu um grande impulso no estudo sobre o crescimento. Com isso, o belga QUETELET, em 1830, assinalou usa importância, realizando os primeiros ensaios sistemáticos antropométricos da criança (MARTORELL, 1981).

Os trabalhos de vários pioneiros foram decisivos na implantação da antropometria, como VILLERMÉ, considerado um dos fundadores da Saúde Pública, na sua publicação, em 1829, considerando que a pobreza era claramente associada com a existência de adultos pequenos, ao que ele atribuiu à pobre nutrição e doenças durante a infância; CHADWICK, que me 1812 contribuiu com seus estudos sobre morbidade, mortalidade e estatura das crianças que trabalhavam nas indústria têxteis, e para a proibição do trabalho para crianças menores de 9 anos; BOWDITCH, que em 1875, em crianças escolares de Boston, comparou o crescimento infantil com as diferenças ocupacionais e local de nascimento dos pais, e depois realizou, em IOWA, o segundo estudo longitudinal de crescimento físico, desde o nascimento, até a idade adulta; FRANZ BOAS, conhecido por ter realizado o primeiro estudo longitudinal de crianças escolares em Massachusetts, o qual Tanner chama de pai da Auxologia Humana, tendo sido um líder aplicando novas técnicas de estatísticas para os problemas de crescimento. Estes cientistas, entre outros mais, propiciaram o desenvolvimento e a ampliação dos estudos sobre o crescimento (MARTORELL, 1981; VALADIAN, 1988).

O progresso continuou, e no século XIX, os padrões de crescimento receberam arsenal estatístico que revolucionou, não apenas o estudo do crescimento, mas a ciência em geral, sendo SIR FRANCIS GALTON um dos grandes contribuintes desta área.

Várias tabelas foram elaboradas, desde de Baldwin-Wood (de peso para altura) em 1923, considerada como uma das melhores tabelas conhecidas, até os novos padrões, onde o National Center Health Statistics (NCHS), adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é utilizado amplamente nos estudos de crescimento, ao redor do mundo e no Brasil.

No Brasil, em 1984, o Ministério da Saúde definiu o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do crescimento e desenvolvimento como uma das cinco ações básicas da “ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA e como eixo integrador desse assistência.

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2.3 FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO

A carga genética institui um potencial máximo a ser atingido pelo crescimento, que pode não ser atingido pelas condições de vida que foi submetida a criança, desde a sua concepção até a idade adulta.

Por isso, podemos dizer que o crescimento pode sofrer influências de fatores extrínsecos (alimentação, saúde, higiene, habitação e etc.), e não atingir o potencial de crescimento determinado pelos fatores intrínsecos (genéticos e metabólicos).

2.3.1 - Fatores intrínsecos – Herança genética

É a propriedade dos seres vivos de transmitir suas características aos descendentes. Estabelece um potencial que pode ser atingido, que pode ser perturbado por fatores ambientais.

O crescimento é uma das funções biológicas, que mais depende do potencial genético. O alcance da meta biológica, depende na verdade, das condições do ambiente onde se dá o crescimento da criança e a sua influência é marcante.

2.3.2 Fatores extrínsecos:

a) Alimentação – até 5 anos a criança necessita de cuidados específicos com a sua alimentação, 32% das necessidades calóricas de uma criança são destinadas ao crescimento. Sua dieta deve ter qualidade, quantidade, freqüência e consistência adequada para a idade.

b) Controle de infecção – as infecções podem levar a um retardo de crescimento e à desnutrição, que por sua vez, é responsável por episódios infecciosos mais graves e de maior duração, caracterizando assim um efeito sinérgico.

c) Higiene – disponibilidade de água potável, de meios adequados para o esgotamento sanitário e destinação de lixo. Conhecimentos, atitudes e práticas corretas sobre o manuseio, armazenamento, preparo e conservação dos alimentos, de higiene corporal e do ambiente.

d) Cuidados gerais com a criança – a criança pequena necessita estabelecer relações afetivas, ser escutada e atendida em suas necessidades, precisa receber afeto.

e) Influências do meio ambiente – que começa ainda na vida intra-uterina, quando o tamanho da cavidade uterina limita o crescimento do feto.

Quando mais jovem a criança, mais dependente e vulnerável ela é em relação aos fatores

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