USO DE INSTRUMENTO DE ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NO BRASIL- REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
Por: kamys17 • 12/9/2018 • 1.436 Palavras (6 Páginas) • 450 Visualizações
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RESULTADOS
Na primeira etapa de rastreamento foram identificados 68 artigos onde foram excluídos 4 teses qualitativas e 29 artigos.
Na segunda etapa 17 artigos foram excluídos após a leitura de resumos por não verificarem o preenchimento do CC/CSC.
Dezoito artigos permaneceram para leitura completa do texto, dez foram excluídos por não fazerem avaliação quantitativa do preenchimento dos instrumentos de acompanhamento de saúde da criança, dos oito artigos incluídos, cinco avaliaram o preenchimento do CC e três da CSC. As pesquisas foram realizadas nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro oeste.
Em 2005 apenas 55,6% das CSC tinham o nome da criança preenchido, os autores relataram que a media de idade dessas crianças sem o nome preenchido foi de 68 dias, época em que essa informação já deveria ter sido preenchida pelos profissionais de saúde após diversas oportunidades de contato em atendimento.
Apenas um estudo avaliou o preenchimento dos dados de sorologia no pré-natal e verificou que essa foi a menor porcentagem de preenchimento das variáveis de acompanhamento da gestação: aproximadamente 50% das CSC estudadas.
O registro do peso ao nascer foi um dos dados preenchimento crescente entre os CC estudados, mas houve queda quando na mudança do instrumento, como, por exemplo, na idade gestacional.
O menor percentual de preenchimento foi 74,6%, acompanhamento de peso, em 1998. Porém, dez anos depois, os registros de peso, estatura e PC obtiveram mais de 80% de preenchimento no trabalho de Linhares et al. Os registros de peso e PC ao nascer nos gráficos apresentaram baixa freqüência de preenchimento.
Apenas dois trabalhos avaliaram a presença de registros no instrumento de vigilância do desenvolvimento.
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DISCUSSÃO
Os resultados apresentados no presente estudo permitiram identificar questões importantes no uso desse instrumento para prestar cuidados primários de saúde da criança. Embora os trabalhos relatem que a maioria das crianças tem o CC ou a CSC, a monitoração do crescimento infantil parece ainda não receber a devida atenção pelas equipes de saúde.
Na infância, para verificar a velocidade de crescimento craniano e suas estruturas internas, é necessária a mensuração sistemática do PC e o registro no gráfico de PC para idade. Chama atenção tão baixo preenchimento de um parâmetro que reflete o estado do neurodesenvolvimento infantil e, por isso, deve ser rotineiramente usado para seguimento individual de crianças até 24 meses, período de maior crescimento pós- -natal. O baixo peso ao nascer é um dos melhores indicadores da qualidade de saúde e de vida das crianças devido à sua estreita relação com a mortalidade infantil e com os prejuízos para o crescimento linear, ponderal e desenvolvimento mental e motor.
Outro problema evidenciado nesta revisão é o baixo resultado no preenchimento do quadro de acompanhamento dos marcos de desenvolvimento da criança.
Estima-se que, no mundo, 200 milhões de crianças com menos de cinco anos estão em risco de não atingir plenamente o seu potencial de desenvolvimento.
Os autores relataram que a maioria das crianças tinha o cartão da criança, mas todos estavam incompletos. Não tinham informações sobre o peso e altura, registros no gráfico de crescimento e muitas mães não compreendiam o significado da curva. O cartão funcionava apenas como um registro para o controle de vacina, e não como um instrumento de acompanhamento de saúde da criança.
O agendamento para as consultas de rotina é mais freqüente nos primeiros meses, época de risco e com maior necessidade de acompanhamento periódico. Com o passar do tempo, as consultas preventivas são gradativamente substituídas por consultas por agravos à saúde. A CSC provocou mudanças operacionais nos serviços de saúde. A partir de 2005, hospitais e maternidades tornaram- -se responsáveis pela distribuição e registro das informações relativas a gravidez, parto e período neonatal. A CSC, como instrumento de promoção de saúde, provocou alterações também na percepção de estado de saúde pela população
De qualquer forma, a ausência ou incorreção de registros sugere um fraco vínculo dos profissionais com as ações básicas de saúde e descontinuidade entre as ações iniciadas na maternidade e as propostas para a atenção básica.
O CSC não deve ser considerado um registro administrativo, mas uma ferramenta de promoção de saúde da criança e de obtenção de informação de boa qualidade, para melhor direcionar as ações dos serviços.
O ato de fornecer explicações, envolver a família e registrar as informações sobre as condições de saúde da criança são formas de cuidar e de estimular a continuidade do cuidado. A compreensão pela família da função desse instrumento no acompanhamento de saúde infantil é fundamental para que ela dele se aproprie e o valorize.
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CONCLUSÃO
Após três décadas a implantação do programa de assistência integral
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