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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO REALIZADO EM FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

Por:   •  20/3/2018  •  3.588 Palavras (15 Páginas)  •  338 Visualizações

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Sendo assim, Presto (2009), relata que as unidades hospitalares destinadas a atender pacientes graves ou com risco de vida são denominadas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), possuem equipamentos específicos e outras tecnologias destinadas a diagnósticos e terapêutica.

Segundo França (2012), objetivando atender a esta nova demanda inserida em sua responsabilidade social, as UTIs do Brasil e do mundo, buscam novas alternativas na resolução desses desafios.

Os pacientes internados em UTI geralmente são submetidos a processos invasivos, como ventilação mecânica (VM), que são necessárias vias aéreas artificiais, que por alguma razão, há comprometimento funcional pulmonar, gerando uma incapacidade de fazer as trocas gasosas ou ventilação de forma eficaz (PRESTO, 2009).

Além disso, Tobin (1994), a mecânica ventilatória é constituída por processos de inspiração e expiração, quando o paciente tem uma doença que leve ao distúrbio desses mecanismos, os parâmetros ventilatórios são alterados, como na complacência pulmonar, resistência de vias aéreas e aumento do trabalho respiratório.

Portanto, a fisioterapia respiratória em terapia intensiva engloba um número grande de técnicas associadas às modalidades de ventilação mecânica, entre elas: manobras de higiene brônquica, drenagem postural, percussão, vibração e hiperisuflação manual; vibrocompressão entre outras (KNOBEL, 2002).

Segundo Luiz (2012), a fisioterapia respiratória é uma especialidade da fisioterapia, utilizando estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento, buscando a otimização do transporte de oxigênio, prevenindo ou minimizando as disfunções ventilatória.

Em virtude de seu crescimento técnico científico, houve reconhecimento e valorização da Fisioterapia Respiratória. Esse campo de atuação profissional diferenciava cada vez mais dos atendimentos ambulatoriais realizados em clínicas e centros de reabilitação, tornou-se imprescindível no meio hospitalar, foi implantada nas enfermarias e UTI´s (ASSOBRAFIR, 2009).

Portanto, Yokota (2006), os objetivos da fisioterapia respiratória são: melhorar a função respiratória, promover e manter os níveis adequados de oxigenação e gás carbônico na circulação, preservando a função pulmonar.

Com base nisso, dois aspectos são característicos da fisioterapia respiratória; a higiene brônquica (remoção das secreções retidas), também utilizada no tratamento de enfermidades do sistema respiratório, e a manutenção da expansibilidade pulmonar (YOKOTA, 2006).

Assim, Davi (2001), relata que a fisioterapia respiratória associada aos recursos ventilatórios, inclui técnicas de higiene brônquica, mobilização geral do paciente, exercícios respiratórios, que tem objetivo de prevenir complicações pela incapacidade da eliminação de secreções, preservar o volume pulmonar e diminuir o trabalho respiratório.

Bispo (2009) A Fisioterapia Respiratória está indicada para pacientes da U.T.I. preconizando minimizar a retenção de secreção pulmonar, melhorar a oxigenação e reexpandir áreas pulmonares com atelectasia, além de “evitar os efeitos deletérios da hipo ou inatividade do paciente acamado” (Bispo, 2009).

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA[pic 6]

2.1 GASOMETRIA

Segundo Fernandes et al (2012), a gasometria arterial é um exame executado em pacientes internados em UTI, avalia a evolução de doenças respiratórias e de outros quadros clínicos que acometem os pulmões. Seu objetivo é mensurar o PH sanguíneo, a pressão parcial de gás carbônico (PaCO2), oxigênio (PaO2), o íon bicarbonato (HCO3) dentre outros.

Porto (2005), afirma que acidose e alcalose são modificações do pH sanguíneo decorrentes do aumento ou da diminuição da concentração sanguínea de íons H .

Portanto, os parâmetros normais da gasometria arterial são: pH de 7,35 a 7,45, pO2 de 80a 100mmHg, pCO2 de 35 a 45 mmHg e HCO3 de 22 a 26 mmHg (VIANA et al, 2011).

Com base nisso, Rhodes e Cusack (2000), afirma tratar-se de um procedimento invasivo, realizado por meio de uma punção arterial. É um procedimento de fundamental importância nas unidades de terapia intensiva, permitindo avaliar o risco de comprometimento dos órgãos, que podem levar o paciente a óbito.

Existem quatro alterações primárias do ácido-básico que são: acidose metabólica - quando diminuir o HCO ou quando a concentração de H aumentar; alcalose metabólica - quando o HCO estiver elevado ou quando ocorrer uma perda de H; acidose respiratória - quando ocorrer aumento da PCO; alcalose respiratória: quando a PCO for reduzida (MARTIM et al, 2009).

Além disso, Martim et al (2009), afirma que os distúrbios podem ser respiratórios e/ou metabólicos. Cada um dos quatro distúrbios ácido-básicos desencadeia uma resposta compensatória que direciona o parâmetro oposto o PCO nos distúrbios metabólicos e o HCO nos distúrbios respiratórios na mesma direção.

Sendo assim, Évora et al(1999), descreve que pela gasometria arterial é possível o diagnóstico dos desvios do componente respiratório (O/oxigenação e pCO /ventilação) e do componente metabólico (BE e HCO ).

Portanto, graves alterações do equilíbrio ácido-básico são potencialmente críticas, especialmente quando se desenvolvem rapidamente. Podem causar diretamente várias disfunções orgânicas. Algumas manifestações clínicas como, edema cerebral, fraturas, decréscimo da contratilidade miocárdica, vasoconstrição pulmonar e vasodilatação sistêmica (KELLUM, 2007).

2.2 MANOBRAS DE HIGENE BRÔNQUICA

Segundo Duarte (2001), a técnica de higiene brônquica é descrita na literatura como fisioterapia respiratória convencional (FRC), e compreende as manobras de drenagem postural, pressão manual torácica, facilitação da tosse, e aspiração de vias aéreas superiores.

As técnicas de higiene brônquica têm como objetivos: mobilizar e eliminar secreções pulmonares, melhorar a ventilação pulmonar, promover reexpansão pulmonar, melhorar a oxigenação e trocas gasosas, diminuir o trabalho respiratório, o consumo de oxigênio, prevenir complicações e acelerar a recuperação do paciente (COSTA, 1999).

Uma grande variedade de técnicas de clearence das vias aéreas vem sendo desenvolvida, com o mesmo objetivo: reduzir a progressão da doença respiratória, otimizando os mecanismos de clearence mucociliar e facilitando a expectoração (BRADLEY et al, 2006).

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