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EFEITO AGUDO DO TREINAMENTO PROPRIOCEPTIVO NA RESPOSTA DO SENSO DE POSIÇÃO ARTICULAR DO TORNOZELO

Por:   •  25/3/2018  •  3.675 Palavras (15 Páginas)  •  362 Visualizações

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Segundo Guyton10, os OTGs localizados “dentro dos tendões musculares e imediatamente adiante de suas inserções nas fibras musculares”, detectam estímulos referentes à tensão muscular11 fornecendo o senso de força9.

Tanto os fusos musculares como os órgãos tendinosos de Golgi são considerados receptores de adaptação lenta, transmitindo ao SNC impulsos enquanto houver o estímulo. Dessa forma, informam de forma contínua o estado de contração e carga muscular10.

Outra variedade de receptores, como os receptores articulares e cutâneos, contribui para as informações sensoriais. Ferrell et al12 e de Konradsen et al13 sugerem que impulsos de receptores articulares podem produzir sinais perceptíveis de movimento articular.

Recentemente a propriocepção tem sido relacionada a medidas de senso de posição articular (SPA), considerada uma submodalidade da propriocepção4,14. Esta mesma variável segundo Mathews15 em citação ao trabalho de Sherrington, é denominada de: senso muscular de postura.

Várias técnicas para mensuração da propriocepção foram desenvolvidas. SPA é uma das técnicas mais utilizadas em pesquisas que envolvem a propriocepção. Esta técnica consiste na habilidade de reproduzir ângulos articulares, podendo ser executada tanto passivamente como ativamente2,3,14.

Recentemente algumas das pesquisas relacionadas a propriocepção incluíram inúmeras variáveis como fadiga16, trauma17, cirurgia18 e protocolos de treinamento19. Não existe evidência de que o treinamento aumente o número de receptores periféricos e há controvérsia em relação à melhora da propriocepção em decorrência ao treinamento. REFERENCIA E DESCRVER MAIS...

Tendo em vista que práticas da medicina esportiva, programas de fisioterapia e treinamento utilizam alguns exercícios que supostamente melhoram a propriocepção, o objetivo do atual estudo é verificar o comportamento agudo das medidas de SPA, em decorrência ao treinamento proprioceptivo. Verificando assim a hipótese da possibilidade de melhora aguda da propriocepção em sujeitos saudáveis não lesionados.

MATERIAIS E MÉTODOS

Delineamento

Essa pesquisa se caracteriza por ser quantitativa, sendo um ensaio clínico, controlado de amostra por conveniência.

Sujeitos

Dezenove sujeitos do sexo feminino (idade = 23.53 ± 1.90 anos, altura = 164.21 ± 4.50 cm, peso = 57.05 ± 3.87 Kg) da população universitária do Centro Universitário Metodista - IPA decidiram voluntariamente participar deste estudo. Foram estabelecidos como critérios de inclusão idade entre 21 - 27 anos, altura entre 1,55 - 1,75 m e peso entre 50 - 65 Kg. Foram excluídos do estudo qualquer sujeito que apresentasse alguma lesão que pudesse interferir nas características do controle motor do tornozelo incluindo história prévia de lesão ou patologia relacionada à articulação do tornozelo ou sub-talar; artrite em qualquer articulação do membro inferior e disfunções do sistema nervoso central ou periférico. Também foram excluídos do estudo todos aqueles que, nos últimos seis meses, realizaram tratamento fisioterapêutico ou algum tipo de atividade física envolvendo membros inferiores regularmente.

Instrumentação

Uma câmera digital de alta resolução OPTIO 60 (PENTAX, 6.0 Megapixels) foi utilizada para a digitalização das imagens. A avaliação dos ângulos analisados no estudo foi realizada a partir do programa Image Tool para Windows versão 3.0 (desenvolvido pela Universidade do Centro de Ciências da Saúde do Texas em São Antônio). Para o protocolo de treinamento foi utilizado um balanço proprioceptivo.

Procedimento

O projeto foi aceito pelo comitê de ética e pesquisa do Centro Universitário Metodista – IPA no dia 09 de janeiro de 2006 pelo parecer 1561 antes de iniciadas as coletas e todos participantes forneceram seu consentimento informado.

O SPA do tornozelo foi avaliado em duas condições distintas, sujeitos sentados e em ortostase, através de protocolos validados e confiáveis20. Foram realizadas quatro marcas na pele dos sujeitos, referentes à (I) cabeça da fíbula, (II) maléolo lateral, (III) cabeça do quinto metatarso e (IV) região inferior ao maléolo lateral logo abaixo a marcação III (Figura 1A)20. Essas marcas foram subseqüentemente utilizadas na digitalização das imagens de ambos os testes de reposicionamento articular. Os ângulos compostos pela bissetriz das retas formadas pela união dos pontos I-II e III-IV foram considerados para analisar o SPA do tornozelo (Figura 1B), sendo considerado 90° como posição neutra articular. Desta forma, valores superiores a 90° são considerados de plantiflexão e infeiores de dorsiflexão. Assim, a posição analisada neste estudo, 15° de plantiflexão são referentes à 105° do ângulo formado pela bissetriz das retas. Os testes foram realizados nas dependências do Centro Universitário Metodista – IPA, sendo sua ordem realizada de forma aleatória.

SPA em Posição Sentada (SPA-S).

Os sujeitos foram posicionados na posição sentada durante a aplicação deste protocolo de avaliação com o quadril e os joelhos em flexão de 90º e o tornozelo em posição neutra. Durante a aplicação do teste foi solicitado que os sujeitos permanecessem de olhos fechados eliminando qualquer auxílio visual. Inicialmente os sujeitos foram instruídos a realizar uma plantiflexão até a posição a ser avaliada, 15º de plantiflexão. Assim que alcançassem a posição de teste foi solicitado que os sujeitos permanecessem isometricamente nessa posição por aproximadamente 5 segundos com o intuito de reconhecê-la. Era então solicitado que voltassem à posição inicial. O sujeito era instruído a reproduzir a posição de teste e permanecer nessa posição por aproximadamente 5 segundos. O teste foi realizado três vezes no membro inferior dominante.

SPA em Ortostase (SPA-O).

Era solicitado que o sujeito permanecesse em ortostase em apoio unipodal com joelho e quadril em extensão e olhos fechados. O sujeito então era instruído em realizar um procedimento semelhante ao executado no SPA-S, no qual devia reconhecer e reproduzir o ângulo de plantiflexão. [pic 1]

Figura 1: Posicionamento dos marcadores (A); ângulo formado pela bissetriz das duas retas (B).

Protocolo de treinamento

Todos

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