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Medicamentos Anti-hipertensivos Como Interferente Em Exames Bioquímicos

Por:   •  21/5/2018  •  1.631 Palavras (7 Páginas)  •  391 Visualizações

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conversora da angiotensina. As alterações compreendem os testes de função renal, função hepática, glicemia, urinálise, perfil lipídico, dentre outros. 4

Os medicamentos são usados de forma contínua, fazendo‑se necessário, assim, rastrear situações de risco, a exemplo da realização de exames laboratoriais, em que possíveis alterações medicamentosas no organismo podem interferir no resultado das análises clínicas alterando o diagnóstico. 5

Interferência dos Anti-hipertensivos em exames laboratoriais

Os medicamentos anti-hipertensivos

causam alterações fisiológicas importantes,

como o captopril e a hidroclorotiazida, que alteram a dosagem do ácido úrico no soro. O propranolol é outro anti-hipertensivo que pode provocar interferência na dosagem de tiroxina (T4) livre.6

Estudos apontam que os anti-hipertensivos dessa classe farmacológica representam complicações para o perfil lipídico. O uso contínuo de diuréticos tiazídicos (ex. hidroclorotiazida e clortalidona) eleva os níveis de colesterol total (CT), da lipoproteína de baixa densidade (LDL) e lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL-C). Entretanto, os níveis da lipoproteína de alta densidade (HDL) não sofrem alterações. Os pacientes com hipertensão e diabetes tipo 2 que fazem uso desses medicamentos estão em risco diante da sua interferência no metabolismo lipídico.7

A hidroclorotiazida é um diurético que aumenta a concentração da ureia. Por efeito fisiológico, esse medicamento provoca aumento da glicose e do cálcio no sangue; bilirrubina, amilase, alanina aminotransferase (ALT), aspartato de aminotransferase (AST), cálcio ionizável, bicarbonato, gama-glutamil-transferase (GAMA GT) e ácido úrico, com diminuição nos níveis de potássio e sódio, ainda podendo interferir nos testes de função das paratireoides. Na urina, esse fármaco pode provocar diminuição de cálcio, ácido úrico e cortisol e, no sangue, diminui a dosagem de granulócitos e neutrófilos, aumentando os níveis da hemoglobina glicada. Nos exames dosados na urina, aumenta a glicose, o sódio, zinco, cloreto.6

O uso do propranolol acarreta elevação dos níveis de ureia no sangue, das transaminases séricas, desidrogenase lática e fosfatase alcalina, da hemoglobina glicada no sangue; creatinina fosfoquinase

(CPK MB); teste de tolerância à insulina; norepinefrina plasmática; tiroxina livre. Outros testes laboratoriais podem sofrer alterações como: curva glicêmica; plaquetas, granulócitos; adenosina trifosfato e 2,3-difosfoglicerato nos eritrócitos; enzima conversora de angiotensina (ECA) e lecitina colesterol aciltransferase.6

O enalapril, anti-hipertensivo que atua como agente inibidor da enzima conversora de angiotensina, promove a redução de insulina no plasma; da enzima

conversora de angiotensina (ECA); da aldosterona na urina; da angiotensina II; do ácido úrico dosado no soro; da eritropoietina e desidrogenase lática (DHL).

Nos exames para dosagem de renina no plasma: angiotensina I; amilase no soro; ATPase nos eritrócitos; eosinófilos no sangue; prostaglandina na urina e sódio/

potássio.6

O captopril, fármaco que pertence à classe de agente inibidor da enzima conversora de angiotensina, nos exames bioquímicos que avaliam a função renal, pode causar elevação transitória na ureia e creatinina sérica. Para a função hepática, o aspartatoaminotransferase, fosfatase alcalina e a bilirrubina sérica também sofrem alterações. Pode ocorrer redução do colesterol LDL/HDL, da imunoglobulina IgA, da enzima conversora de angiotensina (ECA) e da catecolamina plasmática. O captopril no plasma provoca redução por feito fisiológico na angiotensina II, fator XI e fator XII.6

Os betabloqueadores provocam redução do colesterol HDL de forma moderada e contribuem para o aumento de triglicerídeos. Nesse contexto, constituem fator de risco, colaborando para a progressão da aterosclerose, o que compromete a eficácia do tratamento. 7

A informação do uso de anti-hipertensivos na fase pré e pós-analítica dos exames laboratoriais

A fase pré-analítica é a mais suscetível a erros no laboratório, segundo estudos realizados. Por isso, fazem‑se necessários treinamentos e capacitação de toda a equipe envolvida nesta fase, a fim de reduzir os erros de processos, garantindo aos médicos e pacientes um serviço seguro e eficiente, com laudos confiáveis.8

As informações sobre o uso de medicamentos, coletadas pelo laboratório, auxiliarão na interpretação dos resultados dos exames, antes mesmo de o laudo ser assinado. Diante de resultados críticos que podem ter sido causados pelos medicamentos em uso, o Analista Clínico deve relatar no laudo tais alterações e, sempre que possível, manter uma atuação multidisciplinar com os demais profissionais ligados ao paciente, garantindo sucesso na sua terapia e minimizando os erros.9

Conclusão

O processo de modificação molecular consiste em tomar uma substância química bem determinada e de ação biológica conhecida como modelo ou protótipo, e a partir desta etapa sintetizar e obter novos compostos com propriedades mais desejáveis que o protótipo em potência e assim serão denominados homólogos ou análogos estruturais do fármaco matriz.

O planejamento de fármacos se dá por meio de processos gerais e especiais de modificação molecular. Dentre os processos gerais encontram-se a Dissociação molecular ou Simplificação e Associação molecular, esta se subdividindo em três tipos importantes: Adição molecular, Replicação molecular e Hibridação molecular.

Mais além estão os processos de características complexas, denominados processos especiais de modificação molecular, este procedimento promove alterações diversas nas moléculas das substâncias matrizes. São elas: Alterações que aumentam ou diminuem as dimensões e a flexibilidade de uma molécula (fechamento ou abertura do anel; formação de homólogos mais altos ou mais baixos; vinelogia - introdução de dupla ligação; introdução de centros opticamente ativos; introdução, retirada ou substituição de grupos volumosos) e alterações das propriedades físicas e químicas através da introdução de novos grupos ou substituição de determinados grupamentos por grupos diferentes (substituição isostérica; mudança de posição ou orientação de determinados grupos; introdução de grupos

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