Medicamentos antifúngicos
Por: Carolina234 • 11/12/2017 • 1.638 Palavras (7 Páginas) • 443 Visualizações
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O principal metabólito é a 6-dimetil-griseofulvina que é microbiologicamente inativa. Os metabólitos são eliminados principalmente nas fezes e pode também ser excretada no suor.
2.4 Flucitosina
A flucitosina (5FC) é um antimetabólito pirimidina sintético que, com frequência, é usado associado à anfotericina B. Essa associação é administrada no combate a micoses sistêmicas e contra a meningite(CLARK et al, P. 432, 2013)
2.4.1 Farmacocinética da Flucitosina
A Flucitosina é bem absorvida pela via oral. Distribui-se por toda a água corporal e penetra bem no LCR. A 5-FU é detectável em pacientes e provavelmente resulta da biotransformação da 5-FC pelas bactérias intestinais. A excreção do fármaco e seus metabólitos é por filtração glomerular, e a dosagem precisa ser ajustada em pacientes com função renal comprometida (CLARK et al, P. 432, 2013).
3 ANTIBIÓTICOS DO GRUPO DOS AZÓIS
3.1 Cetoconazol
O cetoconazol foi o primeiro fármaco da classe dos azóis que pode ser administrado oralmente para tratar as infecções fungicas sistêmicas. Possui uma boa absorção pelo trato gastrintestinal, tem um amplo espectro de distribuíção através dos tecidos e dos líquidos teciduais, mas não atinge concentrações terapêuticas no sistema nervoso central, a não ser que sejam dadas altas doses. Ele é metabolizado no fígado e eliminado na bile e na urina (Rang & Dale).
A distribuição do cetoconazol é limitada e sua penetração no líquido cefaloraquidiano é mínima. A resposta ao tratamento oral é relativamente lenta, sendo menos útil em infecções graves e agudas (NOBRE et al, 2002).
3.2 Farmacocinética do Cetoconazol
Quando o cetoconazol é administrado por via oral, ele necessita do ácido gástrico para dissolução e é absorvido pela mucosa do intestino. Fármacos que aumentam o pH gástrico, como os antiácidos, ou que interferem na secreção ácida, como os bloqueadores de receptor H2 da histamina e os inibidores da bomba de prótons, bloqueiam a absorção. O uso de agentes acidificantes, como os refrigerantes de cola, antes de o fármaco ser administrado pode potencializar a absorção em pacientes com acloridria. O cetoconazol é amplamente ligado às proteínas plasmáticas. No entanto a penetração nos tecidos seja limitada, é eficaz no tratamento da histoplasmose nos pulmões, ossos, pele e tecidos moles. Ele não penetra o líquido cerebrospinal. Ocorre extensa metabolização hepática e a excreção é primariamente através da bile. Os níveis na urina são muitos baixos para serem eficazes contra infecções no trato urinário (CLARK et al, P. 433, 2013).
3.3 Itraconazol
O fármaco não afeta a síntese de esteróides dos mamíferos, e seus efeitos sobre o metabolismo de outros medicamentos de depuração hepática são muito menores que os do cetoconazol. Apesar de o itraconazol ter ação antifúngica muito potente, sua eficácia pode ser limitada por ter uma biodisponibilidade reduzida. As formulações mais recentes, incluindo uma preparação líquida oral e uma preparação intravenosa, passaram a utilizar a ciclodextrana como molécula carreadora para aumentar a solubilidade e a biodisponibilidade do fármaco. O itraconazol constitui o antifúngico azol de escolha no tratamento de doenças causadas pelos fungos dimórficos histoplasma, Blastomyces e Sporothrix. O itraconazol é muito utilizado no tratamento das dermatofitoses e onicomicoses (BERTRAM G. KATZUNG).
3.3.1 Farmacocinética do Itraconazol
O itraconazol tem boa absorção por via oral, mas requer ácido para dissolução. O fármaco é demasiadamente ligado às proteínas plasmáticas e distribui-se bem na maioria dos tecidos, incluindo ossos e tecido adiposo. Seu principal metabólito, hidroxiitraconazol, é biologicamente ativo, com espectro antimicótico imilar. Pouco do fármaco original aparece na urina, eliminando assim a necessidade de diminuir a dosagem na insuficiência renal (CLARK et al, p.434, 2013).
3.4 Fluconazol
O fluconazol é membro da classe dos antifúngicos triazóis. Tem grande importancia clinicamente porque não tem os efeitos adversos endócrinos do cetoconazol e por sua ótima penetração no LCS em meninges normais e inflamadas. O fluconazol é eficaz contra a maioria das formas mucocutâneas de candidíase e é administrado por via oral ou intra-venoso. Sua absorção é excelente e, ao contrário do cetoconazol, ele não depende da acidez gástrica. Ele é excretado por via renal, e as doses precisam ser reduzidas em pacientes com função renal comprometida (CLARK et al, p.435, 2013).
3.5 Voriconazol
O voriconazol é o mais recente triazol. Está disponível em uma formulação intravenosa e oral. A dose recomendada é de 400 mg/dia. O fármaco tem boa absorção oralmente, com biodisponibilidade de mais 90%. Apresente menor ligação às proteínas do que o itraconazol. O metabolismo é predominante hepático, porém a tendência à inibição do citocromo p450 dos mamíferos parece ser baixa. O voriconazol assemelha-se ao itraconazol no seu espectro de ação, possui uma ótima atividade contra espécies de Candida e contra os fungos dimórficos. O farmaco é menos tóxicos do que a anfotericina B e tem um efeito terapeutico maior no tratamento da aspergilose e invasiva (BERTRAM G. KATZUNG).
3.6 Posaconazol
O posaconazol é um novo antifúngico triazol de amplo espectro e de uso oral com estrutura química similar à do itraconazol. Devido ao seu espectro, possivelmente ele pode ser utilizado no tratamento de infecções fúngicas causadas por espécies Mucor e outros zigomicetos. Até hoje, a anfotericina B é o único antifúngico disponível para o tratamento das infecções por zigomicetos. Além disso, o posaconazol é relativamente bem tolerado. Para ser eficaz,
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