INFLAMAÇÃO EXPERIMENTAL E AÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS EM Rattus norvegicus
Por: Ednelso245 • 14/11/2018 • 1.079 Palavras (5 Páginas) • 333 Visualizações
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Volume da pata do animal 3 (ml)
Tempo (minutos)
1,3
0
1,2
30
1,1
60
Fonte: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Estudantes de Farmácia, 2017.2.
Volume da pata do animal 4 (ml)
Tempo (minutos)
0,7
0
0,7
30
0,8
60
Fonte: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Estudantes de Farmácia, 2017.2.
DISCUSSÃO
A inflamação decorre da ação de mediadores químicos, a exemplo de prostanóides, leucotrienos, histamina, serotonina e bradicinina. Além de proporcionar a vasodilatação local e transitória característica do processo, esses autacóides possibilitam a contração das células endoteliais, principal mecanismo responsável pelo aumento da permeabilidade vascular. Logo, ocorre a saída de exsudato do interior dos vasos sanguíneos, culminando na formação de edema. (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2012; KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013)
Segundo Martins e colaboradores (2000), a carragenina é um polissacarídeo sulfatado adequado para a realização de estudos de inflamação aguda. Uma vez que a carragenina induz a inflamação, observa-se que o edema decorrente do processo explica o notável aumento do volume da pata das cobaias na qual houve administração somente desse fármaco, de acordo com a TABELA 1.0. Ocorreu a aumento do volume das patas de Rattus norvegicus, notados na verificação correspondente a 60 minutos após a aplicação.
Nos animais da espécie Rattus norvegicus em que foi administrado o Meloxicam, houve uma redução progressiva do volume da pata do primeiro animal, e um leve aumento no segundo animal, conforme exposto na TABELA 2.0. O resultado obtido ratifica as informações da literatura, já que o Meloxicam inibe as COX-1 e COX-2, inibindo a síntese de prostanóides que medeiam a inflamação. A diminuição persistente decorre do mecanismo de ação do fármaco. Justifica-se portanto o leve aumento do volume da pata do segundo animal como um erro humano em alguma das etapas do método (BRUNTON; CHABNER; KNOLLMANN, 2012; GOLAN et al., 2009)
Observa-se também que a aplicação de carragenina após a administração do Meloxicam não provocou aumento do parâmetro investigado. A explicação advém do fato de que, ao inibir a ação das enzimas cicloxigenases, a carragenina não consegue exercer o papel de agente flogógeno. A liberação de mediadores inflamatórios nessa situação torna-se inviável pela drástica queda na produção dos mesmos. (SARRETA et al., 2004; MARTINS et al., 2000).
CONCLUSÃO
O experimento permitiu concluir que a carragenina atua como agente indutor da inflamação, provocando o sinal clássico edema na pata da cobaia da espécie Rattus norvegicus onde foi administrada. Além disso, verificou-se o efeito anti-inflamatório do Meloxicam, que não possibilitou a manifestação do sintoma observado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUNTON, L. L.; CHABNER, B. A.; KNOLLMANN, B. C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.
GOLAN, D. E.; TASHJIAN JR., A. H.; ARMSTRONG, E. J.; ARMSTRONG, A. W. Princípios de farmacologia – A Base Farmacológica da Farmacoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins Patologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
MARTINS, M. L.; MORAES, F. R.; MORAES, J. R. E.; MALHEIROS, E. B. Falha na resposta do cortisol ao estresse por captura e por carragenina em Piaractus mesopotamicus Holmberg, 1887 (Osteichthyes: Characidae). Acta Scientiarum, Maringá, v. 22, n. 2, p. 545-552, 2000. Disponível em: . Acesso em: 11 Mar. 2016.
SARRETA, S. M. C.; DORGAM, J. V.; SOUZA, B. B.; FERREIRA, M. D. S.; MELO, V. R.; ANSELMO-LIMA, W. T. Histopatologia da lâmina própria do seio maxilar na rinossinusite crônica. Rev. Bras. Otorrinolaringol., São Paulo, v. 70, n. 1, p. 14-23, 2004. Disponível em: . Acesso em: 11 Mar. 2016.
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