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GENE P53 E O DESENVOLVIMENTO DO CANCER

Por:   •  2/5/2018  •  3.129 Palavras (13 Páginas)  •  333 Visualizações

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Perante as heranças genéticas podemos observar e notar dois fatores influentes para a alteração celular que são os genótipos e os fenótipos, os genótipos podem ser determinados quando ocorre uma alteração celular porem a mesma não se manifesta, diferentemente dos fenótipos que são alterações ativas, é a soma do seu genótipo mais as influencias ambientais, exemplo: diabete melito (VERGANI; CAVALHEIRA; BRUNONI, 2004).

Os genes podem ser homozigotos ou heterozigos, quando o individuo assume uma característica de alteração ele possui um alelo dominante heretozigoto, quando o individuo não assume as características herdadas e repassa as gerações futuras ele é um homozigoto recessivo (CONSOLARO;ORTIZ; FREITAS, et al.2004).

A alteração genética que ocorre na fase da meiose ou mitose é denominada como mutação, esse tipo de mutação é de caráter hereditário, porem ao longo da vida uma pessoa pode sofrer mutações genéticas relacionadas à idade, as doenças adquiridas ao longo da vida, ou seja podem associar os fatores pré disponente e os fatores ambientais para a evolução da doença. Essa mutação ocorre quando os pares de bases nitrogenadas se ligam erroneamente e os sistemas capazes de levar a celula mutada a apoptose ou interromper seu ciclo falha e a mesma continua reproduzindo copias erradas (CONTTE; SALLES, 2002).

2.2 Polimorfismo da fita simples de DNA e ativação da TP53

As moléculas de DNA desenvolvem uma estrutura complexa e tridimensional com o resultado do pareamento de suas bases essas fitas são de tamanho igual porém com diferentes sequenciamentos, qualquer alteração na fita é considerado como polimorfismo ou mutação (SANTOS; SILVA; BEZERRA, 2012).

O polimorfismo pode ser detectado através de exames que são capazes de detectar e identificar qualquer alteração celular que tenha ocorrido, como por exemplo na duplicação da fita de DNA o cromossomo não se duplica na forma correta e falta um pedaço do código genético (KLUMB; MAGLUTA, 2008).

O gene carrega informações hereditárias e para a síntese de proteínas ele é que controla todo o organismo e suas funções, a alteração no código genético leva a ativação de proteínas supressoras de tumor exemplo a TP53 (KLUMB; MAGLUTA, 2008).

A TP53 é ativada quando ocorrem danos no DNA, através de sinais exogenos e endógenos que incluem radiação ultravioleta, gama e substancias químicas. A TP53 é um supressor tumoral, cuja proteína responde pela inibição da ploriferação celular e pela apoptose. Este gene encontrasse frequentemente mutado em câncer (SANTOS; SILVA; BEZERRA, 2012).

A proteína imunossupressora se localiza no cromossomo 17, e sua forma ativada tem vida média em torno de 6 minutos, devido a sua rápida degradação é extremamente difícil detectar. Ao contrário, as formas mutadas ou inativas tendem a acumular-se no núcleo das células, podendo ser facilmente detectadas por métodos imunológicos como a imunocitoquímica, imuno-histoquimica, Western blot ou citometria de fluxo (CAVALCANTE; KLUMB, et al 2002).

Em células normais a proteína imunossupressora é sintetizada continuamente e não se acumula e é degradada em 2 minutos, no entando quando as células são expostas a agentes agressores a proteína se torna estável e passa a controlar diversos genes que são seus alvos impedindo a progressão do ciclo ou levando a apoptose (LIMA; RABELO; VULCANI, et al. 2012).

A supressora tumoral é composta por cromossomos que são formados por pares, estes pares são formados por alelos que são responsáveis por produzir a mesma informação para o reticulo endoplasmatico rugoso (VERGANI; CAVALHEIRA; BRUNONI, 2004).

A maioria das alterações levam o TP53 a perder a função de supressor tumoral, isso ocorre devido ao produto de único alelo mutado interage e inativa o alelo normal ocasionando a oncogênese (CONTTE; SALLES, 2002).

Por outro lado alguns quimioterápicos utilizados no tratamento de neoplasias podem promover dano ao DNA e automaticamente induzir a apoptose via tp53, a perda da função da proteína pode levar a falha terapêutica (KLUMB; MAGLUTA, 2008).

Se compararmos a proteína normal e a mutada podemos notar que a mutada possui um tempo de vida maior sendo menos ativa ou ate mesmo inativa, na maioria dos tumores relacionados a esse tipo de resistência no local onde a proteína se armazenou nota-se que o local se encontra intacto, os quimioterápicos utilizados não conseguiu levar a célula a apoptose (CONTTE; SALLES, 2002).

- MUTAÇÃO DA TP53

As características funcionais e biológicas são heranças das mutações TP53 germinais. Os Indivíduos com apenas um alelo funcional TP53 estão em alto risco de desenvolver vários tipos de cancro quando o alelo restante fica inativado por vários mecanismos. A perda da função p53 cria uma forma de "fenótipo mutante", permitindo a replicação do DNA danificado e acelerando a progressão para o câncer (HANAHAN; ROBERT, 2000).

- Características para o tumor maligno

Algumas características podem ser citadas que fazem de um tumor um câncer com a capacidade de crescimento se tornando letal onde surge nessa visão de mutações genéticas. Baseado nessa teoria, de quatro até sete das mutações no mínimo são necessárias para o desenvolvimento do câncer (CAVALCANTE; KLUMB, 2002).

- Auto-suficiência em sinais de crescimento

Em células cancerosas podem ocorrer processos de autossuficiências onde produzem seus próprios fatores de crescimento dispensando os que estão presentes do ambiente, se tornam resistentes a fatores (ASSUMPCAO; SEABRA; LEAL, et al. 2006).

- Insensibilidade para sinais de inibição de crescimento

Ter controle na multiplicação é necessário para que o tecido permaneça parecido e o equilíbrio possa ser mantido. Para a célula sair da quiescencia ela recebe sinais do ambiente seja em seu entorno ou de outras células, seja da matriz celular, que vem a preencher o espaço entre elas. Sinais bioquímicos inibe a divisão celular e esses sinais são divididos em dois tipos: um onde há o forçamento da célula para sair do estado proliferativo para o quiescente, ou ser mantida em estado pós mitose quando a divisão celular se dá por terminada (CAVALCANTE; KLUMB, 2002).

- Evasão da morte celular programada

Está presente em quase todos os cânceres. A apoptose está presente em todas

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