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Bactéria Hospitalar

Por:   •  22/1/2018  •  2.067 Palavras (9 Páginas)  •  266 Visualizações

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A busca de estudos para melhorar o problema das infecções hospitalares está voltado para observações de bactérias antibiótico-resistente.

As bactérias possuem duas formas básicas que chamamos de Gram negativas e Gram positivas que se diferem, por, as negativas possuírem uma fina camada de peptidioglicano e uma membrana externa e as positivas por uma espessa camada de peptidioglicano sem membrana externa. Durante os anos de 1960 e 1980 as bactérias Gram negativas começou a aparecer como importantes agentes infecciosos hospitalares. Mas, recentemente os Gram positivos como os Enterococustem se destacado nas infecções hospitalares. O Enterococus-vancomicina-resistente foi pela primeira vez detectada na Europa em 1988, e esta crescendo como um problema global da saúde publica. Até pouco tempo, a luta contra as doenças parecia estar resolvida com as vacinas e os antibióticos que protegiam crianças de doenças como: varíola, difteria, tétano, tuberculose, entre outras. Com efeito, essas medidas criaram no meio medico uma falsa sensação de segurança, assim, os médicos passaram a usar o antibiótico de modo indiscriminado ou inadequado.

De um modo geral, o paciente internado esta imunodeprimido e sujeito a varias terapias medicamentosas, o que torna mais frágil a adquirir as infecções hospitalares. Qualquer falha dos profissionais em relação as medidas de controle como as lavagens das mãos, higienização, podem ter chance de ocorrer essa infecção.

2.2 Epidemiologia e papel dos profissionais de saúde:

No Brasil, o quadro da resistência bacteriana é preocupante, e o crescente surgimento de novas bactérias resistentes nos hospitais brasileiros vem causando preocupação entre os profissionais de saúde. Para um infectologista, brasileiro, o uso de antibióticos está diretamente relacionado a este aumento da incidência da resistência bacteriana. O uso inadequado de antibióticos aumenta o risco de seleção, de cepas bacterianas resistentes.

Em 1990 a 1996, nos Estados Unidos, o Staphylococcus aureus foi o mais comum agente causador das infecções hospitalares, conforme relato do Sistema Nacional de Vigilância de Infecção Hospitalar, sendo o líder das pneumonias hospitalares e das infecções de feridas cirúrgicas e é considerada a segunda causa de bacteriemias hospitalares. De acordo Neusa de Queiroz Santos (Doutora em Enfermagem. Professora Adjunto III de Microbiologia Médica do Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina) Na Europa e na América do Norte, Staphylococcus aureus são resistente à meticilina ,Streptococcuspneumoniae não é susceptível à penicilina, enterococos são resistente à vancomicina e Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamase de espectro ampliado têm emergido e se espalhado nos hospitais e nas comunidades. O problema da resistência do S. aureus à meticilina foi descrita pela primeira vez, nos anos 60. São endêmicos, em muitos hospitais, e mesmo epidêmicos em alguns, geralmente sendo resistentes, em 30%, de todas as infecções causadas por S. aureus. Por enquanto, a vancomicina é a única droga que podetratar S. aureus-resistente-à-meticilina. Mas,Infelizmente, em 2000, no Japão já foram isoladas, em um hospital pediátrico, algumas cepas de S. aureus resistentes à vancomicina. Desde 1989, hospitais têm relatado um rápido aumento da resistência à vancomicina do gênero Enterococcus. Assim, a infecção hospitalar, que representa um grave e relevante problema de saúde pública, requer uma vigilância epidemiológica constante, rigorosa e exige também uma atenção redobrada de todos os profissionais de saúde, da administração hospitalar, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e do Governo.

2.3 Fatores predisponentes para adquirir uma infecção hospitalar:

Alerta-se que os pacientes hospitalizados são usualmente de alto risco para adquirir infecção hospitalar por diferentes fatores predisponentes, destacam-se entre eles:

- Eles tendem a ser mais susceptíveis para a infecção por causa de sua condição de doente, e este risco aumenta quando eles são expostos a certos procedimentos invasivos (catéter venoso, e/ou urinário, endoscopia, traqueostomia.)

- Se o paciente é imunodeprimido (subnutrição, AIDS, câncer, uso de corticóides e antibióticos), possui maior predisposição para adquirir infecção hospitalar.

- Microorganismos que usualmente não são patogênicos, são capazes de causar infecção hospitalar.

As infecções hospitalares ocorrem, em parte, devido à prevalência de pacientes doentes e à presença de microorganismos patógenos que são amplamente selecionados, em cepas antibiótico-resistentes no ambiente hospitalar.

2.4 Bactérias causadoras de infecção hospitalar:

2.4.1 Klebsiellapneumoniae

Klebsiellapneumoniae é uma espécie de bactéria Gram negativa, encapsulada, anaeróbica facultativa em forma de bastonete. Do gênero Klebsiella e importante membro da família das enterobacterias. O nome Klebsiella vem do bacteriologista alemão Edwin Klebs.

Pode causar pneumonia embora seja mais comum a sua implicação em infecções hospitalares (aparelho urinário e feridas), em particular em doente imunologicamente deprimidos.

2.4.2 Staphylococcus aureus

Staphylococcus aureus é uma bactéria esférica, do grupo dos cocos gram-positivos, frequentemente encontrada na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis. Podem provocar doenças, que vão desde uma simples infecção (espinhas, furúnculos e celulites) até infecções graves (pneumonia, meningite, endocardite, síndrome do choque tóxico, septicemia e outras).

Doenças que podem causar:

Síndrome de choque tóxico: devido à produção de toxinas de choque tóxico. Ocorre especialmente em mulheres que usam tampões que utilizam fibras sintéticas e produtos químicos que aumentam a absorção durante a menstruação. Esta doença potencialmente mortal (5% dos casos resultam em morte) inicia-se abruptamente, com hipotensão, febre, eritemas difusos. Pode haver choque séptico e perda de consciência, seguida de insuficiência de múltiplos órgãos. O tratamento com antibiótico é a única cura e deve ser administrado de emergência.

Gastroenterite estafilocócica: devido à presença de enterotoxinas na comida ingerida, e não a uma infecção. Comum em presunto

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