A IMPORTÂNCIA DAS AGLUTININAS ANTI-A E ANTI-B NA DOAÇÃO DE SANGUE: REVISÃO
Por: Lidieisa • 23/12/2018 • 1.301 Palavras (6 Páginas) • 429 Visualizações
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RESULTADOS
A partir de dados levantados, foi observado que os altos títulos de anticorpos anti-A anti-B e anti-AB em doadores do grupo “O” é frequentemente analisado na literatura, e considerados como perigosos, quando há transfusões de hemocomponentes plasmáticos fora do isogrupo devido ao potencial destes anticorpos induzirem reações hemolíticas5.
As técnicas para identificação de potenciais indivíduos do Grupo “O” considerados “perigosos, consistem em pesquisas de aglutinina e/ou o teste de hemolisina, afim de evitar a transfusão de hemocomponentes plasmáticos fora do isogrupo.
Foram observadas diferenças na frequência de doadores tipo “O”; as características regionais como etnia, idade, sexo e outros fatores pode influenciar diretamente nos altos títulos de anticorpos anti- A, AntiB nesses doadores. Outra variação encontrada também pode ser motivada pela diferenciação de métodos de titulação, a frequência de doadores tipo “O” considerados “perigosos” é maior em métodos de titulação em tubo, e menor incidência em estudos cuja titulação foi feita em microplaca.
Tabela 1 – Divergências de estudos para doadores do grupo “O”, considerados “perigosos”.
Estudo
Método de
Titulação
Doadores perigosos
A6
TUBO
46,00%
B7
TUBO
50,60%
C1
MICROPLACA
3,80%
D8
MICROPLACA
12,80%
E9
MICROPLACA
13,60%
As variações entre Anti-A, Anti-B e Anti-AB não foram significativas ou relevantes, e os resultados relativos à variações regionais também não foram consideradas para este estudo conforme dados levantados na Tabela 2.
Tabela 2 – Frequência de aglutininas anti-A e anti-B dentre os doadores do grupo "O" do Hemonúcleo com altos títulos.
Estudo
Nº
anti-A
anti-B
anti-AB
A6
45
44,40%
35,60%
20%
B7
610
50,70%
41,50%
-
C8
*variações regionais na frequência das hemolisinas
D9
77
58,40%
14,20%
27,20%
E10
6.210
13,6% destes com títulos elevados de hemolisinas
CONCLUSÃO
Após o estudo de revisão, foi possível concluir que a divergência entre estudos, têm como causa, a diferenciação regional e de métodos de titulação. Evidenciando a necessidade de desenvolvimento de mais estudos que possam avaliar as técnicas de titulação para identificação de doadores do tipo “O”, que podem ser potencialmente perigosos, capazes de desenvolver reações hemolíticas, principalmente aos receptores de plaquetas não isogrupo, por possuírem incompatibilidades ABO menores.
É de suma importância o desenvolvimento de testes mais assertivos para identificação de doadores do grupo “O” perigosos, para garantir a segurança em transfusões com indivíduos receptores de incompatibilidade ABO menor.
Referências
[1] FERNANDES, et al. Freqüência de hemolisinas anti-B e anti-B em doadores de sangue de Itapeva e Ourinhos. Revista Brasileira Hematologia e Hemoterapia, vol.30 n°6 São Paulo Nov/Dez. 2008.
[2] COSECHEN, et al. Freqüência de aglutininas anti-A e anti-B nos doadores de sangue do grupo “O” do Hemonúcleo de Guarapuava (PR). Revista Salus Guarapuava (PR), Guarapuava (PR). Jan/Jun. 2009.
[3] GAMBERO, S.; SECCO, V.;FERREIRA, R.;DEFFUNE, E.; MACHADO,P. Freqüência de hemolisinas anti-A e anti-B em doadores de sangue do hemocentro de Botucatu. Revista Brasileira Hematologia e Hemoterapia, vol. 26 n°1. Campinas.2004.
[4] NOVARETTI, M. Hemolisinas anti-A e anti-B na pratica transfusional. Revista Brasileira Hematologia e Hemoterapia, vol.30 n°.6 São Paulo Nov./Dez. 2008.
[5] HARMENING, D. M.; Firestone, D. Sistema sanguíneo ABO. In: HARMENING, D. M. Técnicas modernas em banco de sangue e transfusão. 4. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2006. cap. 05, p. 90-127.
[6] BORGHETTI, A. N.; SILVA, J. E. P. Frequência de aglutininas anti-A e anti-B em doadores de sangue do grupo O do hemocentro de Cruz Alta, RS. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, São Paulo, v.
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