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EVOLUÇÃO E AS FASES DO DESENVOLVIMENTO TÉCNICO DA PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL E NO MUNDO: GÁS NATURAL

Por:   •  16/1/2018  •  1.921 Palavras (8 Páginas)  •  481 Visualizações

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Mapa: Consumo mundial de gás natural. (Fonte: BP.)

O Brasil, segundo dados do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, em 2015, teve uma produção média de 96,24 milhões de m³/dia, sendo 73,25 retirado do mar e 70,19 gás associado, com o Rio de Janeiro sendo o estado que mais produziu (com uma média de 38,53 milhões de m³/dia). Teve uma demanda média de 98,63 milhões de m³/dia, com o setor de energia elétrica apresentando uma demanda de 45,9 milhões de m³/dia.

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Imagem: Esquemático do Balanço de Gás Natural no Brasil em 2013/4/5. (Fonte: Boletim Mensal da Indústria do Gás Natural.)

A Bolívia, em 2015, teve uma produção média de 61,01 milhões de m³/dia. Sendo que 31,33 milhões de m³/dia exportou para o Brasil, e 15,89 para a Argentina. Enquanto os Estados Unidos produziu 2.566,8 milhões de m³/dia, e exportou 0,5 para o Brasil.

3. POTENCIAL MUNDIAL E BRASILEIRO:

Segundo dados do relatório estatístico anual da BP, as reservas de gás natural no mundo, em 2014, chegaram a 187.1 trilhões de metros cúbicos (tcm), sendo o Irã o país dono da maior reserva mundial com 34,0 tcm. Seguido pela Rússia com 32,6 tcm. O Brasil possui uma reversa de 430.284 milhões de metros cúbicos.

Atualmente, o gás natural representa 21,5% do consumo de energia primária mundial. E 22% da geração de energia elétrica usa o mesmo como combustível. Representa 9,5% da matriz energética brasileira. E 13% da geração de energia elétrica brasileira usa o mesmo como combustível.

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Fonte: Resenha Energética Brasileira: Resultados de 2014

O Brasil possui 9.409,0 km de gasodutos de transporte espalhados pelo seu território. Além de mais 1.369,0 km no exterior (Bolívia e Argentina), por onde é realizado o transporte do gás importado. O gráfico abaixo mostra a evolução dos gasodutos de transporte e distribuição:

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Fonte: Boletim Mensal da Indústria do Gás Natural

O mapa abaixo mostra a movimentação de Gás Natural no Brasil em 2014:

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Fonte: Boletim Mensal da Indústria do Gás Natural.

Além de importar por gasodutos, o Brasil também importa o gás em estado de liquefação e possui três terminais de regaseificação: Baía de Guanabara (RJ), Porto de Pecém (CE) e TRBahia (BA).

A importância do gás natural se deve ao fato de ser uma fonte de energia muito versátil, podendo ser utilizada para inúmeras aplicações, como uma substituição de vários derivados do petróleo, combustível para automóveis e para as termoelétricas. Também pode ser utilizado na fabricação de solventes e fertilizantes, como a amônia e a ureia. Ele se trata de um combustível de queima total, não gera resíduos e nem cinzas. Nas residências, quando substituindo o GLP – gás de cozinha – diminui o risco de explosões por ser mais leve. Por não possuir enxofre, reduz a corrosão, aumentando a vida útil dos aparelhos eletrônicos.

4. PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA PRODUÇÃO E USO DO GÁS NATURAL:

Toda produção de energia possui vantanges e desvangens tanto na produção quanto no uso.

Abaixo tabela que demonstra de maneira sucinta as principais vantagens e desvantagens:

Vantagens

Desvantagens

Possui menos contaminantes que outras fontes de energia,

Fonte não-renovável.

- contribui para a redução do desmatamento ao substituir a lenha;

Processo de produção, desde a exploração, processamento até o transporte pode gerar grandes impactos no ambiente

- Produz uma combustão mais limpa, com menor quantidade de emissões de CO2 por unidade de energia gerada (cerca de 20 a 23% menos do que o óleo combustível e 40 a 50% menos que o carvão);

O gás natural apresenta riscos de asfixia, incêndio e explosão.

- Maior facilidade de transporte e manuseio, se comparado com o GLP(gás liquefeito de petróleo), que exige grande infra-estrutura;

Necessidade de um sistema de resfriamento, causando desperdício de água, e as emissões de poluentes atmosféricos: dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e, em menor escala, monóxido de carbono

- Não requer estocagem, eliminando os riscos do armazenamento de combustíveis;

- Proporciona maior segurança em caso de vazamento, porque é mais leve do que o ar e se dissipa rapidamente pela atmosfera, favorecendo o uso doméstico.

5. RELAÇÃO DO USO DO GÁS NATURAL COM AS CRISES ENERGÉTICAS NO BRASIL DE 2000 ATÉ OS DIAS ATUAIS:

Segundo Pablo Varela, Diretor Geral da Agrekko Brasil “é preciso considerar que a demanda energética dos segmentos industrial, comercial e residencial pode ser atendida por diversas fontes, como óleo diesel e gás natural. Nesse sentido, é importante pontuar que o Brasil tem à disposição uma quantidade expressiva de gás que não é utilizado, do qual grande parte tem custo reduzido ou, em alguns casos, nulo.”

O autor também menciona que “atualmente, há dois grandes centros brasileiros com excedente de produção de gás natural que está sendo inutilizado e, portanto, disponível: o Sudeste, no qual cerca de dois milhões de metros cúbicos estão à disposição apenas no Estado de São Paulo; e o Norte, onde a produção está centralizada em Urucu, Manaus, uma das maiores produtoras de gás do País.”

Pablo lembra ainda que “embora o combustível seja gerado pela usina, as empresas da região não estão sendo abastecidas por ela devido ao fato de o empreendimento ainda estar em fase de construção. Desta forma, o gás produzido no local gera prejuízos para a usina e poderia ser integrado ao sistema energético brasileiro no fornecimento para outras regiões do

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