TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM

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Peplau considera também elementos básicos nas situações de enfermagem as necessidades humanas básicas, a frustração, o conflito e a ansiedade, que devem ser tratados no relacionamento enfermeiro-paciente de modo a favorecer o desenvolvimento saudável da personalidade. Peplau encara a enfermagem como uma força de amadurecimento e um instrumento educativo, uma vez que o enfermeiro assiste o paciente utilizando a relação interpessoal como principal ferramenta, cresce conhecendo-se melhor, e ajuda a crescer também o paciente. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

3.3 A APLICAÇÃO DA TEORIA E SUAS QUATRO FASES TERAPÊUTICAS EM CONJUNTO COM EXPERIÊNCIAS PSICOBIOLÓGICAS

- ORIENTAÇÃO.

A fase da orientação é o inicio da relação interpessoal, e ocorre quando o paciente/família percebe que a uma necessidade de ajuda. Tanto o enfermeiro quanto o paciente trazem suas bagagens anteriores como cultura, valores, ideias pré-concebidas e etc. que devem ser todas levadas em consideração. Ambos têm seus papeis importantes nessa interação interpessoal, existe ainda nesta fase todo o aspecto educativo da relação. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

- IDENTIFICAÇÃO

Nesta fase o paciente reage seletivamente ao enfermeiro, ambos precisam esclarecer suas percepções e expectativas. No final desta fase o paciente começa a lidar com o problema, o que diminui sua sensação de impotência e a desesperança do enfermeiro, criando uma atitude de otimismo. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

- EXPLORAÇÃO

A fase da exploração consiste em deixar que o paciente sinta-se parte integrante do ambiente de cuidados. É importante para o enfermeiro saber usar seus princípios para técnicas de entrevista, precisando o enfermeiro conceder ao paciente uma atmosfera sem ameaças e utilizar adequadamente a comunicação, esclarecendo, escutando, aceitando e interpretando corretamente. Dessa forma o enfermeiro ajuda o paciente na exploração de todos os caminhos da saúde. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

- SOLUÇÃO

Nesta última fase do processo interpessoal presuma-se que as necessidades do paciente já foram satisfeitas através dos esforços cooperativos do enfermeiro e do paciente. Ocorre então certa dissolução do elo da relação terapêutica. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

- EXPERIÊNCIAS PSICOBIOLÓGICAS

Peplau descreve ainda quatro experiências psicobiológicas são elas a necessidade, a frustração, o conflito e a ansiedade. Estas experiências proporcionam energia que é transformada em alguma forma de ação. Peplau acaba por não utilizar conceitos teóricos de enfermagem para identificar e explicar estas experiências que compelem respostas destrutivas ou construtivas provenientes do enfermeiro e do paciente. (MORAES; LOPES, 2006)

- METODOLOGIA UTILIZADA POR PEPLAU

O processo usado por Peplau para construir a teoria é um método indutivo. De acordo com Peplau, situações de enfermagem proporcionam um campo de observações dos quais apenas conceitos de enfermagem podem ser derivados e usados para o aperfeiçoamento do trabalho profissional, conceitos estes que foram selecionados por Peplau organizadamente dentro de um componente maior, formando relacionamentos que são lógicos e complexos. Relacionamentos estes que descrevem o comportamento na interação do enfermeiro-paciente. Além do seu método indutivo Peplau utilizou também conhecimentos de outras ciências. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

- SIGNIFICADO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Peplau trouxe uma nova perspectiva, um novo método, uma fundamentação teoricamente baseada para a prática de enfermagem no trabalho terapêutico com pacientes, seu trabalho é responsável por uma segunda mudança na cultura da enfermagem, pois possibilitou uma compreensão de que o cuidado envolve contato, relação e interação. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

- ACEITAÇÃO DA TEORIA

A teoria de Peplau é muito aceita em enfermagem psiquiátrica, saúde mental e enfermagem clínica, tanto em nível de ensino, da pesquisa e com menor intensidade na prática. Sua teoria pode ser considerada precisa, porém há necessidade de ser mais utilizada a fim de que este grau de precisão aumente. (SANTOS; NOBREGA, 1996)

- IMPORTÂNCIA

Peplau é uma das primeiras teoristas desde Nightingale a apresentar uma teoria para a enfermagem, por isso seu trabalho pode ser considerado como pioneiro, pois possibilitou a enfermagem um método significativo da pratica do autodirecionamento em uma época em que a medicina dominava o campo do cuidado à saúde. (CARDOSO; OLIVEIRA, 2006)

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- CONCLUSÃO

Após constatarmos a maioria dos conceitos e fundamentos empregados por Hildegard E. Peplau em sua teoria, podemos perceber que todos eles possibilitaram uma mudança muito significativa na área da enfermagem, tanto como educação como para pesquisa. Excluindo muito do modelo biomédico e introduzindo um modelo muito mais assistencial, onde o foco vai além do paciente, priorizando também seus valores, tanto culturais quanto valores diversificados, isso acaba por possibilitar uma variação de tratamentos diferenciados enorme. E isso se arrasta desde a década de 50 até os dias de hoje, tendo esse modelo como uma das praticas indispensáveis dentro da área, dando norteamento e ajudando enfermeiros tanto quanto outras teorias da enfermagem, podendo concluir que seu trabalho tem contribuído também

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