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Ocorrência de Tuberculose em Crateús no período de 2001 a 2016

Por:   •  27/6/2018  •  2.868 Palavras (12 Páginas)  •  313 Visualizações

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MÉTODO

Crateús é um município cearense localizado na microrregião do sertão de Crateús, com uma população de 72.812 habitantes, dividido em 13 distritos. A economia local é baseada na agricultura, atividade pesqueira, artesanato. Crateús é um polo regional e sede da microrregional de saúde do Estado. A assistência hospitalar do município é efetuada pelo Hospital de Referência São Lucas, com 150 (cento e cinquenta) leitos, atualmente administrada pela Sociedade Beneficente São Camilo ( Anuário do Ceará, 2014).

Esta pesquisa trata-se de um estudo quantitativo de abordagem epidemiológica descritiva. Os estudos epidemiológicos de base populacional são fundamentais para se conhecer a distribuição da exposição e do adoecimento e os fatores e condições que influenciam a dinâmica desses padrões de risco na comunidade (PASSOS; ASSIS; BARRETO, 2006). Assim, essas pesquisas contribuem com sua objetividade para esclarecer nossa razão (FLACSO, 2012).

Este trabalho consiste em uma série histórica realizada no Município de Crateús, no período de 2001 a 2015, pela instituição Faculdade Princesa do Oeste (FPO).

Os dados foram coletados na Secretaria de Saúde do município de Crateús, no setor de vigilância epidemiológica. Foram utilizados meios de fonte pesquisa, como: scielo (ScientificElectronic Library Online), consequentemente maior citação de autores em comparações de pesquisas epidemiológicas como: Perfil epidemiológico da tuberculose pulmonar no município de Gurupi – TO entre 1995 e 2013;Perfil epidemiológico da tuberculose no Município de Belo Horizonte (MG), no período de 2002 a 2008.

Teve-se o interesse em realizar a investigação de 15 (quinze) anos, pois são períodos que facilitam a abordagem, e compreensão do tratamento efetivo e evolução do risco que pode acometer, mesmo assim uma análise preventiva dos anos seguintes. Os eixos composto nos resultados para a discussão foram distribuição por: Número de casos, sexo,faixa etária, raça/cor, zona de residência, forma, modo de entrada, encerramento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Registrou-se no Município de Crateús, entre 2001 e 2015, 522 casos novos de TB, por todas as formas. Analisando os dados, percebe-se que os resultados dos números de casos por ano não houve um decréscimo ou acréscimo, somente em 2005 constatou-se o maior coeficiente de incidência, comparando com outros anos, percebe-se o valor ser o dobro. E recentemente em 2014, o número de casos apresentou um declínio baixo durante os últimos 15 anos.

De certa forma, em 2009, constatou-se o segundo maior coeficiente de incidência com decréscimo entre os anos de 2009 e 2015. No estudo do Perfil epidemiológico da tuberculose no Município de Belo Horizonte (MG), no período de 2002 a 2008 apresenta também um decréscimo no período dos anos 2004 a 2007 (REIS et al, 2013). Isso tem verificado em vários estudos, sobre a presença do decréscimo de números notificados por TB no município investigado.

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Figura 1: Casos de Tuberculose no município de Crateús. Crateús, CE, Brasil, 2016.

Em relação aos dados demográficos foram encontrados 324 casos do sexo masculino (61,49%) e 202 casos do sexo feminino (38,5%). Ao longo da série histórica estudada essa diferença manteve-se basicamente inalterada. Observou-se que ambos os sexos apresentaram uma redução do coeficiente de incidência de TB ao longo do período avaliado.Em 2003, o sexo feminino prevalece maior e em 2008 os números por sexo tem o mesmo índice.

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Figura 2: Casos de tuberculose por sexo. Crateús, CE, Brasil, 2016.

Na distribuição por faixa etária, observa-se que o número maior de casos tem prevalecido dos 40 aos 49 anos com 100 casos (18,96%), que nos refleti uma idade propensa de maior prevalência de contaminação do bacilo de Koch. Compreende-se que esta faixa ser maior por o fato das pessoas estarem mais acessos pessoais com outras pessoas de convívios diferentes, como o trabalho. Um estudo apresentou alto percentual de adultos jovens, indicando a ocorrência de transmissão recente, diferindo esse padrão epidemiológico do encontrado em países onde a doença está mais controlada nessa faixa etária, compreendendo que a população idosa a mais afetada em decorrência da exposição do passado. Merece atenção maior essa classe produtiva e trabalhadora, com maior representação entre adultos jovens, pois, quando afetados pela tuberculose, afastam-se do trabalho, ou mesmo morrem prematuramente (PAIXÃO; GONTIJO, 2007). Outro estudo feito onde a população pesquisada era constituída por indivíduos de 15-59 anos de idade, residentes nos municípios da 16ª Regional de Saúde, onde apresenta o maior número de casos dos 40 aos 49 anos de idade, com 19 casos, representando 29,2% (PIVA et al, 2013). Ver Tabela 1

Os grupos etários com maior predomínio de casos são indivíduos economicamente ativos (15-54 anos). Essa situação pode estar relacionada ao estilo de vida dessa população, que normalmente faz uso de bebidas alcoólicas e possuem horários irregulares para alimentação, como exemplo, fatores que podem contribuir para a interrupção do tratamento. Sendo assim, a relação profissional-paciente, o preconceito, a não aceitação da doença associados com a predominância de adultos jovens, baixa escolaridade e usuários de álcool podem contribuir para essa alta taxa de abandono (Brasil, 2012).

Tabela 1: Casos de tuberculose por faixa etária. Crateús, CE, Brasil, 2016.

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Nos casos de tuberculose segundo raça/cor, o mesmo tem um alto índice na população parda com 267 (50,57%), e Ign/branca 114 (21,83%). Seguindo branca, preta e, com os mesmo valores amarelo e indígena. Vale ressaltar, que grande parte da população crateuense faz parte dessa cor: parda.

Observou-se que a população parda apresentam maior coeficiente de casos. Afirmação essa também pode ser comprovada através de um estudo do Perfil epidemiológico da tuberculose pulmonar no município de Gurupi – TO entre 1995 e 2013. Que verifica essa mesma condição de prevalência à parda com 60,23%. (Antunes; Silva; Silva, 2013).

Tabela 2: Casos de tuberculose segundo raça/cor. Crateús, CE, Brasil, 2016.

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Analisando os casos segundo zona de residência,

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