Tuberculose e agente etiológico
Por: Hugo.bassi • 19/5/2018 • 2.792 Palavras (12 Páginas) • 445 Visualizações
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Tuberculose ganglionar
Tuberculose ganglionar é um tipo de tuberculose que acomete os gânglios linfáticos, também chamados de linfonodos, que são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo. A tuberculose ganglionar acomete com mais frequência os gânglios do pescoço, da região da clavícula, do tórax, das axilas e virilha.
Os sintomas da tuberculose ganglionar caracterizam-se por febre, emagrecimento e aumento progressivo dos gânglios linfáticos.
Tuberculose miliar
Tuberculose miliar pode infectar qualquer número de órgãos, frequentemente afetando os pulmões, as meninges, o fígado e o baço.
Dentre os sintomas são: febre baixa e persistente por mais de 15 dias; tosse persistente; aumento dos gânglios linfáticos do mediastino; aumento do fígado (40% dos casos) e do baço (15% dos casos); inflamação do pâncreas (5% dos casos); rigidez na nuca e Insuficiência adrenal.
Prevenção
- A vacina BCG previne a tuberculose no recém-nascido
- Evitar contacto próximo com pessoas infectadas;
- Os doentes devem tapar a boca ao tossir ou expirar para evitar a disseminação do bacilo.
- Os doentes devem ter os seus utensílios de uso pessoal (pratos, copos, colher, etc.)
- Isoniazida é usada na prevenção nos casos de imunodeficiência ou em casos laborais muito mais para profissionais de saúde.
Objectivos do tratamento da tuberculose
- Curar o doente com tuberculose
- Prevenir a morte
- Prevenir a transmissão de tuberculose a outros indivíduos
Antituberculosos
Como o nome diz, antituberculosos é um conjunto de antibióticos usados no tratamento da tuberculose.
Eles estão divididos em dois grupos
- Medicamentos de primeira linha de tratamento
- Medicamento de reserva para casos especiais
Primeira fase intensiva é de 2 a 3 meses, ela inicia-se com 3 a4 DFS, que é feito com Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambol que é uma associação de um único comprimido.
Segunda fase ou fase de manutenção, que é de 4 a 5 meses dependendo do caso do doente ela inicia-se com 2 ou 3 DFS, que é feito com Rifampicina e Isoniazida.
A Rifampicina está associada em todas combinações, a Isoniazida é o medicamento de eleição para a prevenção nos casos de imunodeficiência.
Os medicamentos de reserva são: Amikacina, Azitromicina
Capreomicina, Cicloserina, Ciprofloxacina, Claritromicina, Etionamida, Ofloxacina e Rifabutina.
Estreptomicina
A via de administração da estreptomicina é intramuscular, usada no tratamento da tuberculose em associação com outros anti-tuberculóticos.
A estreptomicina faz parte do esquema terapêutico para a recaída ou falência do tratamento da primeira linha da tuberculose.
Efeitos secundários da Estreptomicina
Os efeitos secundários são: ototoxicidade e nefrotoxicidade sobretudo em doentes idosos, debilitados ou em tratamento prolongado; alterações gastrointestinais, reações cutâneas por hipersensibilidade, parestesia oral e depressão medular.
Mecanismo de acção
A estreptomicina é um inibidor da síntese de proteínas. Liga-se ao ARNr 16S pequeno da subunidade 30S do ribossoma bacteriano, interferindo com a ligação de formil-metionil-tRNA à subunidade 30S. Isto conduz a uma leitura errada do codão, eventual inibição da síntese de proteínas e, finalmente, à morte de células microbianas.
Etambutol
A via de administração do Emtabutol é oral, usado no tratamento da tuberculose em associação a dose fixa combinada com outros anti-tuberculóticos.
A droga é recomendada em particular para fase inicial de tratamento de casos novos de tuberculose.
Efeitos secundários
Fundamentalmente relacionado com com neurite óptica. Ocasionalmente anorexia, náusea, vômitos, neurite periférica. Raramente febre, erupção cutânea, prurido, vertigens e confusão mental.
Mecanismo de acção
O etambutol é bacteriostático contra os bacilos de tuberculose que crescem activamente. Ele funciona obstruindo a formação da parede celular. Os ácidos micólicos ligam-se aos grupos 5 '-hidróxilo dos resíduos de D-arabinose do arabinogalactano e formam complexo de micoil-arabinogalactano-peptidoglicano na parede celular. Interrompe a síntese do arabinogalactano pela inibição da enzima arabinosil transferase. A interrupção da síntese de arabinogalactano inibe a formação deste complexo e conduz a uma maior permeabilidade da parede celular.
Isoniazida
A droga é administrada oralmente, e é usada no tratamento da tuberculose em associação com outros anti-tuberculóticos tanto na fase inicial como de manutenção dos esquemas terapêuticos para casos novos e de recaída.
A Isoniazida é o medicamento de eleição para a prevenção da tuberculose em caso de imunodeficiência e nos casos laborais muito mais para profissionais de saúde.
Efeitos secundários
Ocasionalmente anorexia, náuseas e vômitos; pode provocar hepatite hepática grave em doentes com mais de 40 anos ou alcoólicos.
Mecanismo de acção
Inibe a uma série de enzimas que micobactérias necessitam para sintetizar ácido micólico impedindo a formação da parede celular das micobactérias. Inibe a Monoamina oxidase (MAO) e Diamino oxidase do plasma, mas não a MAO mitocondrial. Interfere com o metabolismo da tiramina e da histamina, podendo causar sufoco e dor
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