FATORES ASSOCIADOS AO ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

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No tratamento não supervisionado, caracteriza abandono quando o paciente não retira suas medicações, não comparece à consulta médica ou relata não tomar as medicações prescritas, o que determina demora na intervenção de ação da equipe de saúde.

Muitas pesquisas voltadas ao tratamento e adesão deste, identificaram vários fatores determinantes que identificam estes problemas. Fatores como aspectos sociodemográficos abuso de drogas, aspectos relacionados aos serviços de saúde e ao tratamento da doença, ocorrência de outras doenças, no caso crônicas e o cuidado em saúde, são as causas principais da desistência do tratamento.

Observou-se que em relação aos aspectos sociodemográficos, pacientes do sexo masculino abandonam mais o tratamento que o sexo feminino.

A Tuberculose afeta a população economicamente ativa, em especial os homens em idade produtiva, causando déficit no crescimento econômico, gerando mais pobreza e exclusão social. Fatores como analfabetismo e escolaridade inferior ao ensino médio estão ao abandono de tratamento. Outras determinantes propiciam o abandono do tratamento, como locomoção a unidade de saúde, relação, familiar conflitiva, falta de informação adequada sobre o tratamento também são aspectos relacionados a desistência.

O consumo de drogas (álcool, tabagismo e drogas ilícitas) representam percentual significativo e causa frequente de abandono ao tratamento.

Em relação ao atendimento nos serviços de saúde e ao tratamento da doença, o tratamento prévio da tuberculose está relacionado ao abandono. O reingresso ocorreu pela procura e encaminhamento por outros serviços.

A associação da Tuberculose com outras doenças, principalmente crônicas, essas pessoas devem ser priorizadas pela assistência nos programas de controle de TB.

Os aspectos relacionados ao cuidado em saúde. A humanização e orientação adequada em relação aos profissionais de saúde com o paciente pode facilitar a adesão. A grande dificuldade para os pacientes em dar inicio ao tratamento está relacionado a horários inadequados para receber a medicação, rotinas de atendimento caracterizada por longas esperas, horários inflexíveis e preenchimento de formulários burocráticos que dificultam um atendimento de qualidade, não cumprimento dos horários de atendimento pelos profissionais reflete na qualidade do exame clínico e na interação com o cliente.

Ao iniciar o tratamento, o paciente deve ser orientado sobre todo o aspecto da doença e tratamento oferecido. A necessidade de um envolvimento e compromisso dos profissionais de saúde/enfermagem torna-se imprescindível nesta etapa de tratamento.