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TUBERCULOSE PULMONAR ABANDONO DO TRATAMENTO

Por:   •  9/6/2018  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  405 Visualizações

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A resistência ocorre por seleção de mutantes preexistentes na população bacteriana original, por "pressão antimicrobiana". Ao iniciar o tratamento da tuberculose pulmonar, serão eliminados os bacilos sensíveis ao esquema medicamentoso e, aqueles aleatoriamente mutantes resistentes sobreviverão e com a interrupção ou abandono do tratamento, vão continuar multiplicando-se, assim, o paciente fica colonizado apenas com os bacilos mais resistentes à quimioterapia de primeira linha, ocorrendo então, transmissão da tuberculose resistente.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A tuberculose é uma doença infecciosa que atinge principalmente os pulmões. Ela existe desde a antiguidade e até em múmias do antigo Egito foram encontradas lesões características da tuberculose. Mas só em 1882 o médico alemão, Robert Koch, conseguiu identificar o tipo de micróbio que causa esta doença.

Na maioria dos casos, as lesões da tuberculose se localizam nos pulmões, mas a doença também pode ocorrer nos gânglios, rins, ossos, meninges ou outros locais do organismo. (www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cve_tb.html).

A Tuberculose tem cura em praticamente 100% dos casos. Uma estratégia fundamental para assegurar a cura do doente se dá pelo Tratamento Diretamente Observado (TDO), que consiste no tratamento contínuo, sem interrupção, durante o tempo determinado (mínimo de seis meses) e até que os testes laboratoriais excluam a existência da doença.

O tratamento consiste na combinação de quatro medicamentos: Rifampicina, Isoniazida, Etambutol e Pirazinamida, em doses fixas, sendo necessário seu uso diário em uma única tomada. (Gomes, A. A. et al.)

O diagnóstico eficaz e o tratamento da doença salvaram, no mundo, 43 milhões de vidas no período de 2000 a 2014 e, em 2015, a prevalência estimada de tuberculose foi 42% menor do que em 1990. Apesar disso, a doença ainda se configura como uma emergência global: estima-se que, em 2014, 9,6 milhões de pessoas adoeceram com tuberculose, das quais 12% eram HIV - positivo. Houve ainda a morte de 1,5 milhões de pessoas, sendo que 1,1 milhões eram HIV - negativo.

O Brasil ocupa a 18ª posição em carga de tuberculose, representando 0,9% dos casos estimados no mundo e 33% dos estimados para as Américas. Os coeficientes de mortalidade e de incidência foram reduzidos em 38,9% (3,6 para 2,2/100 mil habitantes) e 34,1% (51,8 para 34,1/100 mil habitantes), respectivamente, de 1990 até 2014. Com esses resultados, o país cumpriu as metas internacionais. Apesar disso, ainda foram registrados, entre 2005 e 2014, uma média de 70 mil casos novos e 4.400 mortes por tuberculose, por ano, e entre 2012 e 2015, 840 casos novos de tuberculose drogarresistente, que são os casos que apresentam qualquer tipo de resistência aos fármacos utilizados no tratamento. (Boletim Epidemiológico nº 13 – 2016).

Foram notificados, no Município de Praia Grande, 213 casos novos de tuberculose, no ano de 2011, o que corresponde a uma taxa de incidência de 79.0 casos por 100 mil habitantes. No Estado de SP, ainda em 2011, a taxa de incidência foi de 39.0 casos por 100 mil habitantes.

Dos 213 casos novos com início de tratamento em 2011, foram registradas 158 curas (74.0 %), que pode ser considerada baixa em relação à meta.

A meta de cura, segundo o Programa de Controle de Tuberculose é de pelo menos 85% dos casos novos diagnosticados. (Centro de Vigilância Epidemiológica, Divisão de Controle da Tuberculose).

Estimular o tratamento da tuberculose pulmonar até a cura do paciente é um objetivo a ser alcançado por meio dessa pesquisa, visto que, muitos são os motivos que levam ao abandono, o que favorece maior uso de drogas e aumento do tempo do tratamento, além de maior debilidade no portador da doença.

Sua metodologia consiste na identificação dos motivos que levam ao abandono por meio dos próprios pacientes abandono recidivo em tratamento.

Com isso, ampliamos nosso conhecimento, promovendo saúde ao descrevermos os riscos de se interromper um tratamento que precisa ser continuo e observado, para a saúde do indivíduo portador e da comunidade.

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

- Documentação indireta

a.1) Pesquisa documental: Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil; Protocolo do Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose.

a.2) Pesquisa bibliográfica: Centro de Vigilância Epidemiológica; Artigos; Jornal de Pneumologia – Scielo Brasil.

b) Documentação direta

b.1) Pesquisa de campo: visita ao Centro de Referência em atendimento a Tuberculose e Hanseníase – CRATH

b.2) Entrevistas: através do método qualitativo, com questões diretas feita com 20 pacientes abandono recidivo, selecionando 10 casos mais complexos.

Os pacientes submetidos à entrevista tomarão ciência do “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, como consta modelo em anexo.

A entrevista será composta com as seguintes questões:

- Nome

- Idade

- Estado civil

- Grau de escolaridade

- Ocupação

- Tipo de moradia

- Como descobriu que estava com tuberculose pulmonar?

- Quanto tempo depois iniciou o tratamento após descoberta da doença?

- Quais mudanças foram percebidas após iniciar o tratamento?

- Por quanto tempo fez o tratamento inicial?

- Quais motivos o levaram a abandonar o tratamento?

- Por quê, e quanto tempo depois retomou o tratamento?

10. CRONOGRAMA DA PESQUISA

ANO DE INÍCIO: 2016

ANO DE CONCLUSÃO: 2017

Especificação/ Ano

2016

Meses

Fev

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