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O CÂNCER DE PELE - PRINCIPAIS ASPECTOS DA DOENÇA

Por:   •  20/12/2018  •  7.171 Palavras (29 Páginas)  •  466 Visualizações

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O fator de risco que é prontamente o mais importante para o desenvolvimento de câncer de pele é a exposição à radiação ultravioleta do sol. Indivíduos com baixa melanina tendem a ter chances muito elevadas de desenvolver um câncer de pele. Ele pode surgir em qualquer tipo de pele, porém, é extremamente mais frequente nos indivíduos de pele clara, assim como naqueles que têm albinismo ou sardas pelo corpo. Uma pele que sempre se queima e nunca bronzeia quando exposta ao sol também corre maiores riscos. Quem têm muitos nevos (pintas) espalhados pelo corpo também deve ficar atento a qualquer mudança, como aparecimento de novas pintas ou alterações na cor e formato daquelas que já existem. Pessoas com pintas ou manchas de tamanhos grandes também devem ficar atentas A exposição cronica e prolongada ao sol é basilar para que surja a doença. Tal exposição tem um efeito cumulativo, que faz com que os mais velhos sejam os mais prejudicados pela doença, devido aos longos anos sob sol forte e sem nenhum tipo de proteção. Isso, porque a exposição solar desprotegida agride a pele, causando alterações celulares que podem levar ao câncer.

Quanto mais queimaduras solares a pessoa sofreu durante a vida, maior é o risco dela ter um câncer de pele. Pessoas com história de queimaduras solares na infância têm um risco maior de desenvolver melanoma.

Se levar em consideração idade e sexo, o câncer de pele incide principalmente a partir da quinta década de vida, visto que quanto mais avançada a idade, maior é o tempo de incidência de radiação sobre essa pele. Esse tipo de câncer é mais frequente no sexo masculino do que no feminino.

O histórico familiar também tem grande influencia, pois é muito mais comum a doença se manifestar em pessoas que têm antecedentes familiares da doença. Nesses casos, principalmente se associado a outros fatores de risco, o rastreamento com o dermatologista deve ser mais intenso e precoce. As mutações genéticas hereditárias que aumentam o risco de melanoma são muitas vezes passadas de uma geração para outra. Na maioria das vezes, o melanoma hereditário tem alterações nos genes supressores de tumor, como CDKN2A (também conhecida como p16) e CDK4, que os impedem de controlar o crescimento celular.

Já o histórico pessoal mostra que aquelas pessoas que já tiveram algum câncer de pele ou uma lesão pré-cancerosa, têm mais chances de sofrer com a doença. Caso essa pessoa já tenha sido tratada para um determinado tipo de câncer de pele e ele retorna, o processo é chamado de recidiva.

Uma doença genética rara, conhecida como Xeroderma pigmentoso, onde os acometidos por ela são conhecido como "Filhos da Lua", não tem a capacidade de reparar os danos no DNA danificado pela ação dos raios de sol e de algumas fontes de iluminação artificial (emissões de radiação ultravioleta). Os portadores podem ter vários cânceres de pele, começando já na infância.

Outro ponto muito importante diz respeito àquelas pessoas que possuem o sistema imunológico enfraquecido, pois têm um risco aumentado de desenvolver câncer de pele. Isso inclui todas as pessoas portadoras de leucemia ou linfoma, portadores de doenças autoimunes, como o lúpus, pacientes que tomam medicamentos que suprimem o sistema imunológico, ou ainda aqueles que foram submetidos a transplantes de órgão.

No ano de 2014, em Londres, foi publicada uma pesquisa na revista “Nature Genetics”¹, onde um grupo de cientistas do centro de pesquisa genômica Wellcome Trust Sanger Institute em Hixton, no Reino Unido, explicam que mutações genéticas s desligam um gene conhecido como POT1, que protege os cromossomos dos danos ao DNA. O coautor do estudo David Adams esclarece que mutações neste gene resultam em danos no fim dos cromossomos, o que, em geral, está relacionado à formação do câncer.

Outras mutações genéticas, principalmente envolvendo o gene chamado BRAF, tem sido associadas ao tipo mais grave de câncer de pele, o melanoma. Pelo menos metade dos casos onde o melanoma é diagnosticado, foi constatado uma mutação no gene BRAF. A descoberta dessa alteração possibilitou o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnósticos.

Buscou-se encontrar qualquer relação entre tatuagens e câncer de pele, porém em todas as fontes diz-se não haver evidência de ligação entre tatuagem e câncer de pele, mas que tatuagens escuras podem dificultar o diagnóstico precoce do câncer de pele.

Outros fatores como irritações crônicas (úlcera angiodérmica e cicatriz de queimadura) e exposição a fatores químicos, como o arsênico, também podem levar ao desenvolvimento do câncer da pele.

Por ultimo mas não menos importante, o fato de já ter tipo algum tipo de câncer de pele aumenta drasticamente a possibilidade de desenvolver novamente a doença.

PREVENÇÃO AO CÂNCER DE PELE:

Parece obvio, e de fato é, mas a questão mais importante para não desenvolver um câncer de pele, é cuidar com a exposição ao sol. A proteção adequada é capaz de prevenir os malefícios dos raios ultravioleta, mas para isso, é necessário que se tome alguns cuidados, e estes sejam habituais.

O mais importante, claro, é o uso de um filtro solar com FPS de no mínimo 30, pelo menos de duas a três vezes ao dia, além de esperar um tempo de aproximadamente meia hora após a aplicação do produto para sair ao sol.

Procurar evitar os momentos de maior insolação do dia, que é entre 10h e 16h, e buscar permanecer na sombra o máximo de tempo possível. O sol emite vários tipos de radiação, sendo os tipos UVA e UVB os mais conhecidos. Os raios UVB são os mais prejudiciais, responsáveis por aquela pele avermelhada, que fica ardendo, e sua concentração é maior nos horários centrais do dia, quando o sol está mais forte. Já os raios UVA são aqueles que deixam a pele bronzeada e oferecem menos risco, apesar de não serem nulos. Os protetores físicos também servem, como chapéus, roupas, guarda-sol e óculos escuros.

O exame periódico da pele é uma maneira eficientemente pratica de detectar precocemente o câncer de pele. É importante observar se há manchas que coçam, descamam ou sangram, ou feridas que não com sequem cicatrizar, além de observar se não há pintas aumentando de tamanho, mudando de forma, ou de cor.

Aquelas pessoas que possuem algum fator de risco, devem fazer um acompanhamento com o dermatologista, que, em casos mais arriscados, pode recomendar a prevenção absoluta contra exposição solar. Nessas situações, pode ser que o especialista receite suplementação de vitamina

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