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Epidemiologia em saude mental

Por:   •  31/12/2017  •  3.529 Palavras (15 Páginas)  •  459 Visualizações

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A reforma psiquiátrica iniciou-se na década de 70 e objetiva a substituição do modelo hospitalocêntrico, ou seja, o hospital deixaria de ser o único modo para o auxílio e tratamento de pessoas com transtornos mentais. Este movimento trouxe novas formas de acompanhamento para esta clientela, buscando superar o preconceito e integrá-los no convívio social e familiar.

Os profissionais que participaram do Movimento da Reforma Psiquiátrica objetivavam a mudança das diretrizes do acompanhamento de pacientes com transtornos mentais, fazendo com que o Modelo Hospitalocêntrico fosse abolido. De tal forma em substituição a esse modelo surgiram os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que objetivam melhorar a qualidade de vidas dos doentes mentais.

Os CAPS são instituições que acolhem os pacientes com transtornos mentais, encorajam sua reintegração social e familiar, ajuda-nos em suas novas perspectivas de busca da autonomia, oferta atendimento médico, de enfermagem e psicológico. Sua principal intenção é buscar a reintegração dessas pessoas com Transtornos Severos a um ambiente social e cultural. Os CAPS são a principal estratégia do processo de reforma psiquiátrica.

Devido à relevância do transtorno psicótico – tanto para a saúde pública como para o indivíduo e sua família, bem como para a equipe multiprofissional, na qual o enfermeiro está incluso, que presta assistência aos usuários do CAPS II – a finalidade desta pesquisa é levantar dados sobre o perfil epidemiológico dos usuários com diagnóstico de esquizofrenia, pacientes do CAPS II de Santa Inês - Maranhão. Portanto, a partir deste levantamento espera-se identificar as principais necessidades desses usuários, planejando ações voltadas para clientela, identificando os pacientes com mais necessidades. Vale lembrar que os resultados desta pesquisa servirão de alicerce para novas ações do CAPS IIe de tal forma enriquecendo cada vez mais o trabalho da enfermagem.

O cuidado de enfermagem quando usado da forma adequada na abordagem do paciente esquizofrênico oferta ordem e direciona ao cuidado prestado,constituindo a essência da prática da enfermagem, como ferramenta e método para ajudar o enfermeiro na tomada de decisões, uma vez que favorece, antever e avalia os resultado das intervenções, ofertando assim ao doente mental o que é de responsabilidade da profissão, o pano de fundo para uma boa prática profissional.

- JUSTIFICATIVA

A esquizofrenia é um distúrbio mental que se caracteriza por alterações mentaissendo elas; alterações do pensamento, alucinações e delírios. Na atualidade a esquizofrenia é encaradacomo um transtorno mental, que pode atingir qualquer pessoa, sem exclusão de grupo, classe social ou raça.

Atualmente estima-se que cerca de 1% da população mundial apresente diagnóstico de esquizofrenia, a cronicidade da doença pode levar a agravos a saúde do usuário em vários graus de comprometimento, tal circunstancia faz com que esta psicose seja de grande relevância para a saúde pública. (HALLAK, 2009).

Assim, pode-se dizer que este estudo justifica-se pela real necessidade de conhecer as características epidemiológicas de pacientes esquizofrênicos usuários do CAPS II de Santa Inês, com a finalidade de que esta instituição passe a ter conhecimento das reais necessidades de sua clientela.Além disso, esta caracterização pode ser usada por órgãos públicos, profissionais de saúde e sociedade em geral do município de Santa Inês para traçar políticas públicas e sociais específicas.

A importância das pesquisas sobre esquizofrenia é diretamente proporcional a sua relevância social e econômica, em especial pelo fato de que os indivíduos são geralmente acometidos no auge do seu potencial produtivo, entre 16 e 30 anos de idade, e esse fator lhes gera uma sobrecarga bem como a seus familiares. (SILVA 2009).

Podemos respaldar ainda que estudos direcionados a saúde mental são poucos realizados, em especial a esquizofrenia, necessitando assim de maiores pesquisas na área para que gerações futuras utilizem determinados estudos como base.

Devemos fazer com que a população deixe de ver este transtorno como um grande estigma, orientando a comunidade que a esquizofrenia não tem cura, mas se o tratamento for levado a sério o risco de recidivas tornam-se mínimos.

3. OBJETIVOS

3.1 Geral

Conhecer o Perfil Clínico e Sociodemográfico dos Esquizofrênicos usuários do CAPS II de Santa Inês – MA

3.2 Específicos

- Descrever o perfil clínico e Sociodemográfico dos pacientes com esquizofrenia usuários CAPS II de Santa Inês;

- Identificar fatores de riscos para o surgimento da esquizofrenia;

- Identificar os fatores que interferem no tratamento desses pacientes.

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- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena, que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. A pessoa pode ficar fechada em si mesma, com o olhar perdido, indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais clássicos, ter alucinações e delírios. Ela ouve vozes que ninguém mais escuta e imagina estar sendo vítima de um complô diabólico tramado com o firme propósito de destruí-la. Não há argumento nem bom senso que a convença do contrário. (GATTAZ, 2012).

Por muito tempo a esquizofrenia esteve interligada a condições místicas, onde acreditava - se que pessoas com determinado transtorno era possuída por demônios, o que fazia com que essas pessoas fossem abandonadas por familiares. Imaginou-se também que a Esquizofrenia fosse causada pela masturbação excessiva, o que fez com que fosse chamada por muito tempo de “Transtorno Masturbatório”. Contudo, os transtornos classificados como esquizofrênico inquietam a ciência há muitos anos.

A esquizofrenia é uma doença frequente e universal que incide em 1% da população. Ocorre em todos os povos, etnias e culturas. Existem estudos comparativos indicando que ela se manifesta igualmente em todas as classes socioeconômicas e nos países ricos e pobres. Isso reforça a ideia de que a esquizofrenia é uma doença própria da condição humana e independe de fatores externos. Em cada 100 mil habitantes, surgem de 30 a 50 casos

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