Atividades praticas supervisionadas
Por: Ednelso245 • 16/12/2018 • 2.068 Palavras (9 Páginas) • 311 Visualizações
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OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Refletir sobre as questões éticas que envolvem o cuidado de enfermagem para com o paciente cirúrgico no período transoperatório, e a comunicação verbal e não verbal como fator de humanização das relações na área.
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Objetivos específicos[h]
- Caracterizar a ética como essência do cuidar em enfermagem
- Especificar as características do atendimento ao paciente no bloco cirúrgico com destaque para a condição de anestesiado;
- Destacar a comunicação verbal e não verbal como fator de humanização e qualidade nas relações interpessoais para com o paciente, família e entre os profissionais da equipe de trabalho.
- Discorrer sobre os problemas de natureza ética
MÉTODO
O trabalho foi realizado para a disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas, vinculado à Enfermagem em Centro Cirúrgico, e tratou-se de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, realizada em livros, bibliotecas digitais como SCIELO e BIREME, com busca por artigos científicos indexados relacionados ao tema.
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DESENVOLVIMENTO
5.1
O paciente ao realizar algumas cirurgias, é submetido à anestesia geral que o torna inconsciente, com perda total dos reflexos, necessitando de maior atenção por parte da equipe de enfermagem. Apesar de estar inconsciente, este paciente deve receber não apenas da enfermagem, mas de toda a equipe médica um tratamento humanizado, onde os princípios éticos e legais da profissão devem ser respeitados.
A ausência de comunicação do paciente com a equipe, predispõe que certos cuidados éticos não sejam respeitados, favorecendo que o paciente sofra situações de discriminação, devido a “impotência” momentânea a que é submetido.
Há uma questão ética do cuidar que ressalta o cuidado como uma prática ética, que é a essência da enfermagem. Assim, o cuidado não é possível quando não existe respeito. E a enfermagem não é possível quando inexiste cuidado[i].
Além da conversa, a linguagem corporal é utilizada a todo o momento, tanto com pacientes que não têm a possibilidade de se comunicar, quanto com os que [j]interagem plenamente.
Para a equipe, não existe cuidado sem comunicação. Ela é um dos instrumentos mais importantes dentre os utilizados pelo profissional de enfermagem, especialmente com os pacientes cirúrgicos, e, deve se fazer presente desde o período pré-operatório, na tentativa de minimizar a ansiedade no pré-operatório.
Quando há comunicação, o paciente se sente mais seguro, e amparado em relação ao procedimento, facilitando o processo de anestesia, enquanto aquele que não recebe atenção da equipe, pode desenvolver maior ansiedade e medo em relação ao procedimento que será realizado.
5.1. O cuidado de enfermagem no centro cirúrgico.
O cuidado é o desenvolvimento de ações, atitudes e comportamentos, com base em conhecimento cientifico, experiência, intuição e pensamento crítico, realizado para e com o paciente, para promoção, manutenção e/ou recuperação de dignidade. É o atributo mais valioso da enfermagem e denota reciprocidade entre enfermeiro e pessoa. [k]
As atividades de enfermagem no centro cirúrgico, muitas vezes, podem ser limitadas a segurar a mão do paciente na indução anestésica, ouvi-lo, confortá-lo e posicioná-lo na mesa cirúrgica. [l]
A importância e a responsabilidade do enfermeiro quanto à observação e atendimento das necessidades psicossomáticas do paciente cirúrgico deve ser presente, uma vez que possui função especifica na eficácia da terapêutica, uma vez que dependendo da atitude profissional, pode facilitar ou impedir um programa de recuperação, considerando-se que estes pacientes são invadidos pelo medo do desconhecido, em um ambientes também novo e estranho (ZEN; BRUTSHER, 1986).
5.2. Pré-operatório e ansiedade causada pelo ato cirúrgico próximo.
A cirurgia, mais do que a própria doença e a hospitalização, pode perturbar a vida de um paciente e de seus familiares, contribuindo para a inquietação e ansiedade. Muitas vezes se encontram numa situação de conflito, que decorre de uma incerteza de seu desconhecimento, de sua falta de confiança e apoio na busca de amparo e da solução para seus problemas. É importante, neste momento, transmitir aos familiares a segurança de que tudo está sendo providenciado para integral atendimento ao paciente (POSSARI, ANO...).[m]
O período pré-operatório é composto por um conjunto de ações que visam a identificação de possíveis distúrbios no paciente, reduzindo dessa maneira os riscos cirúrgicos, e é de responsabilidade da equipe de enfermagem o preparo adequado do paciente para a cirurgia de acordo com o tipo e porte cirúrgico.
A visita pré-operatória é o primeiro passo e tem como finalidade a comunicação entre o enfermeiro e o paciente, explicando-lhe os procedimentos, como será sua chegada ao centro cirúrgico, o que e como será feito, o local da incisão cirúrgica e como será sua recuperação após o procedimento, esclarecendo suas dúvidas e de sua família de forma preventiva. Essa comunicação é necessária e deixa o paciente mais seguro e orientado.
A comunicação não-verbal é um componente vital da atuação de enfermagem, porque transmite dados não explicitados, mas que revelam necessidades de atenção e cuidado, e possibilitam o estabelecimento de vínculo entre ambos de uma forma tácita, simples e afetiva.
5.3. Paciente no transoperatório e intraoperatório. [n]
O paciente deve ser recebido na sala cirúrgica sendo chamado pelo nome, pois lhe traz conforto e demostra que a equipe sabe o que está fazendo. Nessa etapa, o paciente deve ser informado sobre o que será feito, a anestesia e os procedimentos realizados. Neste momento dos procedimentos, 65% da comunicação do paciente é não verbal, visto que muitas vezes, o paciente está tenso, ansioso, e não consegue falar, cabendo ao enfermeiro reconhecer os gestos e expressões dele, que revelam dados importantes sobre a sua condição.
Ao iniciar a
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