A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DO MORRER
Por: kamys17 • 7/12/2018 • 19.339 Palavras (78 Páginas) • 292 Visualizações
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A minha orientadora, nota mil, Andrea Moraes, meu muito obrigada! Você foi um presente na minha vida e na da Luciana. Obrigada pela calma incrível que sempre passa pra gente e por tornar esse trabalho tão bom de fazer. Todo sucesso e bênçãos de Deus pra você.
RAYANE MARTINS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................1CAPÍTULO 1.............................................................................................................................9
SOBRE A MORTE E O MORRER EM SOCIEDADE: BREVE REVISÃO DA LITERATURA
1.1 Estágios do morrer segundo o Modelo de Kübler-Ross.....................................................18
CAPÍTULO 2..........................................................................................................................21
PESQUISA DE CAMPO
2.1- Quem conta? Sobre quem conta?......................................................................................29
2.2- O que conta?......................................................................................................................31
2.3- Como conta?......................................................................................................................32
CAPÍTULO 3..........................................................................................................................35
ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO
3.1- A Família...........................................................................................................................37
3.2- A prevalência do gênero feminino no cuidar....................................................................44
3.3- Autonomia do indivíduo em estágio terminal...................................................................46
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................48
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................49
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INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma exigência do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro para obtenção do título de bacharel em Serviço Social.
O trabalho desenvolvido foi resultado da reflexão, curiosidade e experiência pessoal das discentes. A aluna Luciana foi motivada pela curiosidade sobre o tema após participar do curso sobre Cuidados Paliativos na FIOCRUZ e a partir daí buscou se aprofundar mais no assunto. Para a outra discente, Rayane, o interesse foi despertado após participar de uma palestra com a Rachel Aisengart Menezes em um seminário sobre envelhecimento que ocorreu na Casa das Ciências da UFRJ, em que abordou sobre a “boa morte”. A palestra ministrada pela autora supracitada trouxe reflexões baseadas na experiência pessoal e reavivou lembranças de um familiar (avó da Rayane) que ficou muito tempo no hospital e que simplesmente não teve respeitadas suas últimas vontades e desejos.
Desde então, seguimos juntas em busca de estudar e conhecer mais sobre cuidados paliativos – assunto tão pouco divulgado no Brasil - e a importância da família no processo do morrer.
A estrutura geral da pesquisa teve como objetivo investigar e apresentar a importância da família no processo da morte, saber também como eles lidam com a doença e a proximidade da morte e explorar o entendimento que os familiares - que já vivenciaram esse processo terminal de vida de um ente - possuem dessa temática da “boa morte”.
Optamos por focar na família, pois de acordo com a psiquiatra norte-americana Kübler-Ross,
“se não levarmos em conta a família do paciente terminal, não poderemos ajudá-lo com eficácia. Os familiares desempenham um papel preponderante, e suas reações muito contribuem para a própria reação do paciente.” (KÜBLER –ROSS, 1981, p.163)
O campo de pesquisa escolhido por nós foi o “mundo virtual” e com isso nos aproximamos do tema da etnografia no ciberespaço. Para Lévy o ciberespaço é conceituado como:
O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo ‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço. (LÉVY, 1999, p. 17).
A partir dos anos 90 há uma aproximação da antropologia com o ciberespaço, no sentido de entender como estava se desenvolvendo essa cultura da utilização do mundo virtual e como o uso cada vez maior das tecnologias irá influenciar no desenvolvimento das sociedades tanto social como culturalmente.
Os grupos formados nas redes sociais são compostos por pessoas conectadas por vários tipos de relações, que dividem valores, objetivos, interesses e ideologias comuns.
A cibercultura é entendida como:
"... toda entidade ‘desterritorializada’, capaz de gerar diversas manifestações concretas em diferentes momentos e locais determinados, sem, contudo, estar ela mesma presa a um lugar ou tempo em particular” (LÉVY, 2009, p.47).
As redes sociais promoveram mudanças no comportamento da sociedade e atualmente todos estão conectados, buscando atualizações de conteúdo a toda hora.
Não temos mais que ir atrás das informações, as informações vêm até nós por meio de diversas redes sociais. São formadas as comunidades virtuais que “são construídas sobre afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projetos, em um processo mútuo de cooperação e troca”
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