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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AO TESTE RÁPIDO DE SÍFILIS: DIAGNÓSTICO NA GRAVIDEZ

Por:   •  29/3/2018  •  3.277 Palavras (14 Páginas)  •  514 Visualizações

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Nesse sentido verifica-se a necessidade das equipes de Atenção Básica em realizar os testes rápidos da sífilis durante o período gestacional para reduzir a transmissão vertical. Esse teste rápido está inserido no âmbito do componente pré-natal da Rede Cegonha como uma das ofertas que objetivam qualificar o cuidado materno-infantil (BRASIL, 2007).

- Problema da Pesquisa

A sífilis consiste em um dos grandes problemas de saúde pública, tratando-se do principal motivo por altos índices de morbimortalidade intrauterina, refletindo uma importante deficiência na qualidade dos serviços de assistência ao pré-natal e ao parto, a maioria das mulheres infectadas é identificada durante a gestação ou no momento do parto, necessitando assim de testes rápidos da sífilis durante o período gestacional a fins de reduzir a transmissão vertical. Neste sentido, reconhecendo a importância da atuação do enfermeiro no teste rápido da sífilis parti a seguinte questão: Qual a produção cientifica acerca de como o enfermeiro atua frente ao teste rápido da sífilis durante a gravidez?

1.2 Questão Norteadora

Qual a atuação do enfermeiro na realização do teste rápido de sífilis durante agravidez?

1.3 Objetivos

- Descrever a produção científica sobre sífilis na gravidez;

- Identificar a conduta realizada pelo enfermeiro em relação ao teste rápido da sífilis;

- Avaliaros possíveis fatores favoráveis ou desfavoráveis encontrados pelo profissional de enfermagemna realização do teste rápido de sífilis;

1.4 Justificativa

O interesse pela temática em estudo surgiu, a partir de uma inquietação enquanto acadêmicos e futuros profissionais de Enfermagem ao constatar, através de estudos durante a graduação, que a sífilis na gestação é responsável por um elevado índice de contaminação e/ou mortalidade infantil,fator que através da realização do teste rápido durante a consulta de Pré Natal nas Unidades de Atenção Básica possivelmente seriam evitados, e que, apesar das estratégias desenvolvidas para o diagnóstico e o tratamento precoce, a sífilis congênitapermanece sendo um problema de saúde pública, evidenciando pelos indicadores epidemiológicos nos últimos anos.

Diante disso, evidencia-se que é essencial a exploração do tema para a ampliação do conhecimento sobre a doença, visando a um diagnóstico e um tratamento precoce e, por conseguinte, redução de transmissão vertical. Significativamente,pode-se, ainda, contribuir para o desenvolvimento do conhecimento individual esocial, apartir da percepção crítica e das buscas científicas, e oferta de melhor qualidade de vida para a população adscrita.

Dessa forma, este estudo visa a contribuir com o esclarecimento da população, de modo geral, e da equipe multidisciplinar de maneira que desenvolvam ações de prevenção, controle e combate á doença, além das práticas de diagnósticos, promoção, e o tratamento da sífilis, visto que aampliação do conhecimento científico na área da saúde, em especial, a equipe de enfermagem.

2.REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Conceitos e epidemiologia de sífilis

A sífilis é uma doença que tem como agente etiológico, o treponema pallidum, de transmissão predominantemente sexual. Se não tratada a doença pode evoluir a estágios que comprometem a pele e órgãos internos, como coração,fígado e sistema nervoso central. A sífilis congênita é decorrente da disseminação hematogênica do treponema pallidum na gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto. Que ocorre por via transplacentária e pode ocorrer em qualquer fase da gestação e em qualquer estágio da doença (RODRIGUES; GUIMARÃES; CÉSAR, 2008).

A sífilis primária possui como lesão específica, denominada cancro duro,que surge no local da inoculaçãopor volta de três semanas após a infecção,o cancro é caracterizadainicialmente pro uma pápula rósea, que evolui para umvermelho mais intenso e ulceração. É uma lesão única e de bordas endurecidas, que desaparece em 4 semanas sem deixar cicatrizes(AVELLEIRA; BOTTINO, 2006).

Segundo Brasil (2010) após um período de latência, que varia de seis a oito semanas, há uma disseminação dos treponemas pelo organismo o que caracteriza a sífilis secundária, constitui o aparecimento de lesões papulosasacobreadas palmo-plantares, placas mucosas, adenopatia generalizada, que desaparecem em aproximadamente seis meses. As reações sorológicas são sempre positivas.Na fase terciária ocorre o desenvolvimento de lesões localizadas na pele e mucosas, sistema cardiovascular e nervoso.As características desta fase é a formação de granulosas destrutiva, e ausência quase total de bactérias.

Os principais fatores que determinam a probabilidade de transmissão são o estágio de sífilis na mãe e a duração da exposição do feto no útero. Portanto, a transmissão será maior nas fases iniciais da doença, quando há mais espiroquetas (bactérias helicoidais moveis) na circulaçãosanguínea. A taxa de transmissão é de 70-100% nas fases primária e secundária, 40% na fase latente e 10% na latente tardia (BRASIL,2005).

No Brasil a incidênciano ano de 2011chegou a 3,3 casos por 1000 nascidos vivos,tendo as regiões sudeste e nordeste apresentando maiores percentuais se comparadas às outras regiões (BRASIL,2012).A sífilis congênita constitui o mais grave desfecho adverso prevenível da gestação e responde por,aproximadamente50% de recém-nascidos com sequelas físicas,sensoriais ou de desenvolvimento quando não resulta em perda fetal e perinatal (MILANEZ; AMARAL, 2008).

A sífilis na gestante é um agravo de notificação compulsória para fins de vigilância epidemiológica.Desde 2005 estima-se que apenas 32% dos casos são notificados,refletindo uma importante deficiência na qualidade dos serviços de assistência ao pré-natal e ao parto(BRASIL,2007).A maioria das mulheres infectadas é identificada durante a gestação ou no momento do parto. No entanto observa-se que entre 38% e 48% delas ainda chegam ás maternidades sem resultados de sorologias importantes como sífilis, toxoplasmose e HIV,pré-natal, necessitando assim de testes rápidosno momento do parto,que podem impedirque as ações preventivas da transmissão vertical sejam realizadas(ROMANELLI et al.,2006).

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