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ATLETISMO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISÍCA UMA NOVA OPÇÃO

Por:   •  20/11/2018  •  4.586 Palavras (19 Páginas)  •  257 Visualizações

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Contudo, a faceta do Atletismo realçada é aquela dos grandes nomes, marcas e recordes que, com o apoio da mídia, transformam os atletas em verdadeiros super-homens. Mas, será apenas esse o conhecimento a ser veiculado pelo atletismo? O trabalho com crianças, sobre tudo no campo escolar é um bom começo para o ensino desta modalidade que envolve habilidades motoras por elas utilizadas cotidianamente (MATTHIESEN e CALVO, 2004).

Para Costa (1992), o atletismo a ser utilizado na escola deve ser considerado como o "pré-atletismo", onde, numa primeira fase, faz-se através dos gestos motores básicos correr, saltar e lançar; e numa segunda fase, mantêm-se os da primeira, avançando-se para as tarefas que exigem uma maior codificação dos gestos motores básicos, aproximando progressivamente a criança do Atletismo.

Os exercícios de atletismo são um meio excepcional para aumentar a capacidade do rendimento físico geral. Com eles, desenvolvem-se e aperfeiçoam-se da melhor forma o sistema cardiorrespiratório e o sistema nervoso, assim como as qualidades físicas básicas: força, velocidade, resistência, flexibilidade e coordenação, proporcionando melhor o cumprimento das tarefas do cotidiano (FERNANDES, 2003; FRÓMETA e TAKAHASHI, 2004).

Para Bragada (2000), grande parte das escolas, em especial de rede pública, não possui sequer espaço para a prática de esportes como o atletismo. É interessante também notar que as modalidades esportivas de maior prestígio nacional são coletivas e têm como material principal a bola. Essa, como instrumento de comunicação entre várias pessoas, coloca a concepção do atletismo como esporte em “xeque” na cabeça do aluno iniciante. Tal concepção talvez ajude a explicar a sentença bem brasileira: "atletismo não tem bola!” (ORO, 1984).

Se for perguntado a escolares brasileiros o que acham do Atletismo, provavelmente, a opinião mais comum será a de ser um esporte "sem graça", tanto de se praticar quanto de se assistir; correr, saltar e lançar, entretanto, suas habilidades físicas de base, estão presentes em quase todas as modalidades esportivas. Por isso, em si, os movimentos atléticos não são desinteressantes. O que pode torná-los assim é a sua interpretação e sistematização didática (MEZZAROBA al 2006).

Netto (2010, p. 15) ressalta;

Esperamos que um número maior de professores se estimulem e se encorajem a usar metodologias em suas aulas como ferramenta principal no processo ensino aprendizagem, permitindo que seus alunos vivenciem novas experiências educacionais e, para contribuir no resgate do atletismo como conteúdo essencial a ser trabalhado em aulas de Educação Física.

Segundo Oro (1984), “a iniciação do atletismo constitui a primeira fase do processo ensino-aprendizagem para as formas esportivas de caminhar, correr, saltar, lançar e arremessar, utilizadas no atletismo convencional” e Bragada (2000), afirma que o atletismo na Escola deve proporcionar vivências e experiências iniciais que são fundamentais para o desenvolvimento de habilidades motoras em crianças e jovens.

De acordo com Bragada (2000), a disciplina de Atletismo, no contexto escolar, pode ser fundamental, devido a suas capacidades e habilidades que, além de desenvolver o próprio atletismo, também servem como base o aprendizado de outras modalidades desportivas. O lançar uma bola leve confunde-se com um passe ou um arremesso do Handebol; o correr “bem” é fundamental em quase todas as modalidades que necessitam de locomoção. A ligação da corrida-impulsão para o salto em altura solicita ações semelhantes à preparação do ataque no voleibol.

Na escola não é indicado trabalhar o atletismo apenas como um esporte de rendimento (LIMÃO et al., 2004).

O Coletivo de Autores (1992) sugere a utilização de jogos baseados no atletismo que “promovam o reconhecimento de si mesmo e das próprias possibilidades de ação”. Assim, o atletismo deverá ser adaptado ao meio, ao número de alunos, aos materiais disponíveis ao mesmo tempo em que oferece oportunidades concretas de vivência no esporte. Logo, é válido que o atletismo seja trabalhado na Educação Física em suas aulas, mas considerando e respeitando a faixa etária de cada um (KOCH, 1984).

Isayama e Gallardo (1998) entendem que esta fase é a mais importante do desenvolvimento motor da criança, pois é nesta fase que haverá o aprendizado e é quando o profissional de Educação Física tem a maior chance de trabalhar com estas crianças.

Segundo Kunz (2004), ao se estudar o atletismo dentro das escolas, devemos nos preocupar em não descaracterizar o esporte individual que é o atletismo, mas possibilitar que ele seja estudado em pequenos grupos, promovendo a socialização e estimulando a comunicação com a valorização dos saberes que os alunos já possuem.

O Coletivo de Autores (1992) sugere a utilização de jogos baseados no atletismo que “promovam o reconhecimento de si mesmo e das próprias possibilidades de ação”. Assim, o atletismo deverá ser adaptado ao meio, ao número de alunos, aos materiais disponíveis ao mesmo tempo em que oferece oportunidades concretas de vivência no esporte (KOCH, 1984).

De acordo com Moyles (2002), brincando a criança desenvolve confiança em si mesma e em suas capacidades, levando-a a desenvolver percepções sobre as outras pessoas e a compreender as exigências bidirecionais de expectativa e tolerância. O ato de brincar proporciona as crianças à oportunidade de explorar conceitos como liberdades existentes implicitamente em muitas situações lúdicas favorecendo o desenvolvimento de sua independência. O brincar oferece situações em que as habilidades podem ser praticadas, tanto as físicas quanto as mentais, e repetidas tantas vezes quanto for necessário para obter confiança e domínio, além de permitir a exploração de seus potenciais e limitações.

Assim, propõe-se o processo de ensino-aprendizagem do atletismo vinculado à aspectos lúdicos, onde o brincar permita o desenvolvimento das capacidades motoras básicas, possibilitando a aprendizagem do atletismo e a vivencia de diferentes situações permitidas pelo brincar, favorecendo desenvolvimento integral da criança (escolar).

2 A IMPORTANCIA DO ATLETISMO COMO ESPORTE BASE NO DESENVOLVIMENTO MOTOR.

O atletismo apresenta qualidades fundamentais no desenvolvimento da criança. Suas possibilidades pedagógicas nas escolas são de uma intensidade incomparável, podendo ser considerado o esporte base, por sua capacidade de

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