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ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DA EDF

Por:   •  6/11/2018  •  2.258 Palavras (10 Páginas)  •  383 Visualizações

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Dentro da saúde renovada de Guedes (1997) e Nahas (1992), traz a relação do exercício físico, da aptidão física e saúde pautada na importância da atividade física e na qualidade de vida, em que buscam conscientizar a população escolar pela busca de hábitos saudáveis, além da prática regular da atividade física, proporcionando o papel dos programas de Educação Física na escola, visando à promoção de saúde, isto é, um estilo de vida coerente, saudável, criando, assim, métodos que levem os indivíduos a perceberem tal relevância (FERNANDES, 2008, p. 01).

Ou seja, o ensino desse conhecimento precisa ter sido significativo, fazendo com que o sujeito possa se autoavaliar para diagnosticar o que pode ser bom ou ruim a sua forma de vida, tendo o domínio da atividade física, aptidão física gerando bons hábitos ao seu modo de viver e se conscientizar a respeito da sua saúde, do modo de vida, desde que tenha sido conscientizado e compreendido a respeito desse contexto. Nesse caráter, espera-se conscientizar a população escolar mostrando os benefícios de um estilo de vida ativo, dentro de temáticas que possibilitem vivências que não se prensam apenas ao ambiente escolar, mas além dele.

De acordo com Guedes & Guedes (1993), a promoção da saúde ganha foco na prática desportiva, embora se aproprie da matriz biológica, tenta quebrar com a exclusão, assim, torna-se um meio de incluir aos deficientes de forma excelente, pois ela defende a participação de todos na atividade, desenvolvendo propostas que enfatizem o funcionamento do corpo, e sua aptidão física. Dessa forma, cabe ao professor mediar através dessa proposta atividades que possam inserir todos, em síntese, aos deficientes numa construção adequada e adaptada acerca dessas temáticas, com estratégias de ensino que dê suporte as suas individualidades, priorizando sempre o trabalho coletivo, seja por meio de projetos, de músicas, cartazes, jogos, danças, painéis e outros.

É interessante destacar que sua seleção de conteúdos abarca também a cultura corporal, porém, seu principal eixo é o de efeitos fisiológicos. Para ficar claro, poderiam ser feitas aulas usando o esporte como o futsal, e dentro dele analisar a frequência cardíaca, sua capacidade de respirar, o desempenho individual e coletivo, bem como o cansaço denominado pelo sedentarismo e outros, promovendo, assim, um estilo de vida mais ativo e conscientizado.

Na a abordagem crítico-superadora constituída pelo Coletivo de Autores (1992), busca uma reflexão sobre a cultura corporal, trabalhando em cima das injustiças sociais, em que tenta desenvolver uma reflexão sobre as formas de representação do mundo ao qual o homem tem produzido através da expressão corporal do movimento traduzidos como representações simbólicas de realidades vividas pelo sujeito. Tem-se, enquanto função do professor, através dela, que buscar orientar os alunos de forma crítica e clara, levando-os a pensar criticamente a realidade presente, visando modificá-la. Em síntese, essa abordagem visa desenvolver no aluno a capacidade de pensar a respeito da Educação Física a partir da liberdade de expressão voltada ao movimento e pensamento.

Pensa-se na formação do sujeito crítico a partir dessa superação que a abordagem vem salientar, formando um ser autônomo capaz de desenvolver e lidar em relações de conflitos, no qual surge o papel em que o professor deve ser criativo construindo junto ao educando novos horizontes para novas transformações da realidade inserida.

Fernandes (2008, p. 04) ressalva a abordagem sistêmica de Betti (1991) que vem salientar a respeito do sistema aberto ao qual se influencia pela sociedade, que busca envolver o aluno dentro da cultura do movimento, partindo dos conteúdos da Educação Física, proporcionando, assim, experiências e vivências. Tendo como objetivo esclarecer valores e fins da mesma propondo princípios como a diversidade dos assuntos voltados à inclusão, jamais a exclusão dos alunos na prática.

Nessa abordagem, pensa-se num homem com modelo crítico, criativo e consciente, que está voltado às aulas lúdicas, controle interno, cooperação, flexibilidade de regras, soluções de problemas, trabalhar a honestidade, fazendo que, a partir disso, se desenvolva o indivíduo em sua plenitude, valorizando, assim, o princípio de não exclusão, e o da diversidade, a qual promove diferentes tipos de conteúdo nas aulas.

A abordagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) tem como proposta democratizar, humanizar os indivíduos como um todo, visando ampliar uma ótica que não seja apenas biológica, mas que supra as necessidades afetivas, cognitivas, socioculturais dos alunos, tendo como intuito subsidiar e elaborar os parâmetros curriculares de modo geral, uma vez que a Educação Física é responsável pela formação dos educandos, tornando-os capazes de participar de atividades corporais, adotando valores e atitudes para além da escola (FERNNADES, 2008, p. 06).

Essa abordagem visa introduzir, ou seja, inserir o aluno dentro da proposta da cultura corporal do movimento, trabalhando para desenvolver esse conhecimento, essa expressão do sujeito a partir de conteúdos como o conhecimento sobre o corpo, os esportes, as lutas, a dança, os jogos e as brincadeiras, atividades rítmicas e expressivas, essas que dão suporte a esse ensino-aprendizagem da Educação Física.

Em suma, os PCNs foram lançados pelo Ministério da Educação para dar suporte às disciplinas, entre elas, a Educação Física, além de introduzir aos temas transversais. No quesito de sua organização, estabelece a sistematização dos conteúdos diante de cada ciclo, sendo o ensino fundamental e ensino médio, em cada um apresenta suas peculiaridades a serem alcançadas. É mister ressaltar que, em cada ciclo, a ênfase no conteúdo é posto de forma diferenciada, como prega o PCN (1997, p. 47), “no primeiro ciclo, em função da transição que se processa entre as brincadeiras de caráter simbólico e individual para as brincadeiras sociais e regradas, os jogos e as brincadeiras privilegiados serão aqueles cujas regras forem mais simples”.

No entanto, no segundo ciclo, os conteúdos explanados são continuação do ciclo anterior, no qual apresenta um pouco mais de complexidade, exigindo da criança o melhoramento de suas capacidades físicas e suas noções de ritmo e conhecimentos simples sobre o próprio corpo em movimento, frisando que “ao longo do segundo ciclo, serão abordados conteúdos nas dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais. Como no primeiro ciclo, os conteúdos são integrados e não separados por blocos” (BRASIL, 1997, pp. 53-54).

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