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A DANÇA E O SÍNDROME DE DOWN

Por:   •  22/12/2018  •  3.656 Palavras (15 Páginas)  •  316 Visualizações

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Quanto ao conhecimento “dança” nos cursos de formação em Educação Física, podemos observar um avanço significativo nos currículos. A disciplina Rítmica, anteriormente apresentada por eles, nem sempre era obrigatória para os homens. Hoje, no entanto, existem cursos que possuem tanto a disciplina Dança quanto o futebol para alunos/as. Se considerarmos que o futebol, também, não era obrigatória para mulheres – e, por incrível que pareça, ainda existem cursos que mantêm essa referência –, a diferenciação se tornará ainda mais clara: o futebol está marcadamente nas aulas, seja de professores ou de professoras, mas a dança não. Apesar de reconhecer nesse fato uma consequência da questão cultural, temos de confrontá-la. Se admitirmos a dança como conteúdo, teremos de recorrer a ela, assim como recorremos aos demais conteúdos como sendo importantes para a formação das crianças e adolescentes.

Existe uma discussão sobre as aulas orientadas por profissionais com formação não específica em dança. Esse aspecto precisa ser mais bem discutido no interior dos cursos de formação, porque a não apropriação do conhecimento sobre a dança tem sido um forte argumento dos profissionais. Questiona-se, também, a metodologia usada por esses profissionais no processo de ensino– aprendizagem. Não fazemos o mesmo percurso dessa discussão, pois, dessa forma teríamos de defender que só os profissionais licenciados em Dança, poucos em nosso país, estariam aptos a oferecer aulas desse conteúdo no espaço escolar. O que nos preocupa é reconhecer com que elementos os profissionais de Educação Física estão se aproximando do trato da Dança nesse espaço!

A sociedade moderna está enfrentando um processo acelerado de transformação que tem provocado modificações significativas em suas formas de organização, de atuação social, política, econômica, no lazer e no trabalho, além das esferas que envolvem comportamentos e valores. A Educação Física é um campo de conhecimento que sofreu diversas mudanças ao longo de sua história, bem como intensas discussões acerca do seu objeto de estudo e a respeito do que deveria ensinar na escola. Até hoje muitos se perguntam qual a sua função nas instituições escolares, ou ainda porque existe avaliação nesta disciplina. Oficialmente a Educação Física foi introduzida nas escolas brasileiras em 1851 com a reforma Couto Ferraz, comumente denominada de ginástica (BETTI, 1991). Em 1854, uma regulamentação referendava a presença da ginástica no ensino primário exclusivamente para o sexo masculino, e a dança, para o sexo feminino no ensino secundário (BETTI, 1991). O início da Educação Física nas escolas foi constituído sob o princípio do higienismo, em que o principal objetivo era atingir um estado ótimo de saúde para a população que frequentava estas instituições, ou seja, a branca. Pode-se afirmar então, que a Educação Física escolar no país possuía uma perspectiva voltada para o “embranque cimento” da população. Esta tendência ficou conhecida como eugenismo, em que por meio da ginástica e exercícios físicos, objetivava-se formar indivíduos fortes e saudáveis, em oposição ao corpo fraco e doente do período colonial (CASTELLANI FILHO, 1989; BETTI, 1991). Devido à necessidade de sistematizar essa ginástica desenvolvida até então, são “importados” de países como Alemanha, Suécia e França, os chamados “métodos ginásticos”, modelos que eram desenvolvidos desde o século XVIII na Europa. Para Betti (1991) outra escola seria a inglesa, no entanto, está se dedicou mais ao desenvolvimento de jogos atléticos e ao esporte. Os modelos ginásticos começam a perder espaço no Brasil por volta de 1950 com a chegada do Método Desportivo Generalizado, iniciando um intenso processo de ascensão das práticas esportivas (RINALDI, 2005). Neste contexto, a Educação Física escolar passa a ser orientada principalmente pelo esporte, tendo como propósito a aptidão física e a seleção de atletas. Na década de 1980, a Educação Física enfrenta uma crise, visto que o modelo esportivista predominante até então, começa a receber diversas críticas por ser estritamente excludente. Este panorama pode ser identificado na proposta de aulas vigente no período, que serviam para o treinamento esportivo, e assim, apenas os mais habilidosos participavam. Neste contexto, surge diversas correntes pedagógicas que buscam superar o modelo esportivista, tecnicista e biologista, presente na Educação Física. Estes movimentos foram influenciados pelo momento histórico-social por qual passava o país, a Educação e Educação Física (DARIDO; RANGEL, 2005). Darido e Rangel (2005) ressaltam que o campo social contribuiu para o surgimento destas novas abordagens, visto que o país vivia um momento intenso de reflexões e de discussões políticas. As mesmas autoras citam alguns exemplos destas tendências consideradas renovadoras: Psicomotricidade, Cultural, Desenvolvimentista, Construtivista, Crítico - Superadora, Sistêmica, Crítico - Emancipatória, Saúde Renovada e baseada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998a), além de outras (DARIDO; RANGEL, 2005). A dança nos dias de hoje é discriminada devido alguns fatores socioculturais, com a fusão de muitos estilos musicais os movimentos corporais estão sendo criadas de forma cada vez mais impróprias e sensuais deixando de lado o valor histórico adquirido ao longo dos anos. Além da diversão a dança também em forma de conteúdo é vista como um hábito benéfico a saúde e uma forma de manter a qualidade de vida ajudando na perda de peso tratando como exercício físico portanto aumenta a resistência obrigando os músculos suportar o próprio peso do corpo como necessita de uma grande flexibilidade além de melhorar a autoestima eliminando o estresse pois a dança ajuda a prevenir a depressão que vem se tornando entre os jovens e adultos um problema crescente, toda forma de dança é eficaz e proporciona direcionamento para termos uma vida mais saudável.

Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física

Primeiro para falarmos sobre um aluno com Síndrome de Down vamos saber do que se trata.

A Síndrome de Down é uma desordem genética que causa deficiência mental em vários graus diferentes. Seu quadro clínico e bem conhecido, e suas características fenotípicas importantes para o diagnóstico precoce da doença.

A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em

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