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UTILIZAÇÃO DAS ESCALAS TTDDII, PEDI E AIMS NA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN

Por:   •  9/1/2018  •  1.902 Palavras (8 Páginas)  •  515 Visualizações

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Portanto, a presente revisão, tem como objetivo, demonstrar a importância de uma boa avaliação fisioterapêutica, utilizando escalas adequadas, em crianças portadoras de SD, em conjunto com uma equipe multidisciplinar, visando promover um bom desenvolvimento mental e motor proporcionando maior longevidade e melhor qualidade de vida.

MÉTODOS

Trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando como métodos de pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde, a partir das bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed mediante os descritos Síndrome de Down, escalas de desenvolvimento na SD e Atuação da fisioterapia em crianças portadoras da SD, tendo sido selecionados 23 artigos e livros publicados entre 1980 e 2010. Os principais achados são a seguir comentados a fim de elucidar a importância da utilização das escalas de desenvolvimento infantil por parte do fisioterapeuta em crianças portadoras da Síndrome de Down.

RESULTADO E DISCUSSÃO

Segundo Tani et al ( 1998), desenvolvimento motor é um processo continuo e duradouro, que acontece durante toda a vida do ser humano. Este é ordenado e seqüencial, sendo a seqüência igual para todas as crianças, apenas a velocidade de progressão (ritmo) varia.

Anson (2000) e Volman (2007) relatam que, no que se refere à síndrome de Down (SD), restrições como a hipotonia muscular e a hipermobilidade articular contribuem para o atraso no desenvolvimento motor, o que o torna mais lento que o habitual. Este fato evidencia claramente a diferença entre portadores da síndrome e crianças hígidas.

De modo geral, observa-se que crianças com SD apresentam atrasos motores desde os estágios iniciais do desenvolvimento neuropsicomotor, que incluem habilidades motoras amplas, finas e desenvolvimento da linguagem (BEE, 2003).

De acordo com Vasco et al., (ano), o desenvolvimento motor atrasado acaba dificultando a relação entre o indivíduo e o ambiente. Ambrosano afirma que diferentes métodos de intervenção estão sendo desenvolvidos visando facilitar essa relação. A fisioterapia tenta minimizar o atraso do desenvolvimento na SD, na tentativa de garantir melhores avanços no controle mental e motor destas crianças.

Vieira et. al. (2009) relatam que os profissionais da reabilitação devem possuir um conhecimento aprofundado sobre o processo das aquisições típicas do desenvolvimento global da criança. E que devem conhecer os diversos tipos de instrumentos de avaliação existentes, para assim selecionar o mais adequado para sua intervenção.

Dentre as escalas mais utilizadas nos estudos com portadores de Síndrome de Down estão TTDDII (Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II) a PEDI (Pediatric Evoluation of Disability Inventory) e AIMS (Alberta Infantil Motor Scale). Sendo escalas internacionais, as quais avaliam o desenvolvimento da criança de formas distintas.

TTDDII – TESTE DE TRIAGEM DE DESENVOLVIMENTO DE DENVER II

É aplicado em crianças desde o nascimento até os sexto ano de vida (FRANKENBURG et al., 1992), objetivando obter uma estimativa do nível de desenvolvimento maturacional atual da criança em quatro áreas: pessoal-social, motor adaptativo, linguagem e motor grosseiro (BEE, 1996). Em estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em um ambiente escolar de nível fundamental Monteiro et. al. (2008) constataram déficit do desenvolvimento pessoal-social, além do motor grosseiro, indicando necessidade de se criar um ambiente interativo com brincadeiras lúdicas, as quais proporcionariam autonomia, autoconfiança e responsabilidade, pois por meio da inclusão, as crianças sindrômicas tem a oportunidade de desenvolver os aspectos motores e sociais.

PEDI - PEDIATRIC EVOLUATION OF DISABILITY INVENTORY

A PEDI é uma escala utilizada em três diferentes aspectos do desenvolvimento funcional da criança do sexto mês até o sétimo ano de vida, onde, segundo Mancini (2005), a parte I consiste nas habilidades presentes no repertório da criança; a parte II na independência ao realizar atividades diárias e; parte III modificações realizadas no ambiente para facilitar o desempenho funcional.

De acordo com diversos estudos realizados sendo aplicada a escala PEDI, nota-se que o desempenho funcional de crianças com SD é inferior ao de crianças hígidas. Porem esta alteração não se mantém constante no decorrer do crescimento destas. Outro resultado mostrado é que crianças com SD são consistentemente menos independentes do que outras crianças. Este resultado se baseia em diversos estudos prévios, que atribuem tal dependência, ás características da síndrome e também a superproteção dos pais, que pode limitar a participação das crianças nas atividades de autocuidado (PAZIN, 2007 e SILVA, 2003)

AIMS - ALBERTA INFANTIL MOTOR SCALE

AIMS tem como escopo verificar o desenvolvimento motor amplo, com idade entre zero e dezoito meses (PIEPER E DARRAH, 1994), identificando atrasos no desempenho motor. Dessa forma, apontam características como: neuromaturação, perspectiva da dinâmica motora e avaliação da sequência do desenvolvimento motor. É uma escala observacional que descreve a movimentação espontânea e habilidades motoras nas posições supino, prono, sentado e em pé.

Quanto ao desenvolvimento motor de pacientes portadores de síndrome de Down, estudos realizados por Campos et. al. relataram que lactentes com SD apresentaram pontuação total na AIMS inferior ao de não portadores da síndrome. Ainda foi notado que há um déficit no controle postural e antigravitacional mais evidente na posição prona em crianças sindrômicas. Estas apresentaram dificuldades para realizar extensão cervical, o apoio nos antebraços (puppy) e realizar mudanças de decúbito.

Outro estudo realizado por Pereira (2008), observou com a AIMS, que apesar de existir um atraso na aquisição de marcos de referência nestas crianças, o desenvolvimento motor ocorreu de forma crescente, permitindo descrever o perfil desta população.

IMPORTANCIA DA UTILIZAÇAO DAS ESCALAS E DA FISIOTERAPIA EM PORTADORES DE SINDROME DE DOWN.

Segundo Meló, o conhecimento das escalas que atendam às diversas demandas referentes à população avaliada e estudada torna-se necessário, não só para realização de pesquisas, mas como ferramenta clinica importante.

Bobath e Guimarães afirmaram em estudos que testes e escalas de desenvolvimento facilitam e auxiliam tanto a triagem

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