A DANÇA COMO FORMAÇÃO DA IDENTIDADE INFANTIL E DESENVOLVIMENTO MOTOR E COGNITIVO

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que são as tarefas de arremessar, chutar, entre outros movimentos.

Gallahue e Ozmun (2003: 237) relacionam as brincadeiras com o desenvolvimento cognitivo quando afirmam que: "As brincadeiras servem como meios vitais, pelo quais as estruturas cognitivas superiores são gradualmente desenvolvidas". Logo, pode-se notar a importância da brincadeira também no desenvolvimento cognitivo.

Caracterizando o desenvolvimento motor e cognitivo especializado, dividido em introdutório, aplicação e utilização permanente, temos: O estágio introdutório que combinam aspectos fundamentais e especializados em esportes e ambientes recreacionais. Sendo essa fase para ajudar as crianças a aumentarem o controle motor e a competência em inúmeras atividades. O estágio de aplicação, onde tem grande influência cognitiva, começando a ter poder de decisão. O estágio de utilização permanente, é aquele que começa aos 14 anos, por isso não vamos utilizá-lo.

A dança e seus aspectos educativos:

-PCN Artes (1997):

“A atividade da dança na escola pode desenvolver na criança a compreensão de sua capacidade de movimento, mediante um maior entendimento de como seu corpo funciona. Assim, poderá usá-lo expressivamente com maior inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade.” (PCN Artes-1997).

Importante ressaltar a interação pais e filhos, sendo a fase de agradar os adultos. Retirá-los do mundo digitalizado, em que os pais, na maioria, das vezes, privam de diversões ao ar livre para presentear com eletrônicos. Buscar alternativas para socializar com outras crianças, aprendendo diferenças culturais, étnicas e etc.

A dança, assim como qualquer prática de atividade física, melhora a aptidão física (o aporte de oxigênio no sangue e cérebro, flexibilidade, coordenação e força muscular) e o raciocínio. A dança como forma de arte, permite que a criança/adolescente propicie um desenvolvimento expressivo e estético.

A dança é uma forma de integração e expressão tanto individual quanto coletiva, em que o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. A dança é também uma fonte de comunicação e de criação informada nas culturas. Como atividade lúdica a dança permite a experimentação e a criação, no exercício da espontaneidade. Contribui também para o desenvolvimento da criança no que se refere à consciência e à construção de sua imagem corporal, aspectos que são fundamentais para seu crescimento individual e sua consciência social (PCN/ Artes, 1997, p. 49).

A dança como expressão e comunicação humana, permite o conhecimento do corpo humano, seleção de gestos e movimentos da dança; observação e experimentação da relação peso corporal e equilíbrio; reconhecimento dos apoios do corpo; desenvolvimento da expressão e caracterização da dança; entre outros. A dança como manifestação coletiva, permite a integração e comunicação com os demais a partir de gestos e movimentos; improvisação; reconhecimento e identificação de qualidades individuais; etc.

Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se aproximam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridos. (PCNS, 1998, p.15).

Sendo assim, o desenvolvimento e aprendizado da dança no contexto infantil, dar-se de forma gradativa. De movimentos naturais como correr, saltar, até movimentos mais complexos, com poucas repetições, visando equilíbrio, coordenação, ritmo, relação espaço-tempo, qualidade e força muscular.

-Lizete Vargas (2007):

Segundo Lisete o corpo não pode ser trabalhado de forma exclusivamente técnica, atuando também de forma subjetiva, expressando e pensando seu próprio movimento. Segundo a autora, ela realiza algumas combinações com a dança e explica sua função para nós educandos e professores de dança.

A dança e o corpo, jamais separados, sem corpo não há movimento. Ainda em seu livro “Escola em dança”, um dos autores que faz referência, Vazquez (op.cit., p.51) explica: “Quanto ao corpo como lugar de identidade pessoal, o homem é uma unidade orgânica funcional e seu corpo deixa já de ser simplesmente o organismo biológico.”

A dança e o movimento, de forma expressiva, relacionado as emoções. A criança precisa aprender a mover-se e a manipular objetos. Na dança utilizando movimentos que são funcionais, expressivos e comunicativos, sendo os dois últimos intimamente ligados ao domínio afetivo e psicomotor.

A dança, o ritmo e a música. O ritmo se manifesta desde habilidades de correr, andar ou jogar. Em uma das citações dos livros Cunha (1988, p.19) afirma: “ O movimento rítmico provém de uma estimulação sensório-perceptiva, na qual o ritmo levaria ao desenvolvimento da inteligência, acuidade e sensibilidade, com uma maior disponibilidade para o movimento.” E a música pode ser palco de várias ações, expressões. Reduz a fadiga, controla a respiração quando combinada com o ritmo, mudança de humor e proporciona prazer.

A dança e a técnica, definindo-se como um saber técnico, onde demostramos nossas habilidades, organizando os movimentos, utilizando de forma primária, básica e fundamental. Há técnicas e estilos de dança históricos e étnicos que muitas vezes cumprem funções sociais e rituais.

A dança, a expressão e a comunicação. A expressão é a condição humana onde é expressa sensações, sentimentos e pensamentos com o seu corpo, utilizando meios verbais e não verbais, consequentemente interligado a comunicação. A comunicação pode ser tanto oratória, como gestual, ou através de símbolos, melhorando a expressão e oferecendo significados aos movimentos.

A dança e a criatividade, quando nós somos criativos, fugimos da rotina, a dança se torna mais interessante em ser assistida, trabalha raciocínio, memorização, o cognitivo de sua forma geral. Não podendo ser considerada de forma individual, e sim uma união de experiências e opiniões. “A dança é uma linguagem, na forma, no espaço, na energia, no ritmo e, como processo de criação de coreografias, consiste na ação de movimentar-se por parte dos praticantes.” (Lisete, 2007, p.72)

A dança e as relações sociais. A dança ajuda a socializar o indivíduo, a conhecer outras culturas, religiões e até outras