FORMAÇÃO DE UMA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL EM ALUNOS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS

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O meio ambiente inclui todos os fatores que afetam diretamente o comportamento de um ser vivo ou de uma espécie incluindo a luz, o ar, a água, o solo e os próprios seres vivos que coexistem e habitam no mesmo ambiente (CARVALHO et al., 2001).

A sociedade como um todo é responsável pela preservação do meio ambiente, então, é preciso agir da melhor maneira possível para não modificá-lo de forma negativa (LIMA, 2007).

Durante a década de 60, tornou-se mundialmente reconhecida à necessidade de se ter uma educação voltada para o ambiente, sendo essa necessidade inicialmente suprida durante a Conferência da UNESCO sobre a Biosfera, em 1968, com a sugestão e criação de um programa integrado, contínuo e permanente de educação ambiental (GUERRA, 2000).

Com a necessidade de implantação de uma educação voltada para os problemas atuais e urgentes, preparando a população para viver num mundo interdependente e de recursos naturais limitados, respeitando os princípios e leis da natureza, surge à educação ambiental. (PORTO, 1996), que visa abordar de forma integrada e participativa a busca de soluções para a atual crise ambiental (DIAS, 1998; MERGULHÃO e VASAKI, 1998).

O que chamamos de educação a nível ambiental, nada mais é que um processo no qual são trabalhados compromissos e conhecimentos capazes de levar o indivíduo a repensar sua relação com o meio, de forma a garantir mudanças de atitudes em prol da melhoria da qualidade de vida da sociedade na qual está inserido, bem como reverter situações que possam comprometer a sobrevivência das espécies vegetais e animais e, consequentemente, a manutenção da vida no planeta (SANTOS & RUFFINO, 2003).

A Educação Ambiental é ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável. Ela busca estabelecer uma nova aliança entre a humanidade e a natureza, desenvolver uma nova razão que não seja sinônimo de autodestruição, exigindo o componente ético nas relações econômicas, políticas e sociais (MARQUES & PINHEIRO, 2008).

A Educação Ambiental efetivou-se como uma preocupação no âmbito da educação formal há mais ou menos duas décadas. A emergência da crise ambiental como uma preocupação específica da educação foi precedida de certa “ecologização das sociedades” (MARQUES & PINHEIRO, 2008).

A Constituição Federal, em seu artigo 225, faz seguinte abordagem:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida impondo-se ao Poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Partindo desta previsão constitucional várias iniciativas foram implantadas na tentativa de introduzir a temática ambiental no currículo escolar do Brasil, ou seja, a inserção da educação ambiental nas escolas. O governo federal tenta criar estratégias de conscientização ambiental, a nível escolar, buscando envolver alunos da educação básica, tanto de séries iniciais quanto das mais avançadas.

A Lei 9.795/99 em seu artigo 1° diz que:

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (LEI 9.795, 1999, art. 1º).

A Educação Ambiental como disciplina incrementa a participação comunitária, conscientizando todos os participantes, professores, alunos e a comunidade estudada, ante a interação necessária para o seu desenvolvimento (SANTOS, 2007).

Entretanto, a preparação da escola, assim como dos educadores ambientais, para uma ação decisiva nos diversos níveis do ensino, vai além das iniciativas de capacitações introdutórias sobre o tema, já que necessitam permear-se no cotidiano de professores e alunos, tanto na educação formal como na permanente. E é nesse contexto que, o papel do professor é fundamental, sua atuação vai depender da preparação e experiência em lidar com a formação de atitudes e consciência, trabalhando o ensino e aprendizagem de habilidades e procedimentos (BARCELOS, 1996).

Para SANTOS (2007) mesmo que a Educação Ambiental já tenha sido reconhecida como uma ciência educacional, pela UNESCO e pela Agenda 21, e apesar da determinação explícita do inciso VI, parágrafo 1º do artigo 225 da Constituição Federal ao Poder Público de promover a Educação Ambiental em todos os níveis de Ensino, ainda pouco se faz para a implantação concreta no ensino brasileiro.

Foi com o intuito de contribuir para a implantação de uma efetiva educação ambiental, no âmbito escolar, que se pensou nesse projeto.

METODOLOGIA

O projeto será realizado no final do segundo semestre de 2013, compreendendo os meses setembro, outubro e novembro. Em duas escolas de ensino público, no município de Santarém, estado do Pará, a saber: escola Rio Tapajós e a escola Professora Hilda Mota, ambas localizadas na Avenida Curuá-Una, bairros Diamantino e Santíssimo, respectivamente.

Na escola Rio Tapajós o projeto contemplará os alunos de nível médio, sendo duas turmas de 3º ano e três turmas de 2° ano, compreendendo aproximadamente 90 alunos, e contará com a participação do professor de biologia da instituição. Já na escola Hilda Mota o trabalho será apenas com o nível fundamental II, compreendendo as turmas do 6° ao 9° ano, e também contará com o apoio da professora de ciências da instituição de ensino.

A execução do projeto será feita com ações educativas, para isso trabalharemos com um conjunto de instrumentos metodológicos como observação dos alunos dentro e fora de sala de aula, mas ainda no ambiente escolar; conversas informais, sobre a temática ambiental, de cunho investigativo; estudo de textos executados em sala de aula, e eventos programados na escola.

No primeiro momento faremos a investigação informal dos alunos, através de diálogos em sala de aula e/ou nos corredores, nos períodos vagos. Concomitantemente serão trabalhados os textos abordando a temática ambiental, que deverão ser tratados uma vez por semana, em cada turma, em sistema individual e em grupos, onde a forma de explorar, assim como os textos a serem explorados, ficará sob a responsabilidade do professor da disciplina.

Em um segundo momento faremos a “Oficina Ambiental”, que