Bromatologia: Vitamina K
Por: Lidieisa • 23/3/2018 • 1.347 Palavras (6 Páginas) • 439 Visualizações
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Foram realizados estudos em tecidos de cadáveres humanos, onde foi notado que existem padrões de distribuição de vitamina K. Foram encontrados níveis altos de vitamina K1 no fígado, coração e pâncreas, níveis reduzidos no cérebro, rim e pulmão. A MK-4 foi encontrada em quase todos os tecidos, chegando a ultrapassar os níveis de K1 no cérebro e rins. Não é conhecida a influencia do acúmulo da vitamina K no cérebro, coração e pâncreas.
O fígado é considerado o maior armazenador de vitamina K, devido ser o local onde ocorre a síntese de proteínas de coagulação que são dependentes da vitamina K, porém, o osso cortical possui quantidades equivalentes de vitamina K ao fígado, e pode funcionar como fornecedor da vitamina.
Interações
Superdosagem de vitamina A e vitamina E, podem contrapor os efeitos anti-hemorrágicos e promotores da saúde óssea que a vitaina K proporciona.
Medicamentos podem interferir na produção de vitamina K, como por exemplo, antibióticos, quando administrados por longos períodos podem causar diminuição da produção da menaquinona pelas bactérias da flora intestinal, outro exemplo seria os medicamentos que diminuem o colesterol, podem causar a deficiência por bloquear a sua absorção.
Dosagem necessária e Toxicidade
A microflora do intestino produz metade da vitamina K necessária, o restante é ingerido na alimentação. A quantidade necessária estimada é cerca de 90 mcg para mulheres e 120 mcg para homens.
Pessoas que fazem uso de anticoagulante oral devem manter uma ingestão constante da vitamina K.
Não existem níveis máximos toleráveis a ingestão estabelecidos, pois em geral, os excessos são facilmente excretados pela urina.
Suplementos ricos em vitamina K podem diminuir o efeito de anticoagulantes orais ou medicamentos indicados para prevenção de doenças caracterizadas por trombose.
Deficiência de vitamina K e suas possíveis causas
A ampla distribuição da vitamina K nos alimentos, o ciclo endógeno da vitamina e a própria flora interações previnem a deficiência, porém, podem ocorrer, e as principais manifestações são:
Deficiência Subclínica: Geralmente é aceito que a ingestão diária necessária para que ocorra carboxilação dos fatores de coagulação seja de 1 µg/Kg, condira-se em estado de deficiência quando pelo menos uma proteína-Gla encontra-se descarboxilada, porém, a administração de vitamina K, reverte esta situação.
Manifestação Hemorrágica: hemostasia normal depende de interações entre vasos sanguíneos, os elementos figurados do sangue e as proteínas da coagulação sanguínea.
Os estados de deficiência de vitamina K com hipoprotrombinemia podem produzir o prolongamento do TP e estão associados a um risco aumentado de hemorragias.
Osteoporose: a deficiência dietética de vitamina K e seu antagonismo podem provocar a descarboxilação parcial ou total da osteocalcina. Mulheres pós-menopausa apresentam cerca de 40% menos osteocalcina carboxilada, porém, a suplementação extra da vitamina reverte o caso.
Entre as possíveis causas, destacam-se as principais:
Inadequação dietética: considerada rara a deficiência primária da vitamina K, porém pode ocorrer em indivíduos que consumem baixas quantidades da vitamina e pode estar associado a uso de determinados medicamentos.
Doença hemorrágica dos recém-nato: É uma síndrome conhecida relacionada a deficiência de vitamina K. Fatores como a imaturidade hepática, luz intestinal estéril e baixo conteúdo de vitamina K no leite materno podem contribuir para esta deficiência.
Megadoses de vitaminas A e E: megadoses de vitaminas lipossolúveis A e E antagonizam a vitamina K. Acredita-se que ocorre redução da absorção da vitamina. Com relação à vitamina E, há referência à potencialização da atividade da varfarina associada à administração de doses elevadas.
Dentre outros como absorção intestinal, nutrição parental total ou medicamentos.
Conclusão
A vitamina K são especialmente importantes para a coagulação do sangue, e para a manutenção óssea. Também é importante para a prevenção de diversas doenças, como por exemplo a trombose. As deficiências da vitamina K são raras devido a constante ingestão de alimentos que a possuem e pela síntese natural que ocorre na microflora intestinal, porém, a carência desta vitamina pode causar o aumento de hemorragias e enfraquecimento dos ossos.
Referências Bibliográficas
DORES, Sílvia Maria Custódio das; PAIVA, Sérgio Alberto Rupp de e CAMPANA, Álvaro Oscar. Vitamina K: metabolismo e nutrição.Rev. Nutr.[online]. 2001, vol.14, n.3, pp. 207-218. ISSN 1415-5273.
Disponível em:
Acesso em: 28 de maio de 2012
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