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Produçao de cerveja com vitamina C

Por:   •  1/9/2017  •  3.934 Palavras (16 Páginas)  •  491 Visualizações

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A Hindalco já opera indiretamente no Brasil com a Novelis, sua subsidiária em laminação de alumínio. Com a fábrica mineira, dá início as suas operações no país com a marca "mãe", por meio de sua controlada criada para o novo projeto, a Hindalco Brasil. A unidade em Ouro Preto já produziu alumina no passado e estava fechada desde 2009. Foi comprada em 2013, após dois anos de estudos do grupo indiano.

O objetivo da Hindalco é produzir hidratos e aluminas especiais tanto para o mercado local como para exportação. Em até três anos, a empresa planeja finalizar os investimentos previstos no desenvolvimento dos produtos e levar a fábrica a sua plena capacidade.

Os hidratos são comprados principalmente por empresas de tratamento de água. Já as aluminas especiais - derivadas dos hidratos - são mais vendidas para as indústrias de refratários, catalisadores, isoladores e automotiva (para velas de veículos).

Apesar de também serem obtidos a partir da bauxita, os hidratos e aluminas especiais são diferentes da alumina metalúrgica, que origina o alumínio. A produção não é eletrointensiva e é feita exclusivamente por processos químicos. Segundo Eli Araújo, gerente geral, a bauxita utilizada pela Hindalco é trazida de uma mina que está a 120 km de Ouro Preto, em Santa Bárbara (MG), cujos direitos minerários são da empresa indiana.

Figura 1: Vista Geral da Empresa

[pic 1]

Fonte: De Laia

- O processo

- Historia

Anteriormente à invenção do Processo Bayer, que aconteceu entre 1886 e 1892, a alumina era produzida na Europa e nos EUA pelo método de Saint- Claire Deville, também conhecido como processo de Le Chatelier – Morin.

Por esse método, a bauxita era submetida a calcinação, em mistura com barrilha, a 1000 ºC, produzindo-se clinquer contendo aluminato de sódio, pela lixiviação do clinquer, o aluminato passava à solução, de onde se precipitava a alumina hidratada por injeção de CO2.

Em 1888, Bayer patenteou seu processo de precipitação, usando semente de alumina hidratada para provocar a formação de mais hidrato, com isso melhorando sua cristalinidade e sua pureza e tornando seu produto mais facilmente lavável e filtrável. Em 1892, ele requereu uma segunda patente, abrangendo o tratamento de bauxita por solução de soda caustica sob pressão, para obter uma solução de aluminato de sódio, possibilitando a recirculação do licor pobre, obtido após a precipitação do hidrato, para o aproveitamento em novo ciclo de digestão de bauxita.

- Etapas do processo Bayer

O processo de obtenção da alumina e do tratamento da lama vermelha se dá pelas seguintes etapas:

- Moagem Úmida

As pilhas de bauxita vêm de diversas jazidas, e antes de entrar no circuito de lama, a bauxita passa em um moinho de bolas. No moinho de barras se processa o produto denominado polpa que é a bauxita diluída com o licor Bayer numa densidade de aproximadamente 1,75kg/L. Em seguida a polpa é classificada granulo metricamente normalmente em 2 peneiras, que retém as partículas com granulometria superior a 10 mesh retornando ao moinho o passante cai em um tanque onde é bombeada a polpa para os tanques de predessilicação.

Junto com a bauxita é adicionado cal virgem na alimentação do moinho de barras, objetivando o controle de fósforo no licor Bayer, evitando precipitação deste nos tecidos filtrantes dos filtros Kelly

- Predessilicação

Nos tanques de predessilicação, a polpa é aquecida a uma temperatura de aproximadamente 90°C e armazenada, recirculando por volta de 16 horas, favorecendo a precipitação da sílica reativa.

A sílica reativa combinada com a soda cáustica, forma um composto complexo denominado sodalita Bayer, aumentando o consumo de soda cáustica e consequentemente elevando o custo de produção.

Sodalita Bayer → 2NaOH.2Al2O3 . 3SiO2 . 2H2O.

O bom funcionamento da área de predessilicação facilita o aquecimento nos digestores e principalmente evita a formação de crostas (sodalita bayer) nos tanques e tubulações das outras áreas, reduzindo o número de paradas dos equipamentos para limpeza e manutenção

- Digestão

Nesta área, mais precisamente nos digestores (autoclaves) em condições específicas de temperatura (141°C ) e pressão de 3,5 a 4,5kgf/cm2, ocorre a extração da alumina da bauxita com o ataque químico da solução de soda cáustica a uma concentração de 218,0 a 225g/L de NaOH, como mostrado na reação 1.

Al2O3.3 H2O + 2NAOH → Al2O3.Na2O.4H2O (1)

O licor antes de ser injetado nas autoclaves é aquecido nos trocadores de calor, inicialmente pelos trocadores regenerativos (aquecidos pelo vapor recuperado no processo) e por fim nos trocadores de vapor vivo (aquecidos pelo vapor gerado em caldeiras a óleo e elétricas). O licor pode atingir aproximadamente 160oC, sendo injetado na primeira autoclave com a polpa de bauxita.

Para a extração da alumina é necessário um tempo de contato da polpa com a solução cáustica de aproximadamente 45 minutos dentro das autoclaves. Para atingir esse tempo o volume das autoclaves é de 250m3 para uma vazão de 5,5 m3/min de polpa mais solução cáustica.

Da última autoclave a polpa é descarregada nos vasos de expansão, onde temos três deles ligados em série. O material proveniente das autoclaves sofre uma expansão, abaixando a pressão, temperatura e liberando vapor que é aproveitado no aquecimento do licor cáustico nos trocadores de calor regenerativo.

No último tank a temperatura da polpa sai em torno de 101°C, indo para os ciclones. Nos ciclones a parte mais densa (Underflow) vai para os classificadores de areia e a menos densa (Overflow) vai para o decantador de lama.

O produto da digestão é uma polpa contendo aluminato de sódio mais lama, com uma relação de Al2O3/NaOH na faixa de 0,670 a 0,688. O controle é feito através aumento ou redução da vazão de polpa nas autoclaves

[pic 2][pic 3]

- Classificação, lavagem e filtração da areia

O material proveniente do underflow dos ciclones (areia+lama+soda)

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