A CORRELAÇÃO DIRETA ENTRE A CIRCUNFERÊNCIA

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No RStudio testou-se a normalidade dos dados e como a probabilidade obtida foi maior que o alfa definido assumiu-se que os dados são normais (gráfico 1.0 e 1.1). Nesse mesmo programa tirou-se a média e o desvio das duas medidas e testou-se a linearidade dos dados e se eles realmente tinham uma correlação direta ou não através de um teste de covariância (gráficos 1 e 1.1).

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Gráfico 1.0: Normalidade da circunferência do pescoço.

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Gráfico 1.1: Normalidade da largura da cintura.

RESULTADOS

Através dos dados obtidos pode-se perceber que há uma correlação direta entre a CF e a LC (T=5,43; GL= 28; P= 4,2 x 10 -6 e r= 0,72). Ou seja como a probabilidade (P) é maior que o alfa definido e a correlação (r) é maior que zero, admite-se que há uma correlação direta entre essas duas medida, ou seja a medida que uma aumenta a outra também irá aumentar e à medida que uma diminuir a outra também diminui.

Como a CF e a LC são dados independentes, obteve-se um desvio padrão e uma média para cada uma dessas medidas. O CF teve desvio padrão e média de 3,63 e 36, 20 respectivamente e a LC teve desvio padrão e média de 0,08 e 0,35 respectivamente. A figura em forma de gráfico a seguir mostra a linearidade dos dados e a correlação direta que há entre as duas medidas (gráfico 2).

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Gráfico 2: Linearidade e correlação direta da circunferência do pescoço e largura da cintura

DISCUSSÃO

O objetivo do presente estudo foi comparar a CF e LC a fim de analisar se há uma relação entre as variáveis. Confirmando a hipótese, há uma correlação direta entre as medidas em pessoas da região Sudoeste da Bahia.

STABE et al. (2012) obteve resultados que mostraram que a circunferência do pescoço é um método inovador para determinar a distribuição de gordura corporal, sendo assim quanto maior a CF maior será a LC.

A CF além de ser utilizada como medida de parâmetro para a quantidade de gordura localizada na região superior do corpo, TIBANA et al. (2012) constatou que é um importante auxiliador na prevenção de risco cardiovascular e da perda da força muscular relativa, bem como o aumento do IMC e LC. Salientado ainda que seja um método de fácil aplicação, baixo custo, com pouca exposição aos avaliados e podendo ser aplicada em grandes populações.

Em pesquisa realizada por PEREIRA et al. (2014) em universitários de Fortaleza, CE, concluíram que a CF pode auxiliar no diagnósticos da síndrome metabólica e de vários problemas de saúde como obesidade central, pré-hipertensão, hipertensão arterial e dislipidemia, além de ser indicada para identificar sobrepeso e obesidade.

SILVA et al. (2014) em estudo realizado em crianças e adolescentes constatou que a circunferência pode ser acrescida na avaliação nutricional, como um marcador de obesidade, demonstrando sua correlação significante entre a medida e os marcadores de obesidade (zIMC e CC). Mostrando ainda que como um bom indicador de acúmulo de gordura em adolescentes brasileiros. Em análise bioquímica e após ajuste percentual de gordura corporal e estádio puberal a CF correlacionou-se com circunferência da cintura, pressão arterial, triglicérides e marcadores de resistência à insulina em ambos os sexos.

Resultados de SCHNEIDERS & RIBEIRO (2017) comprovaram que à medida que a CF aumenta fatores de risco também aumentam como o IMC e a LC, decorrentes da deposição de gordura no corpo, principalmente na região abdominal.

A circunferência do pescoço correlacionou moderadamente e positivamente com a espessura da gordura epicárdica à ecocardiografia, de acordo com KÜÇÜK et al. (2016). A gordura epicárdica é um depósito de gordura visceral na parte superior do organismo que pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de perfis cardiovasculares e metabólicos adversos. Em geral, a gordura epicárdica exerce uma modulação protetora da função vascular e partição de energia em situações saudáveis, mas quando expandida, transforma-se em um órgão adverso lipotóxico, protrombótico e proinflamatório.

Dessa forma, verificou-se que a CF se destacou como à medida que se correlaciona diretamente com a LC. Além disso, é um método alternativo a predição da composição corporal, sendo indicado que profissionais da saúde se utilizem dela por sua simplicidade de manuseio e aceitabilidade. E mais, é um método de baixo custo quando comparado a outros métodos.

Sendo assim, pessoas da região Sudoeste podem a partir da circunferência do pescoço ter referência da largura da cintura, método que pode auxiliar desde o experimento de uma peça de roupa até diagnóstico de como anda o peso e a saúde relacionada a problemas de obesidade e síndrome metabólica.

AGRADECIMENTOS

Os sinceros agradecimentos dos autores a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia por proporcionar aos estudantes um ambiente de ensino público, com excelentes profissionais e oportunidades. Agradecer a cada membro por colaborar para que o trabalho fosse concluído, ao Professor Raimundo Sá-Neto pelo conhecimento repartido e ao monitor Roberto pela ajuda prestada.

REFERÊNCIAS

Available from .Accesso 16 Oct. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/0103-0582201432320.

KÜÇÜK, U.; KÜÇÜK, H.HO.; CÜCE, F. & BALTA, S. 2016. Relação entre Circunferência do Pescoço e Espessura da Gordura Epicárdica em uma População de Homens Saudáveis. Arquivo Sociedade Brasileira de Cardiologia. 107(3): 266-270

MAGALHÃES EI, SANT’ANA LF, PRIORE SE, FRANCESCHINI SDOC. 2014. Waist circumference, waist/height ratio, and neck circumference as parameters of central obesity assessment in children. Revista paulista de pediatria, São Paulo 32(3): 273-281.

PEREIRA, D. C.