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O TRANSPORTE DE CARGAS E PRODUTOS EM GERAL

Por:   •  26/11/2018  •  5.063 Palavras (21 Páginas)  •  418 Visualizações

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planejar, implantar e operar serviços customizados, acompanhando as necessidades dos seus clientes.

1. INTRODUCTION

Operating in the market since 1956 and with clients from various sectors of the Brazilian economy, JSL is the company with the broadest portfolio of logistics services in Brazil, leader in the segment in which it operates. Operating throughout the country and four other Mercosur countries, the Company provides services of high added value, ranging from freight transportation to total outsourcing of logistics chains, always in an integrated, flexible, customized and agile way.

The history of JSL was built on a solid principle: to understand its customers to serve them with quality and agility. The performance and leadership in the Brazilian market is due to JSL’s ability to plan, deploy and operate customized services, following the needs of its customers.

HISTÓRIA CONTADA PELO PRESIDENTE À REVISTA FORBES.

De pai para filho: a trajetória bilionária da maior operadora logística do Brasil.

São muitos os grupos empresariais brasileiros fundados, várias décadas atrás, por imigrantes que chegaram ao país em condição de pobreza. Todos labutavam dia e noite durante os primeiros anos da empresa, e não raro viviam de forma tão austera que prejudicavam a própria saúde; a prioridade, afinal, era investir no negócio, não em si mesmos. Seus descendentes geralmente herdaram o apego ao trabalho, e bem cedo em suas vidas, já davam expediente na companhia familiar. Triunfaram: hoje, os filhos e netos de tais pioneiros lideram as grandes corporações surgidas assim, e mantêm a ênfase no esforço pessoal como motor do êxito. Não se trata de um relato hipotético: este é um resumo exato, embora genérico, de como foi construída a maior companhia de logística do Brasil e de toda a América Latina — a JSL, anteriormente chamada Julio Simões Logística e, ainda antes, Transportadora Julio Simões.

“Meu pai, nos primórdios do grupo, trabalhava de forma incansável e se alimentava pouco; por isso, contraiu tuberculose. Conseguiu se curar, casou-se, teve filhos, mas as privações que enfrentou deixaram marcas: veio uma segunda tuberculose.” É com essas palavras que Fernando Antonio Simões se lembra de Julio Simões, fundador da JSL. “Ele foi meu maior ídolo. Eu não comecei a trabalhar aqui, aos 14 anos, porque gostava da empresa. Eu comecei a trabalhar porque gostava do meu pai. Estar na empresa era uma maneira de estar perto dele. Só algum tempo depois é que a satisfação em fazer o que faço surgiu — e permanece até hoje.” Fernando preside o grupo. Ele é o caçula dos seis filhos biológicos de Julio. Tem 48 anos.

O pai desembarcou em Santos (SP) em 1952 vindo de uma pequena aldeia no centro-norte de Portugal, Ribeira de Alcalamouque, onde era agricultor. Sua intenção: ingressar na empresa de transporte coletivo que seu tio, Arthur, possuía no Brasil. Logo Julio Simões passou a trabalhar como mascate, vendendo roupas pelo interior de São Paulo e do Paraná e, aos poucos, foi comprando caminhões usados para a condução de cargas (no começo, principalmente hortifrutigranjeiros). Em 1956 abriu sua transportadora. Seu maior cliente então era Leon Feffer, proprietário da Suzano Papel e Celulose, que, por sinal, até hoje usa os serviços da JSL.

Durante a década de 1970, a companhia se voltou ao transporte de ferro e aço — hoje, a mineradora Vale é seu maior cliente individual. Por essa época Simões iniciou o preparo dos filhos para que o sucedessem. Em 1981, Fernando começou a trabalhar no grupo. Passou por diversos setores da empresa e, em 1986, tornou-se diretor operacional. Dois anos depois assumiu a área comercial, que na época abrigava cerca de 300 funcionários, 120 caminhões e 16 filiais. No início da década de 1990 já dividia com o pai a gestão da companhia e conduzia uma intensa diversificação de suas atividades. Em 2009 tornou-se presidente e, em 2010, Fernando liderou a abertura de capital e a mudança da marca para JSL S.A. Em 2012 Julio Simões faleceu em Mogi das Cruzes (SP), onde residia, aos 84 anos. Motivo: complicações cardiorrespiratórias. Até o fim, as sequelas deixadas pela vida dura que levou se fizeram presentes.

Seu filho atualmente comanda uma companhia bem diferente da que ele fundou. “Temos grande orgulho em fazer transporte de cargas, surgimos atuando nisso, mas essa é uma atividade hoje minoritária de nosso portfólio. Corresponde a 8% da receita”, diz Fernando. E qual o principal negócio da JSL, então? “Serviços dedicados. Cerca de 80% de nosso faturamento vem deles.” Trata-se, explica, de operações customizadas segundo as necessidades de cada empresa e que raramente envolvem longas distâncias a serem percorridas. A companhia, por exemplo, é responsável por levar autopeças e matérias-primas para várias das maiores montadoras instaladas no Brasil. Também cuida de tudo que se refira à movimentação extramuros das fábricas de seus clientes. Transporta trabalhadores para canteiros de obras, e até mesmo conduz médicos e enfermeiras à casa de pacientes. Ações assim, muito mais complexas do que carregar volumes de um ponto A para um ponto B, são hoje o principal pilar da corporação.

Mas há mais. Adquirida no final de 2013 por R$ 65 milhões, a Movida Rent a Car, que faz locação de veículos, parece ser a atual menina dos olhos do CEO da JSL. “Quando a compramos, a Movida tinha 26 lojas e 2.350 veículos. Agora possui mais de 120 lojas e 28 mil automóveis. Colocamos ali a cultura JSL de servir, e o retorno foi extraordinário. Trata-se de uma unidade com enorme potencial de expansão”, diz ele. A Movida cresceu impressionantes 288% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Fernando também ressalta que o grupo é o maior revendedor de caminhões da marca MAN no país e conta com um braço voltado à disputa de concessões públicas, a CS Brasil, dentre várias outras subsidiárias. A empresa atua em mais de 16 setores da economia e obteve, nos seis primeiros meses de 2015, um lucro líquido de R$ 37 milhões, o que representa uma alta de 10,8% na comparação anual, impulsionada por um maior faturamento e uma melhora em sua rentabilidade. “Prevemos que neste ano, mesmo com a crise, cresceremos entre 12 e 16%”, revela ele.

Trata-se de um homem magro, bastante afável. O executivo recebeu FORBES Brasil no escritório que mantém na capital paulista, mas a sede da empresa fica em Mogi das Cruzes,

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